Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Carinho


Flocos de algodão


Era uma vez uma coelhinha chamada Síssi, que um dia, andando pelos campos, encontrou uma tartaruga já idosa.

Ela andava lentamente e cumprimentou Síssi, sorrindo com simpatia.

Síssi era jovem, costumava pular e correr, mas

diminuiu seus passos para poder acompanhar dona tartaruga e conhecê-la melhor.

A tartaruga era muito carinhosa. Depois de conversarem, ela elogiou a educação de Síssi e lhe deu seu endereço, convidando a nova amiga para visitá-la quando quisesse.

Ao se despediram, dona tartaruga deu de presente para Síssi um floco de algodão. A coelhinha pegou aquela bolinha fofa com suas mãos e ela era tão macia e agradável que imediatamente Síssi sentiu-se muito bem.

No dia seguinte, passeando novamente pelos campos, Síssi encontrou uma raposa. A coelhinha aproximou-se contente, pensando em fazer amizade como no dia anterior. A raposa não era lenta como a dona tartaruga, pelo contrário. Ela corria muito rápido e não diminuiu sua velocidade para cumprimentar Síssi ou dar-lhe atenção.

Síssi precisou correr bastante para alcançá-la e conseguir conversar. Ela disse para a raposa que gostava de passear por ali e conhecer novos amigos. Contou-lhe que, na véspera, tinha conhecido uma amiga que lhe tinha dado um floco de algodão maravilhoso.

A raposa então parou, olhou para Síssi e quis ver o algodão.

A coelha mostrou e a raposa disse:

- Posso ficar com ele? Você também o ganhou de alguém! Hoje é a minha vez. Não é justo você ganhar um desses e eu não!

A bondosa coelhinha ficou confusa. A raposa era esperta e com seus argumentos acabou convencendo Síssi.

- Olhe, para você não ficar sem nada eu vou lhe dar uma coisa - disse a raposa.

Ela, então, tirou do meio de sua pelagem um pedaço de graveto com um espinho que espetou a mão de Síssi quando ela o segurou.

- Ai! Isso me machucou - disse ela.

- Não se preocupe, você se acostuma - respondeu a raposa antes de se virar e sair correndo novamente, levando o floco de algodão.

Síssi jogou fora o graveto para não se machucar mais. E pensou no floco de algodão. Ficou chateada por tê-lo entregado à raposa. Queria poder senti-lo novamente. A coelhinha, então, lembrou-se de dona tartaruga e resolveu ir até sua casa. Lá chegando, ela contou para sua amiga, quase chorando, o que tinha acontecido.

Dona tartaruga chegou perto de Síssi, sorriu, colocou em sua mão outro delicioso floco de algodão e disse:

- Não fique triste, minha querida. É assim mesmo! Cada um dá o que tem. A raposa só tinha o espinho.

- Seria tão gostoso se todo mundo tivesse flocos de algodões para sentir e para trocar com os outros. Mas acho que as pessoas não se importam com isso – falou Síssi.

- Agora a raposa tem um floco de algodão. Quem sabe, algum dia, ela possa, dar para alguém. Você também recebeu um novo, que pode dar para quem você quiser, sem medo de ficar sem, pois, sempre que você voltar aqui, lhe darei mais um – disse-lhe dona tartaruga.

Síssi sentiu-se novamente contente com as palavras da amiga.

- Obrigada! Quero, então, oferecer meus flocos de algodão para muitas pessoas. Mas quando os seus estiverem acabando, me avise, por favor. Quero guardar pelo menos um para mim – disse a coelhinha.

- Não se preocupe, Síssi. Eu ganho alguns de pessoas queridas, mas a maioria dos flocos de algodão que eu dou eu colho na natureza. A minha fonte principal é Deus e não as pessoas. Se você quiser posso mostrar-lhe onde encontrá-los.

Síssi aceitou e ficou muito feliz quando aprendeu, com dona tartaruga, como colher da natureza muitos flocos de algodão. Ela passou a oferecê-los para muitas pessoas. E a receber alguns também!

De vez em quando, ela ia à casa da dona tartaruga. Levava para ela um floco de algodão novo, que estivesse bem fofinho, e sempre recebia um de volta.

E assim, doando e trocando flocos de algodão e de carinho, a coelhinha Síssi fez vários amigos e viveu sua vida sempre feliz.


 


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O Consolador
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