Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Cuide bem de você


Há mais coisas certas do que erradas em você.” Job Kabat-Zinn


No dia a dia, esforçamo-nos para melhorar nosso conforto material, para ter mais sucesso na área profissional, para ser mais reconhecido por nossos pares, para nos cercar de pessoas que sejam boas e gentis.

Mas viver não é fácil. Se há um esforço continuo sobre o exterior, uma vida boa, por sua vez, depende também de um trabalho interior, porque é esse labor que possibilita a libertação da alegria escondida no coração de cada um de nós.

É conveniente entender que a alegria de viver não advém do acaso. Abrindo mão de nossas ideias preconcebidas, notemos: a alegria, que anima nosso ser, é fruto de atenção contínua.

Alguém me perguntaria: mas, a alegria não é uma emoção passageira?

Podemos considerar a alegria de duas formas – como uma emoção intensa (a alegria de passar no vestibular, por exemplo) ou como um sentimento perene e associado ao nosso ser profundo. Neste último caso, nós principalmente sentimos a alegria quando estamos de acordo com nós mesmos, com as coisas que fazemos. Ou seja, essa alegria, que é distinta de uma emoção efêmera, alimenta um viver de acordo com nossa natureza profunda, dando destaque a nossos talentos e qualidades.

Repetindo: viver não é fácil. Em certos dias, não é então complicado retirar as pedrinhas que obstruem o acesso a essa alegria indestrutível que está dentro de nós?

Como o viver bem depende de um exercício diário de vigilância, do trabalho com as árvores e flores, aprendi, por exemplo, que o contato com a natureza (e para gente de toda idade) facilita o desembaraço de tudo que impede o acesso à alegria que habita em nós.

Deseja estar mais aberto a uma felicidade mais estável? Conecte-se com a natureza. Passe um tempo sozinho em um local animado por paisagens naturais (sobretudo nos momentos difíceis). Quer cuidar melhor de você? Eleja uma flor (leve-a para o trabalho), cultive plantas, comece um jardim. Tudo isso, eu diria, é vibrar com nosso ser profundo…

 

Notinha

Pais que se cuidam, que conservam o bom-humor, que mantêm de forma diária um contato com a natureza, lidam melhor com as questões do dia a dia e assim educam com mais assertividade os próprios filhos. Estão cientes de que o mais significativo é buscar viver um dia de cada vez.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita