Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Exemplo e boa conduta


Um mundo bom


Gabriel estava andando na calçada. A rua era comprida e movimentada. Ele andava devagar, pois nem sabia muito bem aonde estava indo.

Caminhando, ele passava em frente a casas e prédios que tinham canteiros na frente. Gabriel
observava as plantas e também as árvores da calçada por onde andava.

Sem pensar em nada, enquanto passava por um arbusto, ele puxou um galhinho fino, arrancando-o da planta, com folhas e tudo. Em seguida jogou o galho no chão e continuou seguindo.

Por que ele fez isso? Nem ele mesmo saberia explicar. Só para mexer em alguma coisa, talvez.

No entanto, algo interessante aconteceu. Logo em seguida, Gabriel viu quase todas as pessoas próximas a ele puxarem pedaços de vegetação e jogarem no chão. Como havia muita gente, em poucos segundos, as plantas ficaram bastante machucadas e o chão da calçada, todo sujo.

Gabriel ficou triste ao ver as pessoas destruindo as plantas. Ele apressou um pouco o passo, querendo distanciar-se daquela situação. Chegou a um córrego, e ao atravessar a pequena ponte, ainda sem pensar muito em nada, tirou um papel amassado do seu bolso e jogou no córrego. O papel boiou por pouco tempo, depois, molhado, afundou.

O garoto já ia retomar sua caminhada quando notou, novamente, muitas pessoas atirando lixo no córrego. E não somente papéis, mas também latas, restos de lanches, sacolas e garrafas plásticas.

Era tanto lixo que Gabriel se indignou. Teve vontade de pedir que parassem. Mas ficou envergonhado. Afinal ele mesmo tinha feito aquilo.

Gabriel começou a perceber que algo estava estranho. Mas não sabia o que fazer. Foi, então, que uma senhora, com ar bondoso, chegou perto dele e disse carinhosamente:

– Este é o seu mundo. Você o constrói a todo momento.

Assustado, Gabriel começou a sentir seu corpo ficar mais pesado. De repente, tudo ficou escuro. No instante seguinte ele abriu os olhos. Estava deitado em sua cama.

– Que alívio! – pensou ele.

Ainda deitado, Gabriel ficou pensando no sonho que acabara de ter. E na manhã seguinte contou para sua mãe, durante o café da manhã.

– Nossa! Que sonho estranho!  Ainda bem que na vida real não é assim – disse ele.

– Será mesmo que não, filho? No seu sonho as coisas aconteciam imediatamente, mas na vida real as pessoas se influenciam bastante. Muitas vezes seguimos os exemplos dos outros, sem perceber. Ou então, os outros seguem nossos exemplos. Precisamos ter sempre vigilância.

Gabriel não disse nada, mas, ouvindo sua mãe, lembrou-se também das palavras da senhora do seu sonho.

E, a partir desse dia, Gabriel nunca mais andou pelas ruas quebrando as plantas, nem jogando lixo no meio ambiente e nem fazendo outras coisas que ele não gostaria de ver as outras pessoas fazendo.

Ele passou também a se preocupar mais em ter bons comportamentos, a cumprimentar, a sorrir, a ter paciência com outros, a emprestar seus brinquedos e seu material, a jogar bola sem brigar... e uma série de outras coisas.

De vez em quando, ele se lembrava da senhora do sonho e pensava: “Se sou eu que construo o mundo em que vivo, quero que ele seja um mundo bom!”

 


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