Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

A presidente do centro pedia silêncio, meditação, prece. Chico Xavier fechava os olhos, segurava o lápis e as frases se espalhavam pelo papel. Waldo Vieira em geral o acompanhava no dueto do além. Às vezes, quando um parava, o outro começava, e os dois produziam textos complementares assinados pelo mesmo "autor". O espetáculo atingia o clímax quando Chico preenchia as páginas em branco com as esperadas "mensagens particulares". Nessas longas noites mais produtivas o ritual costumava prolongar-se até as 3h. Era a hora de a multidão se aglomerar em volta de Chico. Risonho, de pé, com uma paciência indestrutível, ele atendia a centenas de pessoas, autografava livros, contava casos, ouvia histórias, ria, orientava. Era rara a noite em que não precisava recorrer à velha frase: O telefone só toca de lá pra cá.

Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita