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por Silas Lourenço

 

A reencarnação como princípio básico


A reencarnação é um princípio básico da Doutrina Espírita. Os princípios básicos exclusivamente da nossa crença são: A comunicabilidade dos mortos, a reencarnação, a pluralidade de mundos habitados. Allan Kardec, no opúsculo O Espiritismo em sua mais simples expressão, assim o define: "O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensinamento dos Espíritos”.

Escrever, falar ou refletir sobre o tema reencarnação pode até parecer repetitivo a nós espíritas, mas devemos dedicar a ele alguns instantes de nossas reflexões, sempre que possível.

Ainda há uma importante batalha a travar, qual seja a erradicação do materialismo da face da Terra. É bem verdade que o Bom Combate se trava em nosso íntimo, e é nessa instância a nossa única possibilidade de vitória, mas não podemos deixar de considerar que o mal, sempre presente, se usa de fatores externos para nos distrair e corromper nossas boas resoluções.

O Materialismo deve ser primeiramente repudiado em nosso íntimo e depois confrontado sempre que se nos apresentar como verdade, que não é.

Os materialistas, porém, aqueles que assim se dizem, não por orgulho, mas por incompreensão, devemos entendê-los e esclarecê-los. Levando-se em conta as suas idiossincrasias e peculiaridades, respeito ao próximo, inclusive na sua ignorância, esta é a chave.

Entender a pluralidade das existências é complicado ao materialista. A reencarnação é um fato complexo e sucessivo, que envolve a difícil compreensão de outras duas realidades anteriores, senão vejamos:

Primeiramente é necessário entender que existe uma essência imaterial que anima o corpo material, qual seja, o Espírito, e que, quando encarnado, denominamos alma. Em um segundo momento, é necessário compreender que esse ser imaterial sobrevive depois da morte do corpo. Para finalmente, através de um complicado processo, ainda muito pouco estudado, aquele princípio imaterial volta a animar um novo corpo físico, através da reencarnação.

Convenhamos, é bem difícil, para aquele que somente acredita no que é perceptível aos cinco sentidos da matéria, entender a reencarnação.

Fé é acreditar, ter firme convicção naquilo que não se vê, naquilo que não é possível tocar, nem ouvir, nem sentir o odor, ou o paladar.

Fé não se vende, não se compra, não se troca, mas é possível se convencer ou esclarecer alguém sobre um determinado assunto, e, no caso que estamos tratando neste artigo, é possível convencer nossos irmãos da realidade da reencarnação. Por óbvio, e novamente frisando, sempre deverá haver respeito pelos outros.

Também, outra consideração deve ser feita, é sobre aqueles que, embora se dizendo espíritas e crentes em seus princípios, e por conseguinte na reencarnação, se comportam como se não estivessem sujeitos a ela. Perdem oportunidades de servir, guardam mágoas, perpetram vinganças ignóbeis, alimentam inimizades, se melindram por qualquer crítica. Tudo no meio espírita.

Pois é, para quê? A morte virá para todos, estaremos de volta à Pátria Verdadeira e lá teremos a triste notícia de que perdemos tempo. Lamentável!

Pensar sobre a reencarnação e outros princípios da Doutrina Espírita, estudá-los sempre. Submeter nossas ideias, nossas palavras e nossos atos aos princípios Doutrinários, sem preguiça.

Atender assim aos mandamentos ditados pelo Espírito de Verdade, em O Evangelho segundo o Espiritismo: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo”.

 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita