Constituições, assim como a Bíblia, são
falíveis
Os rabinos, os padres e os pastores sempre ensinaram que
a Bíblia é a palavra de Deus. Com isso, eles quiseram e
querem dizer que o que eles ensinam são verdades
incontestáveis, pois que eles se apoiam na Bíblia! Na
verdade, como tenho dito muito, a Bíblia não é a palavra
de Deus, mas de homens sobre Deus, e eles não são
infalíveis. Aliás, segundo Bart D. Eherman, o maior
biblista do mundo atual, a Bíblia sofreu milhares de
alterações.
E o certo é que os políticos dos congressos das nações,
principalmente as ocidentais, criaram nossas
constituições tomando por base a Bíblia. Para eles as
constituições, como a Bíblia, seriam também infalíveis,
porque os políticos, seus criadores, representavam a voz
de Deus, pois era a voz da maioria dos representantes
eleitos pela maioria da voz do povo, que é a voz de
Deus. Só que os autores da Bíblia eram de uma moral
insuspeita e a dos políticos nem sempre é assim.
Ademais, por que é comum, de tempos em tempos,
fazerem-se reformas das constituições? Erraram, pois, os
que quiseram fazer delas uma espécie de Bíblia. Esse
erro ocorreu porque eles não estudaram a Bíblia em
profundidade, como há muitos que o fazem hoje e nos
mostram os erros dela que não podemos atribuir a Deus,
sob pena de estarmos até fazendo uma espécie de
blasfêmia contra Deus. E é por isso que, como eu já
disse e tenho dito muito, a Bíblia não é apalavra de
Deus, mas de homens sobre Deus, como Moisés, Isaias,
Jeremias, Malaquias, São Mateus, São João Evangelista
etc.
E assim, como existem biblistas que, baseando-se num
texto bíblico isolado e fora, pois, do contexto,
interpretam ideias bíblicas, erradamente, existem também
juristas, advogados, promotores de justiça,
procuradores, juízes, desembargadores e ministros das
supremas cortes que cometem, também, erros judiciários
baseando-se, às vezes, apenas em uma palavra mal usada
por um cochilo literário de um constituinte, pelo que,
então, os juristas, de boa ou má fé absolvem ou
condenam, indevidamente, uma pessoa. Por isso, as
pessoas que militam no judiciário, principalmente os
ministros do STF, têm que ter muito cuidado e muita
prudência, para não cometerem injustiças, cujas
sentenças, sem serem ditatoriais, são idênticas às
ditatoriais, pois o réu ou suposto réu não tem mais
condições de apelar para outra instância.
E alguns advogados até brincam dizendo que uma sentença
de um STF é tida pelos próprios ministros que a proferem
como se ela fosse do próprio Deus!
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