O que o “seu” centro espírita fez de
atividades ligadas à tecnologia nesses 2
anos de pandemia?
Sou da épica época da máquina de
escrever, fiz curso no início dos anos
90, século passado, quando estudava no
Luiz Zuiani, em Bauru, SP.
Para os mais jovens, a máquina de
escrever era uma espécie de caixote com
teclado muito mais rudimentar, porém,
parecido com os teclados dos notes
atuais.
Você colocava o papel na máquina e batia
nas letras do teclado para formar frases
e palavras. Uma vez escrito, escrito
estava e apagar era um deus nos acuda.
De lá para cá muita coisa mudou e
algumas profissões deixaram de existir,
o professor de datilografia foi uma
delas. Você, mais experiente, que já
passou dos quarenta, pode puxar na
memória e constatar que não estou
falando bobagens.
Pois bem, senhores... Recentemente, no
Fórum Econômico Mundial, foi noticiado
que, em 3 anos, 85 milhões de empregos e
funções serão eliminados do mercado de
trabalho.
Péssima notícia, não?
Nem tanto, a vida nunca traz o ruim sem
abrir portas para o melhor, pense nisto.
E por que digo uma coisa dessas? Porque
o próprio fórum já citado informa que
teremos a abertura de mais de 133
milhões de novas vagas, o que, numa
conta básica, mostra que serão criadas
mais de 48 milhões de oportunidades.
Vamos atualizar o velho ditado de que
Deus fecha uma porta e abre outra
janela.
Neste caso, o Todo Poderoso abriu 48
milhões de oportunidades para seus
filhos.
Mas há um senão. Aliás, eles sempre
existem.
Para que você, eu, nós, possamos ter
acesso a essas novas vagas é necessário
entrar, de cabeça, no mundo que exige o
domínio de tecnologias. Exatamente,
teremos que nos desenvolver
digitalmente, tal qual nos anos 90 e
anteriores, no que se referia às
máquinas de escrever.
Diante da leitura do cenário atual,
torna-se, ao menos para mim, impossível
não analisar essas informações à luz do
que traz o Espiritismo, mais
precisamente no capítulo que aborda a
Lei do Progresso.
Como Lei, ninguém escapa ao Progresso,
nem mesmo os preguiçosos.
Kardec, nas lições pertinentes ao tema
Progresso, indaga os Espíritos sobre o
que ocorrerá com aquele que tentar
impedir esta força da natureza.
A resposta dos Espíritos é clara: o
sujeito será levado por esta força, ou
seja, ele não conseguirá impedir a
chegada dos novos tempos, não tem como,
por mais forte e poderoso que alguém
seja, caso se oponha a uma lei natural,
não terá a mínima chance de triunfo.
Mas mesmo se o sujeito tiver boa
intenção? - prossegue Kardec. E eles, os
Espíritos, dizem mais ou menos assim:
boa intenção não ganha jogo, caso a boa
intenção esteja atrapalhando a Lei do
Progresso será uma pequena pedra
colocada no caminho e, portanto,
destruída pela potente roda do avançar.
Pois sim. O tempo passa e os fatos
mostram a atualidade de O Livro dos
Espíritos junto ao cenário em que
vivemos.
Ou partimos para o letramento digital,
aperfeiçoando-nos nesta arte chamada
tecnologia, ou ficaremos para trás,
distantes cada vez mais do progresso.
Aliás, uma pergunta:
O que o “seu” centro espírita fez de
atividades ligadas à tecnologia nesses 2
anos de pandemia?
Um tema para pensarmos com carinho.