Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Boa conduta


O que você quer ser quando crescer?

 

- Quero ser muito rico! - disse sorrindo Gabriel, e acrescentou: Quero ser rico e não ter que trabalhar nunca!

A resposta

surpreendeu sua mãe, que quis saber mais. De um modo geral, as crianças querem ser médico, astronauta, veterinário, mas o garoto explicou que para ser feliz era necessário ser muito rico, muito poderoso e mandar em todo mundo.

Como espírita, a mãe de Gabriel sabe que os filhos são Espíritos reencarnados que trazem sua própria bagagem de outras reencarnações, ou seja, possuem valores e experiências adquiridos ao longo das existências. Mas ela sabe, também, que a infância é o período ideal para ensinar aos filhos valores como o amor, a caridade, o respeito, o trabalho e o perdão.

Ela passou, então, a observar Gabriel mais de perto. E reparou que os jogos que ele gostava de jogar no videogame eram de guerra, de violência e que ele adorava “matar os inimigos”! Acompanhando o que o menino via na televisão, descobriu que nas novelas e nos filmes Gabriel torcia pelo bandido, e achava normal roubar, mentir e enganar as pessoas.

Dona Antônia trabalhava o dia todo, mas, conversando com a senhora que cuidava de Gabriel, concluiu que o menino passava muitas horas em frente da televisão, assistindo a programas que não eram apropriados à sua idade. Ela sentiu, então, que o filho estava precisando de ajuda para diferenciar o mocinho e o bandido, o certo e o errado.

Com muito amor, Dona Antônia determinou limites no tempo e nos programas que o menino podia assistir na televisão, e passou a conversar com Gabriel sobre os personagens e as histórias de que ele gostava. Ela também ensinou a ele o valor do trabalho, determinando que ele realizasse pequenas tarefas domésticas e observando, depois, se foram cumpridas adequadamente.

O tempo que estavam juntos passou a ser mais valorizado: brincavam e se divertiam, liam histórias, e a mãe ajudava o garoto nas tarefas da escola. Ela conheceu melhor os amigos do filho, e, de longe, acompanhava as brincadeiras dos meninos, conversando com Gabriel sobre os acontecimentos, à noite, antes de dormirem.

Semanalmente passaram a realizar o Evangelho no Lar, com histórias que tinham sempre uma bela lição, auxiliando no crescimento espiritual dos dois, mãe e filho. O menino passou a frequentar, também, as aulas de evangelização espírita infantil, e a mãe acompanhava atenta o que o menino aprendia, reforçando as lições durante a semana.

Com o passar dos meses, Gabriel deixou de torcer pelos bandidos e passou a refletir mais sobre o que era melhor para ele. Ele também aprendeu que trabalhar é importante, que trabalhando aprendemos muitas coisas e que as atitudes positivas como o respeito ao próximo trazem como retorno o bem para todos.

Uma noite, depois de ter ajudado o menino com a lição de casa, a mãe perguntou:

- Você já sabe o que quer ser quando crescer?

- Não sei ainda.... Quero escolher uma profissão em que eu possa ajudar os outros... - disse o menino, pensativo.

Foi quando a mãe teve a certeza de que, independentemente de qual profissão ele escolhesse, ela estava fazendo a parte dela na construção de um Homem de Bem.


(Texto de Claudia Schmidt)


 


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