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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Maior e primeiro mandamento

Qual o entendimento, digamos racional, ou, dir-se-ia, o mais inteligente possível, de se “Amar a Deus acima de todas as coisas...”, que, por sua vez, logo mais ajunta: “...e a teu Semelhante como a ti mesmo”?

Sendo estes, pois, do ensino ministrado pelo Mestre-Soberano-Jesus, em seu Evangelho!

Ao nosso entender, achamos que se pode dividir tal resposta em dois itens a saber tal como a proposição mesma do ensino magistral:

1- É que o Ser, o Ego, ou o Eu de nossos Espíritos, em Si mesmo, e, por Si mesmo, quando de sua conscientização, Ele, em primeiríssimo lugar, se detecta como Ser pensante, como Eu individualista, para só depois, então, ver o que lhe cerca, ou seja, a natureza vivente repleta de semelhantes seus, ou seja, de seus irmãos.

Em tal situação, o Ser criado não pode, ainda, compreender o seu Criador, porque ele, o Filho, não poderia ter surgido do nada, mas, em seu Ego-Pensante, em seu Ser, o Criado assim se vê sem se importar com sua origem, pois esta não é a maior qualidade de Si, do seu Eu, ou seja, do Ser que se É, pensante por Si mesmo, que, sendo assim, simplesmente É, sendo que o restante fica pra depois.

Logo, dita situação do Eu, de sua Personalidade, dita situação, repito, poderá tornar-se uma armadilha para Si mesmo, ou seja, para o seu Egoísmo-natural, seu Egocentrismo, que, não se comportando conforme dizeres da Justa-Lei, este, pois, pode se rebelar, e, pois, tornar-se um filho-pródigo, conforme já, também, constante do Evangelho do Mestre-Soberano-Jesus.

E isto, pois, pela inexperiência do filho, ou seja, do Criado que, em Si mesmo, ignora aspectos outros de sua criação, que, em tal, fora muito amado pelo seu Criador, um Pai que É Todo Amor pelo filho de sua gênese mesma, sua Divina Paternidade.

Logo, é justíssimo que o Mestre-Jesus nos solicite “Amar a Deus acima de todas as coisas”, numa plena e justa correspondência do Amor dedicado ao filho amado de Sua sagrada e divina criação.

2- E, se Deus-É-Amor, e, se o Filho entende e passa a viver na correspondência desse mesmo Amor, óbvio que o outro, ou seja, os demais filhos de Deus, também são filhos Amados do mesmo Amor, sendo justo, pois, o ensino do Mestre-Nazareno-Jesus de que se deve, de fato, não somente Amar a Deus, mas, também, ao nosso Semelhante, filho do mesmo e tão divino Amor.

Logo, o ensino do Mestre-Nazareno-Jesus parece-nos Justo do início ao fim, ou seja, de se “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao teu semelhante como a ti mesmo”. 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita