Um simpatizante do Espiritismo residente em Santos-SP
foi a Pedro Leopoldo-MG asseverando desejar conhecer
Chico Xavier para melhor acertar
seus problemas de fé. O
médium, no entanto, empregado de uma repartição, não
dispunha do tempo como
desejava e, por determinação de sua chefia, estava
ausente.
O visitante insistiu, insistiu. Mas, como
não podia deter-se por muitos dias, regressou a sua casa,
dizendo a vários amigos:
— Duvido muito da mediunidade. Imaginem meu caso com o Chico
Xavier. Viajo
para Pedro Leopoldo com sacrifício de tempo e dinheiro. Chego à
cidade e informam-me,
sem mais aquela, que o médium estava ausente. Perdi minha fé,
pois tenho a ideia de
que tudo seja simples fraude e estou convencido de que o
Chico se esconde para melhor sustentar a mistificação.
Um dos companheiros de ideal escreve, aflito, ao Chico,
relatando-lhe a ocorrência. Não
seria aconselhável procurar o queixoso e atendê-lo? O
pobre homem parecia haver perdido a confiança no Espiritismo.
O médium, muito preocupado, pede o parecer de Emmanuel e o
devotado orientador responde-lhe,
com serena precisão:
— Deixe este caso para trás. Se a fé nesse homem for erguida
sobre você é melhor
que ele a perca desde já, porque nós todos somos criaturas
falíveis. A fé para
ele e para nós deve ser construída em Jesus, porque somente confiando em
Jesus e imitando-lhe os
exemplos é que poderemos seguir para Deus.
Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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