WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 499 - 15 de Janeiro de 2017

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 

 
A varinha de condão


Na minha época de infância existiam as fadas, criaturas encantadas que deslizavam no ar com as suas varinhas de condão. Essas varinhas eram mágicas. Tinham o poder de tornar realidade o sonho das pessoas protegidas por esses seres. Hoje já não sei mais se existem. Talvez tenham sido substituídas pelos smartphones que encurtam distâncias e afastam as pessoas.

Estou lembrando isso a título de uma exposição de uma página que fiz em um Centro espírita da cidade onde moro. Perguntei para as pessoas presentes se seria bom que na cidade tivesse um Chico Xavier. Creio que não preciso descrever a resposta.

Em seguida perguntei se na cidade de Marília, próxima de onde moro, seria bom se tivesse um doutor Bezerra de Menezes. A resposta foi a mesma.

Tornei a colocar se em Bauru, que faz parte dessa região do Estado de São Paulo, seria excelente se tivesse um Emmanuel. A reação foi semelhante.

Em seguida perguntei por que não havia Espíritos de tal evolução reencarnados assim tão amiúde. Não houve resposta ou elas foram monossilábicas, pouco explicativas.

Perguntei, então, se o brilhante ostentado nas mãos de uma pessoa rica tinha surgido como tal, ou tinha se desenvolvido através dos milênios no interior das camadas terrestres onde o carvão passou a diamante e este, lapidado, transformou-se na milionária pedra? Como concordaram com o raciocínio, continuei explicando que o processo de formação de um Espírito superior sofria um processo semelhante. Esses Espíritos não surgiam através de um plim plim da vara de condão do Criador como se Ele fosse a mais poderosa de todas as fadas. Por isso não era possível existir um Espírito superior em tão curta distância nas cidades citadas. Entretanto, Deus tinha a escola da perfeição aberta dia e noite para todo e qualquer interessado no vestibular das virtudes.

Quando senti que o terreno estava preparado, entrei com os ensinamentos de Emmanuel contidos no livro Palavras De Vida Eterna, no capítulo denominado Chamamento Divino, quando ele ensina o seguinte: Muita gente alega incapacidade de colaborar nos serviços do bem, sob a égide do Cristo, relacionando impedimentos morais.

Continua ele: Há quem se diga errado em excesso; há quem se afirme sob fardos de remorsos e culpas; há quem se declare portador de graves defeitos, e quem assevere haver sofrido lamentáveis acidentes da alma...

Para culminar a lição, pondera o Benfeitor: Se a realidade espiritual te busca, ofertando-te serviço no levantamento das boas obras, não te detenhas, apresentando deformidades e frustrações.

Senti o clima como se costuma dizer e por isso perguntei aos presentes: aqui alguém já se negou a assumir pequenos compromissos no Centro para ajudar em alguma área alegando-se imperfeito para tal?

O silêncio respondeu ruidosamente! Aproveitei esse momento de análise de consciência de cada um para explicar o porquê é difícil ter um Chico Xavier em cidades próximas, ou um doutor Bezerra de Menezes, ou um Emmanuel. Exatamente porque nos negamos a começar, alegando os mais variados defeitos de que somos portadores.

Evidentemente que podemos nos considerar como os átomos de carbono no interior do solo das nossas imperfeições. Precisaremos dos milênios que trabalharão através das provas e expiações o nosso ser para um dia chegarmos ao diamante espiritual e, deste, ao brilhante lapidado que faz justiça à perfeição absoluta do Criador.

O quanto antes começarmos, o planeta Terra e demais orbes habitados do Universo infinito, cada vez mais, poderão apresentar aos viajantes cansados do caminho um coração da grandiosidade de um Chico Xavier, do doutor Bezerra, de Emmanuel, ou de tantos mais que poderíamos ir citando com segurança. O que não devemos é ficar sentados à beira da estrada evolutiva contemplando embevecidos os sacrifícios dos Espíritos missionários que têm abençoado e iluminado a Terra com a sua presença, e quando surgir a menor das oportunidades de trabalho que a Providência Divina tenha a bondade de nos oferecer, nos escondermos atrás de nossas imperfeições para fugirmos constantemente aos compromissos que acenam a todos os homens de boa vontade.

Para culminar o despertar das consciências presentes, deu uma cutucada final: alguém aqui recusaria a ser o ganhador de um carro numa rifa, ou de uma viagem de turismo, ou de um prêmio polpudo da loteria dos números?

Por que, então, quando se trata de ganharmos os valores que as traças não corroem e os ladrões não roubam, através do trabalho em favor dos mais desfavorecidos, escondemo-nos atrás das nossas imperfeições?

O dia das varinhas de condão já se vai longe, se é que um dia existiram!

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita