Perante Allan Kardec
Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai”.
Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre
relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica,
a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da
ascensão espiritual.
Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo”.
Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor
não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes
momentos da curta existência física, e sim à lei da
reencarnação.
Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandaliza corta-a;
ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas
mãos, ires para o inferno”.
Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso
Orientador se reporta às grandes resoluções da alma
culpada, antes do renascimento no berço humano, com
vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no
sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta
terrestre.
Disse o Cristo: “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe,
filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo”.
Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino
Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos
para com os entes amados e sim nos convida a renunciar
ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de
imediato, sustentando, ainda, a obrigação de
compreendê-los e servi-los por nossa vez.
Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta
vezes sete vezes”.
Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos
inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o
reino dos céus tão somente para si próprios, e sim nos
faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de
não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.
Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos
fará livres”.
Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não
pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião
deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada,
para que não venhamos a converter o Evangelho em museu
de fanatismo e superstição.
Cristo revela...
Kardec descortina...
Diante, assim, do 3 de outubro que nos recorda o
natalício do Codificador, enderecemos a Ele, onde
estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor,
porquanto todos encontramos em Allan Kardec o
inolvidável paladino de nossa libertação.
Do livro Irmãos Unidos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
|