Os rumos da vida
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao
Pai, senão por mim.” (João
14:6)
O desenvolvimento tecnológico vem ocorrendo com uma
celeridade inimaginável. As inteligências agigantam-se
para o progresso da humanidade. Porém, nem sempre se
prendem, infelizmente, à nobreza dos sentimentos do ser
humano, afastando-o do caminho do bem.
A busca do “ter” deprime a nossa luz interior, onde
dormita o “ser”, que abriga a Centelha Divina em todos
nós. O mal é criação do homem, sendo, pois, imperfeito e
passageiro. Caminhando para tornar-se um Planeta de
Regeneração, a Terra passa por transformações de toda
ordem, onde as consciências despertarão para
predominância do bem. Essa mudança vem ocorrendo faz
tempo, estando a humanidade bem próxima da ruptura dos
conceitos equivocados. O banimento de certas posturas
está chegando e quem estiver atento observará esses
fatos.
Divaldo Pereira Franco nos diz no livro Transição
Planetária, de Manoel Philomeno de Miranda, pg.26:
"As grandes transformações, embora ocorram em fases de
perturbação do orbe terrestre, em face dos fenômenos
climáticos, da poluição e do desrespeito à Natureza, não
se darão em forma de destruição da vida, mas de mudança
de comportamento moral e emocional dos indivíduos,
convidados uns ao sofrimento pelas ocorrências e outros
pelo discernimento em torno da evolução.”
Nossas imperfeições precisam ser buriladas! O
reconhecimento dessa realidade ainda não chegou a todos.
Há aqueles que continuam inertes para as imperiosas
mudanças, permanecendo na insensatez da maldade. A
ciência continua levando-nos ao progresso, mas a
aquisição das virtudes que devemos cultivar estão
muito aquém daquilo que precisamos. Nelas repousam o
tesouro da nossa evolução moral. Segundo Platão (Século
IV a.C.), “As virtudes são forças da alma que direcionam
o ser humano para o bem. Ele acreditava que as virtudes
são acessíveis a todos e que a busca por elas deve ser
constante, ao longo de toda a vida”.
Sobre nossas conquistas científicas, citamos a
inteligência artificial (IA), como um fato
revolucionário! Aprimoram-se as máquinas confirmando o
progresso que já vivemos. O quociente de inteligência
(QI) avalia o grau de aptidão que temos para a
realização de tarefas. Nesse contexto, o quociente
emocional (QE) fica em plano secundário, sendo, contudo,
da maior importância para discernirmos sobre as nossas emoções e
disciplinarmos os nossos sentimentos.
No livro Inteligência Emocional, de Daniel
Goleman, pg.98, encontramos: “Conhecer as próprias
emoções. Autoconsciência – reconhecer um sentimento
quando ele ocorre – é a pedra de toque da
inteligência emocional”.
Os ensinamentos do mestre Jesus continuam ignorados por
muitos. Entretanto, a Lei do Progresso é inevitável e
todos nós, sem exceção, somos regidos por ela. Cada um,
a seu tempo, perceberá essa necessidade de elevação
espiritual.
Através da psicografia de Francisco Cândido Xavier,
autoria de Emmanuel, no livro Rumo Certo, pg.16,
encontramos: “Esperas ansiosamente encontrar o Senhor e
um dia chegarás à Divina Presença; entretanto, antes de
tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque
o próximo é sempre o degrau da bendita aproximação”.
Para esse mister é indispensável sabermos conviver
com as diferenças. O conhecimento próprio e a
prática da empatia para os nossos semelhantes
correspondem à chave da compreensão, tolerância e
indulgência. Esses são os elementos que nos oportunizam
evoluir, envolvidos que estaremos com os sentimentos
elevados.
Carlos Antônio Baccelli, no livro Do Outro Lado do
Espelho, pg.2, relata: “Do outro lado do Eterno
Espelho da Vida, o homem sempre se deparará com a imagem
real de si mesmo. Liberto dos contornos ilusórios da
matéria, os seus autênticos traços intelecto-morais se
lhe acentuarão no espírito. A voz da consciência lhe
falará sem qualquer subterfúgio e ele não conseguirá,
por mais tempo, ignorar a Verdade”. (Que Jesus abrigue
em nossos corações e sua divina luz desperte nossas
consciências.)
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