Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Otimismo e pessimismo


A história de D. Péssima e de D. Ótima


Eis os acontecimentos de um dia na vida de duas senhoras. Uma delas é um amor de pessoa, tranquila, gosta do que faz e sente-se feliz. Já a outra é o mau humor em pessoa. Resmunguenta, reclama de tudo, briga com todo mundo e nunca está contente.

Ambas levam uma vida simples e com muita dificuldade financeira. Vou chamá-las, carinhosamente, de D. Péssima e D. Ótima.

Num determinado dia, ambas levantaram-se cedo e, após darem o café a seus familiares, saíram para comprar algumas coisinhas de que necessitavam.

D. Péssima pegou o ônibus e logo esbravejou, por não haver lugar para sentar-se. Estava cansada. Irritou-se com o congestionamento e ficou resmungando o tempo todo: "Será que estas pessoas não têm o que fazer?”.

Dizia que estava perdendo muito do seu precioso tempo por causa delas. E continuou em pé, xingando e reclamando da vida. De como sua vida era difícil!

D. Ótima também pegou o ônibus lotado e, por causa do congestionamento, aproveitou para fazer uma análise da sua vida. Sentia-se muito bem. Saudável, com ótimos filhos e com esperança de um futuro melhor. Pôs-se a olhar para as outras pessoas e ficou perguntando-se: "Quantas delas são felizes como eu? Por trás daquelas aparências, quantos problemas estarão escondidos?”.

D. Péssima continuou sua dura viagem e, chegando ao local de compras, havia muita gente, o que a fez ficar meio perdida. Entrou numa loja para adquirir certa mercadoria e, porque ela já houvesse acabado, brigou com o vendedor e saiu à procura em outros lugares, ficando mais cansada, mais irritada e, por fim, acabou levando outra mercadoria que não era do seu agrado. Achou tudo muito caro e lamentou a sorte de ter tão pouco dinheiro.

D. Ótima, entrando na loja e não encontrando o que desejava, ouviu a opinião do vendedor, que lhe ofereceu uma mercadoria parecida e até de menor valor. Resolveu levá-la e, logo, havia terminado as compras, satisfeita com o que tinha feito e até economizado.

À noite, no jantar, diante daquela refeição simples de todos os dias os filhos de D. Péssima perguntaram-lhe como tinha sido o seu dia. Ela, então, pôs-se a reclamar que lhe doíam as costas, as pernas, os pés, a cabeça, e tudo dera errado, que o dinheiro era pouco e, ainda por cima, só tinha aquela miséria para o jantar.

– Como sou infeliz! Exclamou.

Já D. Ótima disse aos seus filhos que teve um dia maravilhoso. Aproveitou para muitas coisas, fez compras e, ainda, teve tempo para refletir sobre sua vida. Agradeceu a Deus pela família maravilhosa, pelos bons sentimentos que todos tinham e pelo jantar que saboreavam juntos.

– Como sou feliz! exclamou.


Texto de Sônia Mara Rodrigues Centomo, da Revista Espírita Allan Kardec n°37.


 


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