Jesus, ele não envelheceu!
O Criador ama muito este mundo, só que este mundo não
corresponde ainda ao que o Senhor deseja de toda a
humanidade.
A princípio vieram os profetas que não foram acatados e,
depois, o próprio Governador do Planeta Terra, Jesus, o
Cristo de Deus, veio ter conosco cumprindo a vontade do
Altíssimo.
Trinta e três anos aqui viveu e foi incompreendido. Sua
mensagem libertadora dos apegos materiais e das
tradições fez com que fosse combatido e hostilizado.
Dentro de uma sociedade patriarcal, as mulheres tiveram
uma importante participação em seu ministério,
destacando sua mãe Maria de Nazaré e Maria Madalena.
Numa sociedade muito desigual e com domínio de pessoas
sobre pessoas, de diversas formas, ele combateu o
acúmulo das riquezas: “É mais fácil passar um camelo
pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no
reino dos céus”.
E exaltou a pobreza desprovida de ambição e que vive da
simplicidade na vida, buscando apenas o necessário: “Bem-aventurados
os humildes, pois eles receberão a terra por herança”.
Numa sociedade onde a hipocrisia e os interesses dos
líderes dominavam, ele combateu o sistema e se ligou aos
mais simples, sofredores, pecadores e doentes que
buscavam o lenitivo para suas almas. E contou a parábola
do bom samaritano, desmascarando os religiosos.
Numa sociedade com pirâmide (camada) social que
distinguia as pessoas, Jesus mais uma vez exaltou os
humildes, dizendo que: “Os menores serão os maiores e os
últimos serão os primeiros, e bem-aventurados serão
aqueles que mais sirvam aos seus irmãos”.
Naquela época em que se vangloriavam e obrigavam as
pessoas ao culto no grande Templo de Jerusalém, o Cristo
desfraldou fronteiras ensinando a amar a Deus dentro do
próprio coração; em qualquer lugar poderíamos encontrar
as belezas do Pai generoso. Dessa forma ampliou a
experiência com Deus, sem que as pessoas necessitassem
de pedágios e sem mistérios e intercessões de terceiros
para se comunicar com o Criador.
O Messias nasceu despojado dos bens materiais, seu trono
foi uma manjedoura, e já aí começa a espalhar a notícia
do amor. Viveu na periferia e conviveu com muitos
daquela marginalidade social; somente esteve na capital,
Jerusalém, para cumprir uma missão de dar o exemplo do
perdão diante da maior injustiça que se faz com uma
pessoa, aplicar a pena de morte, sem permitir a defesa.
Nessa sociedade revoltada, onde predominava o olho por
olho e dente por dente, o Nazareno ensinou o perdão e
inclusive a fazer o bem para aqueles que nos perseguem
ou ferem, porque o mal não é algo que nos fazem, e sim o
mal que fazemos para o nosso próximo. Perdoar sempre!
Numa sociedade desigual e ambiciosa que não podia
compreender a mensagem renovadora de Jesus, ele não
envelheceu, preso e calado foi condenado e disseram:
“Crucifiquem o galileu”. Com apenas 33 anos, torturado e
assassinado, pelo Estado e pelos religiosos, ainda é o
incompreendido que precisamos descobrir. E sua mensagem
libertadora continuou na cruz: “Pai, perdoa-os, porque
eles não sabem o que fazem”.
Mestre dos mestres, o maior filósofo e mais experiente
psicólogo tem sua mensagem ecoada pelos milênios e sua
vida fez com que se dividisse o tempo em antes e depois
dele. Líder que cativou os discípulos e não os
abandonou, viveu entre os oprimidos, morreu na cruz do
martírio e sobreviveu, voltando em espírito para nos
contar e demonstrar que a morte é vida e que a vida
continua.
E que todos viveremos de novo.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora
EME.
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