Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Nascimento de Jesus


Nasceu Jesus


Na cidade de Belém havia certa estrebaria que estava preparada para receber uma visita. O Sol, a Chuva, o Vento e a Brisa tinham cuidado muito bem daquele lugar.

— Quem será que vai chegar? — pensavam todos.

Um casal vinha pela estrada, estava viajando havia alguns dias. O homem vinha puxando um burrinho que trazia a mulher. Eram José e Maria!

Eles eram um casal simples, moravam em uma aldeia chamada Nazaré.

Maria era uma moça meiga e inteligente, cuidava com carinho de sua casa e de sua horta. Todos gostavam de conversar com ela, pois ela sempre tinha uma palavra de coragem e afeto para oferecer.

José era um homem bom, ele era carpinteiro, trabalhava com a madeira, que em suas mãos se transformava em casas, móveis e utensílios.

Um dia chegou uma ordem do governo determinando que todo o povo deveria se apresentar para um registro. O governo queria saber quantas pessoas viviam ali. José e Maria deveriam se registrar em Belém, que era a cidade natal de seus pais.

Eles ficaram preocupados! A viagem seria longa e, além disso, Maria estava esperando um bebê. Mas eles tinham que ir.

José conseguiu um burrinho para levar Maria. Junto com a bagagem eles levaram as roupinhas que Maria havia feito para o bebê.

A alegria com o filho que ia chegar dava a eles confiança de que tudo ia dar certo.

Durante a viagem eles encontraram muitas pessoas que também iam para se registrar. Quando chegaram a Belém, a cidade estava cheia de viajantes. E por esse motivo não conseguiram encontrar um lugar para ficar.

E agora, onde poderiam procurar abrigo?

Resolveram então se afastar um pouco do centro da cidade. Eles não podiam ver, mas anjos de luz os conduziam para o local certo. Aqueles seres luminosos acompanhavam Maria e José desde a saída de Nazaré. Conforme a viagem prosseguia, o número de anjos aumentava, pois eles queriam participar do que estava prestes a acontecer.

Os anjos irradiavam tamanha luz que algumas pessoas conseguiram enxergá-la mesmo de muito longe. Pastores que cuidavam de suas ovelhas e alguns sábios que moravam bem longe puderam ver a luz no céu e resolveram seguir aquele rastro luminoso.

Já um pouco distantes do centro da cidade, José e Maria encontraram uma hospedaria. Os donos informaram ao casal que os quartos estavam todos ocupados, no entanto eles possuíam uma estrebaria que estava limpa e bem cuidada.

Maria e José foram até lá. José ajudou Maria a descer do burrinho e eles observaram o lugar.

— Tão simples e tão acolhedor — pensou Maria.

Maria e José decidiram ficar e agradeceram aos donos da estrebaria.

— Vou preparar uma cama com palha e cobri-la com os nossos mantos – disse José.

— Olhe, José – respondeu Maria – a manjedoura parece um berço. Vou colocar a manta e os panos que costurei para o nosso filho sobre ela.

A luz que guiava os sábios e os pastores, quando chegou sobre a estrebaria, desceu e a iluminou inteira. Parecia uma festa de luz! Todos que estavam próximos se emocionaram. Depois a luz foi para cima da estrebaria e lá ficou.

E naquela noite, naquela estrebaria, nasceu uma criança muito especial, um menino que recebeu o nome de Jesus.

Os sábios trouxeram presentes para o menino Jesus. Os pastores se aproximaram e disseram:

— Seja bem-vindo, menino Jesus!

Maria agradeceu a presença de todos e colocou Jesus na manjedoura. Ela e José sentiam que Jesus era um presente de Deus.

O Boi e sua amiga Ovelha estavam felizes por poderem ceder a sua casa.

A Brisa, muito suave, trazendo perfumes de flores, envolvia o ambiente e acariciava o bebê.

A estrebaria fora preparada para ele. O menino Jesus era a visita tão esperada por todos.

Na manhã seguinte, logo cedo, os passarinhos contavam a todos em gorjeios melodiosos que ali, naquela estrebaria, entre ovelhas e bois, nascera o menino Jesus.

E os passarinhos contavam, no seu canto, o que ouviam dos anjos: aquele menino veio trazer uma mensagem de amor e paz. Aquele menino era a paz e o amor. E a felicidade, assim como a Brisa, se espalhava e envolvia a todos que ali chegavam.

 

(Texto de Ana Letícia de Santis Bastos dos Reis.)
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita