Quem cuida de mim...
Ninguém cuida melhor de nós do que nós mesmos, quando
estamos lúcidos, saudáveis e equilibrados. Cuidemos de
nós. Se existe uma coisa que jamais alguém poderá fazer
por nós: é a parte que nos compete! Ainda que tropecemos
no meio da caminhada, resistamos e levantemos quantas
vezes forem necessárias. Os erros não são pecados, são
aprendizados, têm consequências, mas aprimoram e nos
amadurecem.
Em casos de desenvolvermos alguma doença, pois todos
estamos sujeitos a elas, precisamos de ajuda médica,
psicológica, terapêutica e espiritual.
Busquemos fazer o simples para ter mais segurança e
harmonia.
Tenhamos iniciativas para construir uma qualidade de
vida melhor e que comecem sempre por nós. Não basta que
os pais, cônjuges, familiares e amigos desejem o nosso
melhor, se fechamos a mente para não sair da zona de
conforto, que muitas vezes é o estado de letargia em que
nos encontramos.
A vida só tem sentido quando aprendemos a recomeçar
todos os dias como se fosse o primeiro de uma nova
oportunidade, com gratidão, com alegria e esforço para
sermos melhores.
Sabemos que nossa mente reage de acordo com o alimento
que recebe.
Quais pensamentos têm alimentado nosso espírito quando o
sol matinal nos desperta para mais uma página de nossa
vida?
Fé, confiança em Deus, otimismo, alegria, perdão?
Procuremos viver sobriamente no corpo e na alma.
É necessário desintoxicar-se da raiva, do medo, do ódio
e do ressentimento que nos jogam para baixo,
deixando-nos sem autoestima e motivação para as
realizações diárias.
Vivemos num mundo onde não precisamos meditar muito para
perceber que somos pessoas em níveis evolutivos muito
diferentes, e essa escalada evolutiva ainda é muito
desigual. Assim, as pessoas de nossa convivência nem
sempre têm a mesma sintonia e conseguem perceber a
paisagem que nos sustenta no mesmo nível delas, e de
outra somos nós que estamos desnivelados.
Dessa forma é uma tolice não tolerarmos e não perdoarmos
a nós mesmos e aos afetos queridos (familiares e amigos)
pela condição de ainda não sermos, e eles também, os
ideais que desejávamos fôssemos todos.
O Cristo afirmou que somos luz. Busquemos ser luz na
nossa vida em primeiro lugar, carregando um fardo leve
dentro de nós de motivação para o bem, que traz sempre
as boas companhias do amor, da tolerância, da bondade e
como resultado a paz de consciência.
Aprendamos a vencer com paciência e benevolência os
percalços do nosso caminho; estamos no campo da
semeadura e cultivo dessas virtudes, com a plena certeza
de que elas produzem mais frutos do que a crítica, a
revolta ou a violência.
Portanto, a única vitória real que podemos empreender é
a vitória sobre nós mesmos. E que a determinação, a fé e
a coragem sejam sempre maiores do que quaisquer
obstáculos ao nosso crescimento moral e espiritual.
Amparados na vitória da vida sobre a morte, onde o
mestre Jesus ressurgiu para Maria Madalena, e ressurge
todos os dias em nossa vida, confiemos e sigamos em
frente.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo
é diretor da Editora EME.
|