A doutrina consoladora
No alvorecer do Iluminismo no início do Século XVIII, a
humanidade protagonizou um novo ciclo histórico e
relevante. Cumpriu-se a promessa do Messias, segundo
João 16:13: “Mas,
quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará
em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas
dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há
de vir”, e a Doutrina dos Espíritos oportunizou o
desvendamento dos fenômenos outrora considerados
sobrenaturais.
No “Século das Luzes”, figuras exponenciais das
ciências, artes e letras emolduraram os acontecimentos
da época com estudos profundos vinculando os
conhecimentos à razão, afastando as superstições e a fé
cega dando lugar ao raciocínio lógico. Dentre elas,
podemos citar: John
Locke (considerado o pai do Iluminismo),Denis
Diderot, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Charles-Louis
de Secondat (Montesquieu).
Com a evolução dos conhecimentos científicos - um dos
seus pilares de sustentação -, a Doutrina dos
Espíritos ficou a cargo do Missionário Allan Kardec,
enviado do Alto para a sua devida codificação. Trabalho
árduo, disciplinado, perseverante e revestido de uma
responsabilidade homérica, Allan Kardec empreendeu o
estudo da fenomenologia espírita enfrentando grandes
obstáculos daqueles que rejeitavam tais evidências,
arraigados que estavam ao preconceito e ignorância.
As revelações até hoje
irrefutáveis à luz da ciência e da razão trouxeram para
a humanidade um novo horizonte de esperança, embasado
nas Bem-Aventuranças anunciadas por Jesus, dando-nos a
certeza da imortalidade da alma e da reencarnação,
através dos inúmeros
estudos realizados pelos psiquiatras Brian Weiss, Ian
Stevenson, entre outros.
Os fenômenos de Hydesville a partir de 1948, além dos
estudos da pneumatografia, materialização e psicometria,
este último tão bem narrado por Ernesto Bozzano no livroEnigmas
da Psicometria, deixam evidente a veracidade das
pesquisas empreendidas. Nesse
contexto vale ressaltar uma das célebres frases de Allan
Kardec, que corrobora a necessidade de termos sempre
presente o bom senso: “Fé
inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a
razão, em todas as épocas da Humanidade”.
Temos ainda inúmeros respeitáveis nomes da literatura
espírita, como: Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille
Flammarion, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco,
luminares que integram a constelação de divulgadores da
Doutrina dos Espíritos que nos revela, consola e redime.
Consolidada, também pelo Evangelho de Jesus, remete-nos
ao campo da religião tendo, ainda como sustentação, os
preceitos filosóficos dos Seus ensinamentos no âmbito da
moral em condições irrevogáveis de se fazer presente em
qualquer crença do bem. (A
certeza da vida além-túmulo é o alento para a vida
presente.)
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