Casamento perfeito, parceiro ideal e o
filho, como vai?
Vejam abaixo o que Abigail respondeu ao amado. Seu alto
nível de inteligência espiritual permitiu a clareza e a
concisão.
O que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos
desígnios do Cristo? - AMA.
Penoso testemunhar dedicação, sem o real entendimento
dos outros. Como fazer para que a alma alcance tão
elevada expressão de esforço com Jesus? – TRABALHA.
Que providências tomar contra o desânimo destruidor? –
ESPERA.
Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a
indiferença dos homens? – PERDOA.
AMAR – Única forma para compreender e aplicar a Doutrina
Espírita. Buscar o amor a todas as criaturas que a
Misericórdia Divina nos ofereceu, para convívio na
parentela..
Depois de inúmeros atendimentos, um psicólogo encontrou
menos de 10% de casamentos que deram certo. Uma coisa
importante foi encontrada, eles não eram seres
fisiológicos. Para eles o sexo era um complemento do
amor.
Pertinente enfatizar que a orientação deve ser iniciada
na infância. O jovem deve se dar conta que o sexo existe
em função da vida e que esta não lhe é instrumento.
Controle mental, disciplina moral, hábitos saudáveis,
trabalho normal, oração ungida de amor a Deus,
constituem metodologia correta para a travessia da
adolescência e o despertar da idade da razão com
maturidade e equilíbrio.
PERDOAR os erros da parentela ainda em “consciência de
sono”, assim como queremos ser perdoados. Emmanuel diz
que devemos fazer silêncio ante supostas falhas, pois
nenhum de nós é capaz de medir a parte de
responsabilidade que nos compete nas irreflexões e
desequilíbrios alheios. Não dispomos de recursos para
examinar consciências. Cada um é um caso particular,
ante a Sabedoria Divina.
ESPERAR - Paciência com a própria evolução. Nossos
amigos espirituais esperam nossa evolução com muita
paciência. Somos ainda espíritos de mediana evolução,
portadores de créditos apreciáveis, mas com dívidas
numerosas, por isso nossas reencarnações exigirão muita
cautela de preparo e esmero de previsão. Os
renascimentos ficam a cargo de autoridades e servidores
da Justiça Espiritual. Estes especialistas administrarão
recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as
obras edificantes que lhes contem no currículo da
existência.
As provas são oportunidades de experiências tendo uma
vida fácil ou difícil. Não estão relacionadas com erros
cometidos em existências anteriores. A expiação, no
entanto, decorre de faltas cometidas. Uma expiação
acontece, durante a existência corporal, mediante as
provas a que o encarnado se acha submetido. A
Providência Divina não apressa a expiação, que só é
imposta, quando os Espíritos não se mostram aptos a
compreender o que lhe seria mais útil.
A casualidade não se encontra nos laços da parentela.
Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no
presente, é indispensável pagar com alegria os débitos,
a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a
Humanidade.
Inútil é a fuga dos credores de mesmo teto. O tempo
aguardará implacável constrangendo-nos à liquidação de
todos os compromissos. A Lei de Ação e Reação lança luz
e podemos cogitar que quando num casal encontramos a
afeição só de um lado, quando o amor é acolhido com
indiferença, deve haver prova e punição.
TRABALHAR – burilar nossos sentimentos na convivência. O
casamento nem sempre é um jardim de flores. Pode ser um
espinheiro de preocupações e de angústias,
reclamando-nos sacrifício. Somente adestrando paciência
e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita
do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no
mar alto das grandes experiências.
Não existe o “casamento perfeito”. Inexiste o “parceiro
ideal”. O segredo do sucesso não é chegar a ser
excelente, mas estar sempre buscando a excelência. Por
isso reencarnamos e temos a coragem de enfrentar com
altivez as provas e expiações. Persistência é conduta
chave.
Depois de algumas tentativas muitos encontraram o
casamento feliz. Outros aguardam e amargam momentos de
solidão. Por que, com alguns, o casamento dá certo?
Não existe resposta fácil, nem fórmula mágica. Os casais
que deram certo firmaram o real comprometimento de
permanecerem juntos, sendo capazes de enfrentar suas
crises como uma equipe. Entre esses casais, o divórcio
não tinha sido cogitado como alternativa, durante a fase
de namoro-noivado, embora fossem favoráveis à medida
considerada como extrema.
Eles, desde o inicio, possuíam projetos de vida
semelhantes, demonstrando os mesmos interesses (estudo,
religião) e uma sólida vontade de construírem uma
história compartilhada.
Quase sempre, diante das discordâncias foram capazes de
se controlar e dialogar francamente, procurando não
ferir um ao outro com respeito pela individualidade.
Eles também nunca se sentem menores quando se percebem
interdependentes.
Esses casais consideram os momentos mais prazerosos como
os mais importantes e, por isso, estão dispostos a
tentar “de novo”, estando abertos a mudanças,
empenhando-se em novas aprendizagens.
Sabemos que há vida inteligente fora do casamento, mas
sabemos também que vai demorar a chegar o dia, quando
finalmente vamos compreender a opção de Clara e
Francisco e a “ordem das paixões”.
A questão 940 de “O Livro dos Espíritos” termina
informando que mesmo nas uniões antipáticas, à medida
que os preconceitos se enfraquecem, as causas dessas
desgraças íntimas também desaparecem.
Por que devemos perseverar? Para quem tem filhos, não é
melhor persistir no casamento?
É melhor para os filhos, que os pais continuem casados?
“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente
dos da sua família, negou a fé e é pior do que o
infiel.” - Paulo. (I Timóteo, 5:8)
Para quem pretende ser completista(*) e
está no jogo do casamento, é melhor jogar em dupla.
Assumir compromissos na paternidade e na maternidade
constitui engrandecimento do espírito, sempre que o
homem e a mulher lhes compreendam o caráter divino. “E
vós, pois, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas
criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” — Paulo (Efésios,
6.4). Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes
confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e
eficiente. Urge reconhecer que o Evangelho não fala aos
embriões da espiritualidade, mas às inteligências e
corações que já se mostram suscetíveis de receber-lhe o
concurso.
Os pais, a maioria, vivem desviados, através de vários
modos, seja nos excessos de ternura ou na demasia de
exigência, mas à luz do Evangelho compreenderão que, se
para ser pai ou mãe são necessários profundos dotes de
amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o divino
dom do equilíbrio. Receber encargos desse teor é
alcançar nobres títulos de confiança. Por isso, criar os
filhinhos e aperfeiçoá-los não é serviço tão fácil.
Se muitas vezes os pais se furtam à claridade do
progresso espiritual, escolhendo o estacionamento em
zonas inferiores, nem mesmo nas circunstâncias dessa
ordem seria razoável relegá-los ao próprio infortúnio.
Claro está que os filhos não devem descer ao sorvedouro
da insensatez ou do crime por atender-lhes aos venenosos
caprichos, mas, encontrarão sempre o recurso adequado
para retribuírem aos benfeitores os inestimáveis dons
que lhes devem.
Diz uma Psicóloga: “Ando bastante preocupada, pois como
realizo avaliação neuropsicológica acabo me deparando
com alguns transtornos nas crianças/adolescentes, cujos
adultos responsáveis fizeram ou fazem uso e abuso de
drogas lícitas e ilícitas. A consequência é que os
filhos estão apresentando, cada vez mais cedo,
transtorno de conduta e comportamento antissocial. Estou
assustada!”
Não somente os pais estão cercados de obrigações, mas
igualmente os filhos, que necessitam vigiar a si mesmos,
com singular atenção. Quase sempre a mocidade sofre de
estranhável esquecimento. Estima criar rumos
caprichosos, desdenhando sagradas experiências de quem a
precedeu, no desdobramento das realizações terrestres,
para voltar, mais tarde, em desânimo, ao ponto de
partida, quando o sofrimento ou a madureza dos anos lhe
restauram a compreensão.
"Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos,
a identidade do progresso moral e a afeição induzem a
reunir-se. Mas, permite Deus que Espíritos menos
adiantados encarnem entre eles a bem de seu progresso.
Esses Espíritos se tornam, por vezes, causa de
perturbação, o que constitui para estes a prova e a
tarefa a desempenhar" .
De uma hora para a outra o filho não quer ir mais ao
Centro Espírita. Duas causas saltam aos olhos. Causas
Naturais. Na fase de crescimento existem períodos
naturalmente conturbados, como o da "expansão
subjetiva", conhecido como "descobrimento da realidade
exterior". Surge a dor "pela perda dos pais ideais",
quando a imagem idealizada e mágica se choca com a
realidade. Em relação à evasão do jovem na casa espírita
não podemos esquecer que é natural a rebelião contra a
autoridade constituída, neste período da vida. Nessa
fase os jovens são constantemente avaliados e aprendem a
avaliar a fé da família. Ao encontrarem pais espíritas
de fachada sentem-se frustrados.
Existem causas bem legítimas, que surgem ao encontrarem
contradições. O jovem percebe que o que é pregado não é
vivenciado. O comportamento dos pais é ainda mais fácil
de observar. Quando eles aprendem que devem amar ao
próximo, mas os pais não vivem de acordo com esse
preceito, sentem-se traídos. Outra causa são os
discursos que ficam aquém de suas ansiedades e aquelas
reuniões pouco atraentes. Outro problema é que quando
encontram temas que aguçam a curiosidade, percebem
também que esses estudos são mal administrados e
ministrados por evangelizadores bem intencionados, mas
incompetentes.
Vejamos um caso. Um jovem, 15 anos, começou a apresentar
os sintomas de revolta religiosa. Os pais pararam para
discutir e no final acharam que deveriam avaliar também
a Casa Espírita. O que encontraram? A maioria dos
frequentadores era de meia idade ou mais e as atividades
para os jovens eram pouco atraentes. O que fizeram?
Procuraram outra casa mais "jovem". Lá havia um extenso
programa de atividades para adolescentes. Ele não mais
faltou. Como explicar essa mudança?
O jovem foi contaminado pelo estudo bem elaborado e
acabou contagiando os amigos, que passaram a frequentar
as reuniões. O exemplo arrasta. Pais atualizados e
atuantes são evangelizadores diretos e indiretos na
“vacinação” das mentes dos jovens em formação. Há
contágio do idealismo em família.
Pais de posição firme, mas sem radicalismos, devem estar
preparados também para a derrota. Qual a conduta dos
pais, caso isso venha a acontecer? Lembrar que os
valores internalizados no inicio da existência,
provavelmente ficarão para o resto da vida, que educar
dá trabalho, mas vale à pena, pois a criatura humana é o
maior investimento divino. Como a essência de qualquer
religião é o amor, deixe claro para seu filho rebelde
que se ele se afastar da Doutrina Espírita, "a afeição
que você tem por ele permanecerá inalterada."
(*) Completista é o título que designa os Espíritos que
aproveitam todas as oportunidades construtivas que o
corpo terrestre lhes oferece. Esses casos, embora raros,
existem. O completista, na qualidade de trabalhador leal
e produtivo, pode escolher, à vontade, o corpo futuro,
quando lhe apraz o regresso à Crosta em missões de amor
e iluminação, ou recebe veículo enobrecido para o
prosseguimento de suas tarefas, a caminho de círculos
mais elevados de trabalho.
Fontes:
O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec.
Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.
O Homem a Mulher e as Linhas Paralelas -https://goo.gl/ua5VVm
Clara de Assis – A ordem das paixões -https://goo.gl/DmRTwM
A Nova Geração. Inteligentes e mais
felizes -https://goo.gl/xA6eAk
Deixe claro para o seu filho -https://goo.gl/6uUoht
Drogas. O Exemplo Arrasta -https://goo.gl/VntGxE