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O Espiritismo responde
Ano 11 - N° 516 - 14 de Maio de 2017
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
A leitora Yolanda Garcia da Silveira, em mensagem publicada na seção de Cartas desta edição, diz-nos o seguinte:  

Há alguns países cuja legislação autoriza que o governo exerça um controle de natalidade rigoroso.

Perguntamos: Diante das leis divinas, essa prática gera algum comprometimento espiritual? E para as famílias que moram nesses países, a medida ocasiona algum prejuízo de natureza espiritual?

Se o chamado Planejamento Familiar é algo compreensível e perfeitamente aceito pelos instrutores espirituais, o mesmo não se pode dizer quanto ao Controle de Natalidade.

Com referência do Planejamento Familiar, Joanna de Ângelis legou-nos no seu livro Após a Tempestade, cap. 10, psicografado pelo médium Divaldo Franco, um texto que vale a pena ser lido e meditado.

O homem – assevera Joanna – pode e deve programar a família que deseja e lhe convém ter, o número de filhos que considere ideal, bem como o período propício para a maternidade; contudo, jamais se eximirá aos imperiosos resgates a que faz jus, tendo em vista o seu próprio passado.

Os filhos não são realizações fortuitas. Procedem de compromissos aceitos antes da reencarnação pelos futuros genitores, de modo a edificarem a família de que necessitam para a própria evolução.

É, pois, lícito aos casais adiar a recepção de Espíritos que lhes são vinculados, impossibilitando mesmo que reencarnem por seu intermédio. As Soberanas Leis da Vida dispõem, porém, de meios para fazer que aqueles rejeitados venham por outros processos à porta dos seus devedores ou credores, em circunstâncias talvez mui dolorosas, complicadas pela irresponsabilidade dos cônjuges que ajam com leviandade, em flagrante desconsideração aos códigos divinos.

O Controle da Natalidade tem, como sabemos, outro objetivo, pois diz respeito à intervenção de organismos oficiais no sentido de deter ou estimular a expansão demográfica, por razões econômicas ou políticas, como ocorreu, ao longo da história, em países como a China.

Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos: “São contrários à lei da Natureza as leis e os costumes humanos que têm por fim ou por efeito criar obstáculos à reprodução?”. Responderam os imortais: “Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral” (O Livro dos Espíritos, questão 693).

No livro Entrevistas, pergunta 102, assevera Emmanuel: “Não acreditamos que a coletividade humana esteja, por enquanto, habilitada espiritualmente a controlar o renascimento na Terra sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras”.  

Em face dos ensinamentos acima, tão claros em suas premissas, seria melhor que ninguém – nem os casais e nem os governantes – opusesse obstáculos à volta dos Espíritos a um corpo de carne, pois o espírita não ignora a importância do processo reencarnatório no progresso dos Espíritos e do mundo em que vivemos.

O Controle de Natalidade impõe, pois, sem dúvida nenhuma, sério entrave às pessoas por ele atingidas e constitui um ponto negativo na vida de todos aqueles que forem responsáveis por sua aplicação, sujeitando-os a sanções que muito lamentarão no futuro.

 


 
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