Ora se a
corrupção é uma
manifestação
geral que se
revela em todos
os lugares e
todas as épocas,
a priori seria,
por conseguinte,
algo crônico e
talvez
impossível de
ser extirpado.
Ainda que pese,
todavia, o fato
de que a
sociedade tem
evoluído por
demais,
sobretudo nas
últimas décadas,
preocupando-se
portanto com a
singularidade do
bem do próximo,
fica sempre a
crença dos mais
incautos de que
a corrupção no
Brasil não terá
fim.
Ora, o fenômeno
é global, em
menor ou maior
grau, mas é
global. E quanto
mais leis de
defesa dos
corretos, e
quanto mais
direitos se
concedem aos
cidadãos, novas
e engenhosas
artimanhas
corruptivas são
engendradas.
Novos e
mirabolantes
ardis dos
desonestos são
forjados,
fazendo parecer
que a humanidade
é um caso
perdido.
O problema é que
a Terra é um
planeta de
provas e
expiações, isto
significa que as
pessoas que aqui
se encontram não
são santas,
coisa nenhuma, e
todas elas,
salvo exceções
quase
singulares, "têm
culpa no
cartório". A
maioria absoluta
das criaturas
que aqui
reencarnam são
seres acometidos
de grandes
dívidas do
passado, próximo
ou distante.
Não sendo este
um planeta
celestial ou
paradisíaco, é
óbvio que as
criaturas mais
evoluídas
moralmente,
aquelas que
conquistam por
seus próprios
méritos a
condição
auspiciosa de
vivenciar uma
existência menos
sôfrega e
angustiante,
logo são
retiradas deste
orbe, e
encaminhadas aos
globos
condizentes com
seus novos
patamares
evolutivos.
É por isso que a
corrupção, o
desrespeito às
instituições e
todas as
variações da
maldade
encontram
terreno fértil
em nosso
planeta, pois
aqui são
colocadas sempre
mais e mais
criaturas
empedernidas
que, por sua
condição,
habitam este
planeta na
esperança de
alcançar um
melhor grau
evolutivo e,
portanto, uma
nova e mais
elevada esfera
existencial.
Grande parte, a
maioria
certamente,
tropeça e cai
nesta árdua
caminhada rumo
ao aprimoramento
moral, para o
qual todos nós
estamos
designados.
Entretanto,
vivemos uma
época em que
nunca se falou
tanto sobre o
bem. Nunca se
lutou tanto em
defesa dos
desamparados.
Nunca se viu a
elaboração de
tantas leis de
direitos humanos
e da biosfera.
Por conta disso,
é fácil perceber
que nosso globo
caminha para uma
iminente
transformação.
Não tanto na
questão
geológica,
também esperada,
mas, sobretudo,
na dimensão
humanitária do
amor e da
racionalidade
intrínseca de
nosso povo.
Mais e mais
criaturas
marcadas com a
efígie do mal
buscam habitar
este mundo na
esperança,
talvez a última,
de galgar,
singrando os
mares do
sofrimento
calcado nas
provações
extremas, o
direito de aqui
permanecer num
futuro próximo,
muito próximo,
em que este orbe
alcançará, pelos
méritos do seu
povo, um degrau
a mais na escala
evolutiva do
aprimoramento
moral.
Enquanto isso,
as entidades
mais
petrificadas e
inebriadas na
maldade, se
agitam como uma
fera acuada,
pressentindo
seus últimos
momentos, neste
que será, quando
estiverem no
exílio, o
verdadeiro
paraíso perdido.
Pressentem,
pois, os últimos
instantes neste
planeta, quando
então serão
desterrados para
globos muito
menos evoluídos,
onde as
criaturas
humanas ainda
vivem o que aqui
foi chamado de
Idade da Pedra.
Então esses
expatriados, lá
num mundo
longínquo, farão
uso de sua
capacidade
evolutiva, que,
por uma
percepção sutil,
lhes será
familiar. Essa
capacidade
inconsciente
será evidenciada
em um
diferencial
muito mais
científico e
tecnológico do
que moral.
Com essas
características
singulares, logo
se mostrarão
seres de
superioridade
incontestável, e
assim
conquistarão
postos de
liderança. Com
tal projeção,
serão líderes, e
terão a grande
oportunidade de
praticarem a
caridade,
guiando seu
próprio povo,
ainda
engatinhando na
esfera da
evolução, por
caminhos menos
tortuosos e
ásperos. Por
conseguinte,
trilhas mais
retas, amenas e
muito mais
objetivas dentro
dos ditames da
justiça
universal.
Não obstante
tais
possibilidades
auspiciosas,
muitos desses
seres se
transformarão,
assim como se
viu no passado
terrestre, em
opressores
cruéis,
vingativos e
sanguinários.
Déspotas e
usurpadores da
liberdade
alheia, e mesmo
assim, ao impor
tanto sofrimento
às criaturas
menos
civilizadas e
ainda investidas
de sentimentos
primitivos,
beirando a
animosidade,
farão com que
estes, pelo
sofrimento
continuo se
purifiquem. E
nisto terão
méritos, tanto
os escravizados
quanto os
senhorios.
Senhorios estes
que mesmo em
posições de
cúpula, sofrerão
horrores num
mundo inóspito e
sem nenhum grau
de evolução
tecnológica. E
ainda que, ao
causar o
sofrimento
alheio esteja
possibilitando a
transformação
evolutiva de
outrem, todos os
seus atos serão
considerados. E
tanto mais tempo
permanecerão no
exílio, quanto
maiores forem as
suas afrontas.
Por sua vez, os
homens da Terra,
quando
observarem,
ainda que com
pesar, o
banimento dos
malefícios mais
inescrupulosos e
com ele uma
legião
gigantesca de
seres enraizados
na maldade,
poderá então
suspirar
aliviados, pelo
privilégio de
vislumbrar o
nascimento de
uma nova era, de
paz, amor e
compreensão.
Feita essa
purificação
planetária, o
remanescente da
humanidade que
permanecer
sentirá náuseas
e um pavor
grandioso, tão
somente por
conjecturar o
mal e, por
conseguinte, a
corrupção.
A partir de
então, estará
concluída,
encerrada,
extirpada
definitivamente
a era corruptiva
do globo e,
portanto, terá
fim a corrupção
também aqui no
nosso amado
Brasil.