As outras
pessoas
Diante de
qualquer pessoa,
seja quem seja,
inclina-te à
bondade e começa
por
endereçar-lhe um
pensamento de
simpatia.
Se renteias com
alguém que
admiras pelas
virtudes que lhe
exornam o
caráter, pondera
os riscos a que
essa criatura se
vê exposta pela
altura a que se
guindou e,
calculando os
sacrifícios que
terá ela feito
para alcançar as
responsabilidades
em que se situa,
oferece-lhe
apoio, para que
não se lhe
desafinem as
cordas da alma.
À frente de
outra pessoa que
consideres
errada, com mais
razão orarás por
ela, rogando o
auxílio da Vida
Maio em seu
favor, a fim de
que se lhe
refaçam as
forças.
Farás ainda
mais...
Meditarás nas
muitas vezes em
que essa
criatura haverá
sofrido o
impacto das
tentações que
lhe assaltaram a
estrada e não
acharás motivo
para estranheza
ou condenação se
refletires nas
lágrimas que ela
terá vertido,
até que a
loucura mental
lhe
impulsionasse o
coração para o
colapso das
energias morais
em que se
escorava
dificilmente.
Todos somos
defrontados no
cotidiano por
inúmeras pessoas
que a vida nos
traz à
observação.
Recebamo-las
todas na
condição de
criaturas irmãs,
portadoras de
recursos e
fraquezas,
esperanças e
sonhos, tarefas
e lutas,
problemas e
dores
semelhantes aos
nossos.
Consideremos,
sobremaneira,
que ninguém se
aproxima de
alguém pedindo
reprovação ou
azedume.
Todos carecemos
de compreensão e
bondade.
Quando estamos
em paz, o
conselho que nos
induz ao
aperfeiçoamento
moral lembra a
lâmpada acesa
impelindo-nos
para a frente.
Entretanto,
quando
desajustados
pelas
consequências de
nossos próprios
erros, já
carregamos em
nós próprios
fardos de
angústia
suficiente para
suplício do
coração.
Doemos a quantos
se abeirem de
nós o melhor que
pudermos: o
entendimento e a
fraternidade, a
boa palavra e o
serviço
nobilitante.
Convençamo-nos
todos de que
todos os males,
os nossos e os
dos outros,
ficarão um dia
para trás, em
definitivo. Toda
sombra chega e
passa à feição
de nuvem perante
o Sol.
Permanecerá no
Universo, acima
de tudo e para
sempre, o Sol da
Providência
Divina. E na Luz
da Providência
Divina todos os
mundos e todos
os seres se
encadeiam na
corrente do amor
eterno, em
permanente e
vitoriosa
sublimação.
Do livro Rumo
Certo, obra
mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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