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por José Reis Chaves

Anjos e demônios são também espíritos humanos


O que aprendemos com os teólogos antigos sobre os anjos e os “daimones” bons e maus na nossa cultura bíblica judaico-cristã está errado. Em tempos diferentes, eles são nós mesmos, o que não é uma doutrina só espírita.

É isso que vamos tentar demonstrar neste artigo de hoje e que é uma das provas contundentes de que há mesmo erros graves no cristianismo que precisam ser corrigidos com urgência, pois muito o prejudicam, entre os que estudam a Bíblia com a devida atenção e, principalmente, de modo racional. Aliás, como tenho dito muito, ela não é a palavra de Deus, mas de homens sobre Deus.

Não é, por acaso, que os anjos e os demônios (em grego “daimones” e no singular “daimon”) são apresentados a nós com alguns apetrechos, mas sempre com a forma humana, pois são mesmo espíritos humanos e não de outra espécie, como muitos cristãos e judeus pensam em consequência, como já foi dito, do ensino errado dos teólogos antigos, em face da interpretação também errada da Bíblia e até mesmo de erros dos que a escreveram.

Sem querer entrar na polêmica do criacionismo bíblico e no evolucionismo científico, já que a evolução (progresso) é um fato normal para as duas hipóteses.

Retomemos, então, o assunto principal deste artigo sobre a verdade de que os anjos e os chamados demônios não são de outra espécie de espíritos não humana. Dizendo de outro modo, os “daimones”, ou seja, os espíritos humanos do Novo e Velho Testamentos, em tempos diferentes, ora são anjos bons, ora são anjos maus, lembrando que anjo (“anggelo” em grego) quer dizer em português ‘mensageiro’ ou ‘enviado’. Portanto, é um espírito humano em missão de enviado ou mensageiro ao nosso planeta Terra. Jesus é o Enviado número um, chamado de Enviado de Deus, na verdade, da Espiritualidade Maior.

O ensino errado dos teólogos antigos sobre os anjos e os demônios, que, repetimos, são espíritos humanos e que podem, pois, ser bons ou maus, se deve ao fato de aqueles teólogos pensarem, erradamente, que o mundo tivesse sido criado somente há 4.000 anos antes (ou 6.000 anos, no entendimento atual), graças à interpretação literal e errada da Bíblia. Esse erro levou-os a pensarem que os espíritos angélicos foram criados junto com o mundo. E assim, eles não tinham tido tempo suficiente para evoluírem, tornando-se anjos. Mas, na verdade, o mundo já era bem velho, e os anjos junto com ele já existiam, também, pois são espíritos (almas) imortais, desde remotas eternidades, podendo eles, inclusive, ser até procedentes de outros mundos. 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita