Cartas

Ano 14 - N° 684 - 23 de Agosto de 2020

De: Ana Cristina Brandão de Farias (Manaus, AM)

Quinta-feira, 13 de agosto de 2020 às 03:08:42

Espíritos nos dizem que precauções nos são inspiradas com o fim de evitarmos a morte.
Na pandemia que enfrentamos, não tomar as devidas precauções seria suicídio?

Ana Cristina


Resposta do Editor
:

Excelente e oportuna a pergunta formulada pela leitora.

Allan Kardec perguntou aos instrutores da espiritualidade: - Do fato de ser infalível a hora da morte, poder-se-á deduzir que sejam inúteis as precauções que tomemos para evitá-la?

Eles responderam: “Não, visto que as precauções que tomais vos são sugeridas com o fito de evitardes a morte que vos ameaça. São um dos meios empregados para que ela não se dê.” (O Livro dos Espíritos, questão 854.)

Os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde de todo o mundo, só rejeitados pelos negacionistas da pandemia, enquadram-se perfeitamente nas “precauções” que devemos tomar, tal como sugerido na questão transcrita.

A não observância dessas precauções, caso levem uma pessoa ao óbito, pode sim ser perfeitamente considerada uma forma de suicídio involuntário, e temos na literatura espírita vários exemplos de pessoas que anteciparam o momento da morte justamente por atitudes semelhantes.

 

De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)

Domingo, 16 de agosto de 2020 às 11:23:26

Cada vez que estudamos o Evangelho, mais nos intrigam algumas passagens. Por exemplo: quando Jesus, após a ressurreição, conhecendo o perispírito, por que haveria de dizer aos apóstolos e discípulos "... apalpai-me, pois o espírito não tem carne nem ossos como vedes que eu tenho... tendes algo para comer?” Como explicar essa passagem do evangelho, com base no perispírito?

Domingos


Resposta do Editor
:

Toda vez que alguém ler as Escrituras, seja o Antigo, seja o Novo Testamento, é bom não perder de vista que as traduções nem sempre retratam o que Jesus realmente disse. Mas no caso citado pelo leitor a explicação é bem simples: o reduzido tempo que Jesus passou com seus apóstolos e discípulos foi claramente insuficiente para que ele lhes transmitisse informações detalhadas sobre inúmeros assuntos, como os aspectos relacionados com a mediunidade, o magnetismo e a vida pós-morte. Além disso, João evangelista fornece-nos em seu evangelho informações que confirmam que os companheiros de Jesus não reuniam, naquela oportunidade, condições para se iniciarem em inúmeros temas.

Observemos com a devida atenção:

Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. [...] Mas o Paráclito, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (João, 14:15, 16, 17 e 26)

Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.” (João, 16:12 e 13) [Negritamos]

É por isso que os cristãos não espíritas têm dificuldade de entender a natureza do corpo espiritual ou perispírito, embora Paulo de Tarso a ele se refira em uma de suas cartas, bem como as questões relativas à morte, à vida espiritual e ao magnetismo curador.

Se isso ainda ocorre, passados mais de 20 séculos desde o advento do Cristianismo, é compreensível que os companheiros de Jesus ignorassem tais assuntos, o que levou o Mestre a limitar-se, na passagem em questão, às frases mencionadas pelo leitor.

 

De: Antonio Nazareno Favarin (São José dos Campos, SP)

Terça-feira, 18 de agosto de 2020 às 11:22:36
Olá, cara equipe de "O Consolador", bom dia. Agradeço imensamente pela eficiência desse periódico. Semanalmente, seleciono um ou dois artigos e os envio ao meu grupo de contatos, mencionando, sempre, o nome da autoria. Parabéns, mesmo, a toda essa excelente equipe redacional. Que Deus continue inspirando-a.
Agora, uma dúvida: sabemos, pela lógica da Doutrina, que nós, ainda no Plano Espiritual, com o auxílio de nossos mentores e, obviamente, pelos nossos méritos, escolhemos quem serão nossos genitores e, até, sabemos quem serão nossos avós ao reencarnarmos.
Pois bem, como é que determinados espíritos - e, como sabemos, são milhões neste Planeta de Provas e Expiações - como foi o caso recente dessa menina de 10 anos do ES que engravidou, sem o seu consentimento, violada por um familiar?
Ainda mais: como poderíamos entender o livre-arbítrio desse nascituro, a que, às vésperas de vir à luz, foi-lhe, abrupta e prematuramente, tolhido o direito de nascer sem nenhum direito de defesa? Lei de Causa e Efeito?

Desde já, agradeço.

Grande abraço.

Antonio


Resposta do Editor
:

É difícil para nós, envolvidos na matéria, compreender muitos acontecimentos que ocorrem no plano em que vivemos. Não temos, pois, nenhuma condição de comentar o lamentável episódio. Acreditamos, todavia, que a lei de ação e reação, ou de causa e efeito, é que nos pode fornecer elementos para entendermos a ocorrência da gravidez de uma menina, a qual, além de absolutamente indesejada, foi fruto de uma violência sexual absurda. Quanto ao abortamento, é evidente que tanto a lei brasileira quanto a doutrina espírita o aprovam, em face do risco de morte evidente que pairava sobre a gestante.

 

De: Paulo Guimarães (Vazante, MG)

Quarta-feira, 19 de agosto de 2020 às 08:44:23

Assunto: Especial 353 - Por que a população da Terra aumenta se os Espíritos que vão e vêm são os mesmos?

Nos três séculos anteriores a 1800 houve migração de espíritos vindos de outros orbes que não a Terra? Mas há também a possibilidade de espíritos serem concebidos por união de espíritos elevados?

Paulo


Resposta do Editor
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A migração de Espíritos entre os planetas é algo normal e corriqueiro. Como disse Jesus, na casa do Pai há muitas moradas. Os Espíritos permanecem em determinado orbe enquanto isso for indispensável ao seu aprimoramento intelectual e moral. Assim, enquanto uns partem para outros mundos, nosso planeta recebe habitantes vindos de outras esferas.

Quanto à segunda pergunta, entendemos que, estando reencarnados, é claro que os Espíritos podem exercer a missão da maternidade e da paternidade, sejam pouco ou bastante elevados.

Apenas os Espíritos Puros, que não mais se sujeitam à reencarnação, escapam a essa necessidade e não mais exercem a função maternal ou paternal, exceto em casos de missão.

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 13 de agosto de 2020 às 08:42

Assunto: Desperte e levante-se

Ao auxiliar alguém mais necessitado, não estamos lhe tirando o fardo pelo qual terá que carregar. Nem mesmo o próprio Jesus assim o fez e não será nós que o faremos. O que estamos fazendo é dar-lhe equilíbrio e apoio para que possa despertar para as realidades da vida que até então não enxergava, como também a de caminhar com mais segurança com as próprias pernas. Todos nós temos a cruz a qual o seu peso é segundo o nosso merecimento e às nossas próprias forças.

Segundo esse meu pensamento, vamos analisar o que o instrutor Calderaro diz a respeito para André Luiz no livro “No Mundo Maior”, no seu capítulo 15, intitulado “Apelo Cristão”, pela mediunidade de Chico Xavier: “Salvar alguém ou socorrê-lo, não significa subtrair o interessado à oportunidade de luta, de alçamento ou de edificação”. Como podemos notar, o socorro não tira ninguém das responsabilidades assumidas, mas o encoraja a encará-las com parcimônia e determinação, para que, o mais rápido possível, venha aliviar o seu fardo de provações.

A luta pela sobrevivência é tamanha, bem o sabemos. Mas o que está acontecendo é que esta sobrevivência está recaindo à sobrevivência do próximo. Estamos direta ou indiretamente minando as forças daqueles que nos acompanha na jornada sem que com isso nos despertemos para tal ação ordinária. Virou uma rotina tal ato que não prestamos atenção ao mal que estamos fazendo para o semelhante e para conosco mesmos. Não somos ainda solidários com o próximo, embora egoística e sobejamente nociva o somos com os nossos próprios familiares e amigos.

Para ajuizarmos bem a respeito desse auxílio, vamos entender melhor com a continuação do pensamento do instrutor acima citado: “Constitui amparo fraternal, para que desperte e se levante entrando na posse do equilíbrio que caracteriza aquele que o ajudou”. Para auxiliar alguém, tem que ter – o interessado – equilíbrio emocional, moral e espiritual para que a sua ajuda não torne em vantagem negativa aproveitando, dessa forma, da carência afetiva pelo qual passa o irmão à nossa vista.

O despertamento, ou seja, a visão da nossa situação no mundo, englobando família, amigos e sociedade, será bem mais auscultada a nossa consciência, para que não venhamos a cair nas próprias armadilhas, no próprio ócio que alimentamos por pensar que a vida só nos tem a dar sem que movamos um dedo sequer para que essa doação se volte em subsídios aos também desgraçados do mundo.

Devemos, sim, na medida da nossa acuidade mental, procurar despertar-nos para a vida eterna do espírito, levantar, sacudir a poeira das nossas sandálias e continuar a marcha para frente e para o alto, pois que será essa caminhada – por demais gloriosa – que iremos nos espiritualizar carregando nos braços os desfalecidos do caminho qual o fizera o Mestre de todos nós.

Façamos, sim, a nossa parte para que a nossa trilha seja perfumada pelo amor sem mesclas, sem máscaras, sem interesses.

Já pensou bem a respeito, Leitor Amigo?

Aécio César

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 18 de agosto de 2020 às 21:29

Assunto: Do que mais sentimos falta

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior -website mundo maior - e leia mensagens espíritas escritas especialmente para você, como esta produzida pela redação do Momento Espírita:

“Quando a pandemia se instalou, de repente, a insegurança tentou se aninhar em nosso ser. Confiantes, porém, de que tudo, neste imenso Universo de Deus, está certo, confiamos. Confiamos que isso, como tudo, nesta Terra, passará.

Talvez demore alguns meses. Meses que nem sabemos ainda como iremos superar. Desconhecemos o que nos reserva o amanhã. Mas, confiamos. Confiamos em Deus, em Jesus, nosso Governador Planetário, nas leis divinas que tudo regem com sabedoria. Isso passará, como passaram outras calamidades. Enfrentamos duas terríveis guerras mundiais, a explosão de bombas atômicas, os desastres das usinas nucleares.

Tudo nos parecia, quando ocorreu, que jamais superaríamos. Mas superamos. Crescemos em ciência, em tecnologia. Também em moralidade.

Na atual pandemia, que abraçou o mundo inteiro, sem exceção, sentimos o quanto somos frágeis. E, mais uma vez, constatamos que, por mais que o queiramos, não podemos ter o controle de tudo. Então, nos isolamos, como medida preventiva, para evitar ainda mais a disseminação da doença tão insidiosa. Isolados, voltamo-nos para a tecnologia. E nos servimos das redes sociais para nos comunicarmos. Utilizamos plataformas diversas para nos encontrarmos de forma virtual. As reuniões esparsas, de início, foram adquirindo um tom de cidadania diária. Reuniões com amigos, com familiares, com companheiros da profissão, do trabalho voluntário. Passamos a tratar de quase tudo em reuniões virtuais. Bate-papo informal, troca de receitas, sugestões para entreter as crianças que também ficaram em casa.

Acabaram-se nossas idas ao cinema, com pipoca e refrigerante. Acabaram-se nossos passeios nos bosques, agora fechados ao público. Acabaram-se nossas idas ao shopping, o peregrinar pelas lojas, o comprar roupas e calçados novos. Saídas de casa somente para as questões prioritárias: o trabalho profissional indispensável à sociedade, a aquisição do alimento, da medicação, do combustível.

Passados tantos dias, acabamos por nos dar conta de que o que temos de mais precioso, além da vida, é o amor. Estamos sentindo falta do abraço forte, dos encontros com os amigos, todos juntos, sentindo o calor do outro. Sentimos falta de ir ao templo religioso, sentimos falta daquela atmosfera de paz que nos envolvia, mal adentrávamos pela porta. Sentimos falta dos almoços em família, com a criançada correndo para todo lado, o vozerio de todos falando quase ao mesmo tempo. Sentimos falta do bate-bola com os amigos, na pracinha ao lado de casa.

Demo-nos conta, enfim, de que estamos aprendendo o que realmente importa para nossas vidas: o amor que partilhamos, a companhia do outro, o abraço amigo, o trabalho voluntário. Descobrimos que podemos ficar sem tantas coisas. Mas, como nos faz falta a liberdade de ir e vir, de andar pelas ruas, com sol ou com chuva. De convidar amigos para nossa casa, de promover encontros, simplesmente para nos abraçarmos e conversarmos sobre o que faz a nossa felicidade. 

Ah, quando passar esse flagelo mundial, haveremos de viver de forma diferente. Aguardemos, confiantes, esses dias do amanhã.”

Fraternalmente,

Jornal Mundo Maior

 

De: Site Espírita - Irmãos W (São Paulo, SP)

Domingo, 16 de agosto de 2020 às 23:23

Assunto: 6ª edição da Pesquisa Nacional Espírita

Olá, caros amigos. 

Saudações Kardequianas 

Primeiramente, está se aproximando a 3ª EDIÇÃO DA SEMANA MARIA VIRGINIA E J. HERCULANO PIRES... Que vai ocorrer entre os dias 25/09/20 a 29/09/20... Na cidade de São Paulo e que vai ter transmissão ao vivo via Facebook, YouTube etc. 

O Carlos Seth Bastos do site CSI do Espiritismo nos autorizou a divulgar os materiais de suas vastas pesquisas da historiografia espírita. Como ninguém divulga Espiritismo sozinho. Hoje se cria uma picada e amanhã uma viela e depois de amanhã uma estrada. É assim que se faz uma pesquisa colaborativa.  O mais importante é poder levar informações corretas sobre Espiritismo para poder engrandecer a nossa doutrina contra salteadores e mercadores que querem destruir a nossa amada doutrina. 

Atualização: SR. D'AMBEL (OS MÉDIUNS DOS CÍRCULOS DE ALLAN KARDEC) 

O médium Sr. D'Ambel... Vice-presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE), Secretário de Allan Kardec. O Médium de Erasto. Este carteiro/médium da Espiritualidade. O Sr. D'Ambel aparece na R.E. apenas de junho de 1861 a julho de 1865, totalizando 4 anos e 1 mês, com cerca de 28 comunicações, 19 de Erasto e 9 de outros Espíritos.  

Antes disso, em 7 de julho de 1864, surge o L'Avenir, inicialmente saudado na RE e também em Londres, mas que parece se tornar uma dissidência de Kardec no meio de sua missão. 

Na realidade o carteiro Sr. D'Ambel acabou se afastando das orientações de Allan Kardec o grande mestre de Lyon. E fascinado pelas suas faculdades mediúnicas acabou sendo presa de fascinadores e inimigos do Espiritismo do mundo espiritual que induziram ao suicídio. Na França de Kardec os inimigos do Espiritismo exploram de todas as formas as misérias materiais e espirituais do carteiro Sr. D'Ambel.  Allan Kardec ficou chocado com este episódio do suicídio do carteiro Sr. D'Ambel. E os inimigos do Espiritismo buscaram explorar os fatos para tentar destruir as propostas da 3 revelação. 

Um grande ALERTA para os carteiros/médiuns da atualidade. Que não somos donos de nossas faculdades e aqueles que se desvirtuam do caminho em seu egocentrismo vão adentrar a caminhos obscuros de mistificações espirituais. Sendo assim o estudo e o conhecimento das obras de Allan Kardec aliado a pureza de coração vai nos trazer a vacina contra espíritos mentirosos e inimigos do Espiritismo. 

O TRABALHO: 

- Compilação dos materiais do CSI DO ESPIRITISMO (Com documentos raros sobre o Espiritismo) 

- Atualização do L'Avenir - Moniteur du Spiritisme (Fr) (1864 a 1866) – Um resgate histórico para se conhecer as fantasias.  O Sr. D'Ambel, na palavra ao leitor do L'Avenir de 1º de março de 1866, inicia a publicação do polêmico "O Livro de Erasto", em 5 partes, terminado na edição de 12 de abril de 1866. (Estas mensagens mistificadoras O Livro de Erasto destoa totalmente o sentido com a qual Allan Kardec separa e publica as psicografias Sr. D'Ambel nas obras da Codificação espírita)  

Acesse o Link do Sr. D' Ambel: clique aqui-1

"Se o Espiritismo pudesse ser retardado em sua marcha, não o seria pelos ataques abertos de seus inimigos declarados, mas pelo zelo irrefletido dos amigos imprudentes." 

Allan Kardec - Revista Espírita, junho de 1862 - Ensinos e dissertações espíritas - O Espiritismo filosófico 

Finalizando:

Canal do YouTube: Allê de Paula - Espiritismo/Kardec (Resenha Espírita 42 - Historiografia Espírita) (Carlos Seth do CSI do Espiritismo e Adair Ribeiro do AllanKardec.online)

Acesse o link: clique aqui-2 

A luta segue. 

Wanderlei 

 


 
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 Revista Semanal de Divulgação Espírita