Artigos

por José Reis Chaves

 

Constituições, assim como a Bíblia, são falíveis


Os rabinos, os padres e os pastores sempre ensinaram que a Bíblia é a palavra de Deus. Com isso, eles quiseram e querem dizer que o que eles ensinam são verdades incontestáveis, pois que eles se apoiam na Bíblia! Na verdade, como tenho dito muito, a Bíblia não é a palavra de Deus, mas de homens sobre Deus, e eles não são infalíveis. Aliás, segundo Bart D. Eherman, o maior biblista do mundo atual, a Bíblia sofreu milhares de alterações.

E o certo é que os políticos dos congressos das nações, principalmente as ocidentais, criaram nossas constituições tomando por base a Bíblia. Para eles as constituições, como a Bíblia, seriam também infalíveis, porque os políticos, seus criadores, representavam a voz de Deus, pois era a voz da maioria dos representantes eleitos pela maioria da voz do povo, que é a voz de Deus. Só que os autores da Bíblia eram de uma moral insuspeita e a dos políticos nem sempre é assim. Ademais, por que é comum, de tempos em tempos, fazerem-se reformas das constituições? Erraram, pois, os que quiseram fazer delas uma espécie de Bíblia. Esse erro ocorreu porque eles não estudaram a Bíblia em profundidade, como há muitos que o fazem hoje e nos mostram os erros dela que não podemos atribuir a Deus, sob pena de estarmos até fazendo uma espécie de blasfêmia contra Deus. E é por isso que, como eu já disse e tenho dito muito, a Bíblia não é apalavra de Deus, mas de homens sobre Deus, como Moisés, Isaias, Jeremias, Malaquias, São Mateus, São João Evangelista etc.

E assim, como existem biblistas que, baseando-se num texto bíblico isolado e fora, pois, do contexto, interpretam ideias bíblicas, erradamente, existem também juristas, advogados, promotores de justiça, procuradores, juízes, desembargadores e ministros das supremas cortes que cometem, também, erros judiciários baseando-se, às vezes, apenas em uma palavra mal usada por um cochilo literário de um constituinte, pelo que, então, os juristas, de boa ou má fé absolvem ou condenam, indevidamente, uma pessoa. Por isso, as pessoas que militam no judiciário, principalmente os ministros do STF, têm que ter muito cuidado e muita prudência, para não cometerem injustiças, cujas sentenças, sem serem ditatoriais, são idênticas às ditatoriais, pois o réu ou suposto réu não tem mais condições de apelar para outra instância.

E alguns advogados até brincam dizendo que uma sentença de um STF é tida pelos próprios ministros que a proferem como se ela fosse do próprio Deus!


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita