Questões vernáculas

por Astolfo O. de Oliveira Filho

Assim como ocorre com o vocábulo “que”, o vocábulo “se” pode assumir também várias funções na oração, seja como pronome, seja como conjunção.

Referimo-nos ao tema em várias oportunidades nesta revista, especialmente nas edições números 29, 107, 126, 131, 336 e 463.

Recordemos:

Como pronome, a partícula “se” pode funcionar:

1 - como partícula apassivadora: “Vendiam-se ali pneus, peças e tapetes para carro”.

2 - como pronome reflexivo: “O palestrante confundiu-se ao dizer o nome do livro”.

3 - como partícula integrante do verbo: “Todos se queixaram do prefeito de Londrina”.

4 - como partícula de realce ou expletiva: “Quase todo mundo se foi bem cedo”.

5 - como índice de indeterminação do sujeito: “Falou-se de tudo na reunião do condomínio”.

Como conjunção, o vocábulo “se” pode ser:

1 – conjunção subordinativa condicional: “Se a família quiser, posso ajudar”.

2 – conjunção integrante: “Não sei se as coisas ocorreram desse jeito”.

É importante para quem fala ou escreve saber distinguir na frase qual é, exatamente, a função da partícula “se”, visto que ela pode perfeitamente iniciar a oração se for uma conjunção. Contudo, na função de pronome, a norma culta do nosso idioma impede que a partícula “se” inicie a frase.

Testaremos nas próximas semanas, com alguns exercícios, a compreensão do leitor no tocante ao assunto aqui tratado.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita