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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 509 - 26 de Março de 2017
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Uma leitora de Campinas (SP), em mensagem publicada nesta mesma edição, pede-nos informações sobre o GERA, um grupo espírita constituído na cidade de Londrina voltado para a transformação moral e o autoconhecimento. E pergunta se é possível a alguém não residente em Londrina participar de semelhante trabalho.

O grupo citado pela leitora foi objeto nesta revista de uma matéria especial, da qual nos socorremos para prestar as informações que seguem.

O GERA - Grupo Espírita pró-Reforma e Autoconhecimento surgiu em Londrina no ano de 2006 por proposta da coordenação do Círculo de Leitura Anita Borela de Oliveira, fundado em junho de 1996 na mesma cidade.

Inspirado na obra Alguém chorou por mim, de Fernando do Ó, o GERA é, em verdade, uma tentativa de oferecer aos seus participantes subsídios com vistas à transformação moral a que Allan Kardec deu em sua obra uma ênfase especial, conforme o leitor pode aferir lendo esta conhecida frase por ele escrita:  

“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas inclinações inferiores”. (Cf. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII:4.) 

A sigla GERA foi criada propositadamente, para prestar uma homenagem à jovem Jera, personagem central do romance Alguém chorou por mim, a qual utilizou as horas do sono para evangelizar, educar e reequilibrar entes de sua família.

A adesão ao GERA é virtual. Não existe vínculo formal nem há necessidade de participação nas reuniões promovidas pelo grupo, o que implica dizer que qualquer pessoa, residindo em Londrina ou em qualquer outra cidade do Brasil ou do exterior, pode integrar-se à proposta, que se fundamenta em cinco pontos – quatro essenciais e um acessório.

Eis os cinco pontos: 

1º. Ao definir seu voto, adotar em todos os dias da semana a metodologia dos Alcoólicos Anônimos (A.A.), prometendo formalmente a si mesmo observar seu voto. Da mesma maneira que o Alcoólico Anônimo diz que “hoje não beberei cousa alguma que contenha álcool”, o membro do GERA prometerá a si mesmo, ao iniciar cada dia, que fará ou não fará tal e tal coisa, consoante o voto adotado, que é algo particular e do seu exclusivo conhecimento e se origina das necessidades que o processo de autoconhecimento lhe apontar. 

2º. Além de orar diariamente nos horários habituais, manter severa vigilância sobre os pensamentos, os sentimentos e os atos, subordinando-os à ideia central que motivou o voto diário e seus objetivos dentro do processo de transformação moral.

3º. Avaliar, minutos antes de dormir, o desempenho individual no dia que se finda, tal como ensinado por Santo Agostinho na lição constante da questão 919 de O Livro dos Espíritos, repassando os atos e acontecimentos do dia e formulando o desejo de não reincidir nos erros eventualmente cometidos.

4º. Deitar-se, com objetivo de dormir, antes das 2 horas da madrugada, de modo a assegurar sua participação, durante o sono corporal, nas atividades que os componentes do GERA realizam no período noturno – geralmente das 2 às 5 horas –, à semelhança do que é narrado no livro Alguém chorou por mim, de Fernando do Ó.

5º. Participar de pelo menos duas reuniões que o GERA realiza em cada ano. Essas reuniões constam de um culto evangélico, seguido de depoimentos dos membros do grupo e da confraternização final. Esta não é, porém, uma obrigação essencial e sua inobservância não impede a permanência da pessoa como membro do grupo, facultando, desse modo, a participação no grupo de qualquer pessoa, seja qual for o local em que resida.  

O objetivo é, como se vê, exclusivamente moral e se inspira num dado noticiado pelo Espírito de Abel Gomes na mensagem intitulada “Notícias”, constante do livro Falando à Terra, psicografado por Francisco Cândido Xavier: 

“Nem todos se retiram da Terra em posição de heróis. A perfeita sublimação é obra dos séculos incessantes. Notamos, em toda a parte, homens e mulheres de boa vontade inequívoca na aceitação das verdades divinas e que, no entanto, não conseguem aplicá-las, de pronto ou de todo, à própria vida.”



 


 
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