Sugestão pós-hipnótica e desencarnação
O noticiário g1- MS, noticia
em 15/06/2025: Peça
se desprende de caminhão, atinge ônibus, mata duas
pessoas e deixa três feridas.
O acidente fatal se deu na manhã do dia 15, domingo, na
estrada entre Campo Grande e Corumbá, no Mato Grosso do
Sul. Uma das vítimas do acidente, envolvendo o ônibus da
viação Andorinha e um caminhão com minérios na BR 262,
era uma médica de 27 anos, de uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) em Corumbá e estava retornando, com o
namorado, de uma viagem de férias.
O que a imprensa não informou foi que minutos antes do
acidente, durante uma parada do ônibus, a médica, que se
encontrava na poltrona do centro, pediu ao namorado para
trocar para a poltrona da janela, onde exatamente foi
atingida.
A teoria espírita em torno dos mecanismos que envolvem
as mortes por acidente admite a possibilidade, que, em
muitos casos, a desencarnação encontra-se prevista
anteriormente, pela escolha das provas, efetuada
pelo reencarnante, quando ainda na dimensão espiritual.[i]
Muito provavelmente, essa desencarnação trágica constava
fortemente da programática existencial da jovem
falecida. O que teria motivado a troca de lugar,
solicitada por ela e que foi a responsável direta pelo
trauma que causou a morte?
O pesquisador espírita Ernesto Bozzano aventa a hipótese
de que casos assim possam ser explicados pela sugestão
pós-hipnótica.
A sugestão pós-hipnótica é
uma instrução dada a uma pessoa durante um estado de
hipnose, com o objetivo de que ela seja realizada após o
término da sessão hipnótica, ou seja, quando
a pessoa já estiver em estado de vigília (acordada e
consciente). [ii]
Para ilustrar: um sensitivo, durante a sessão de
hipnose, é sugestionado a abrir seu guarda-chuva 12
horas depois do término da sessão, independentemente de
onde estiver e do tempo. Exatamente 12 horas depois, sem
saber o motivo de assim agir, ele abre seu guarda-chuva.
Segundo Bozzano, a existência terrestre não representa
senão um anel de uma cadeia indefinida de vidas
sucessivas, e o Espírito, na hora de sua reencarnação,
preestabelece ele próprio – com o objetivo de expiação,
de prova, de aperfeiçoamento espiritual – os
acontecimentos principais aos quais deverá submeter-se
na sua nova existência encarnada; se estes
acontecimentos apagam-se de sua memória fisiológica com
sua entrada na vida, permanecem, porém, registrados na
sua subconsciência, de onde emergem, um dia, e se
realizam por um processo análogo àquele pelo qual se
destacam as sugestões pós-hipnóticas.[iii]
Outras hipóteses poderiam ser aventadas para o caso em
questão, considerando, até mesmo, a influência de seres
desencarnados no acidente fatal, condição que foi
amplamente examinada por Allan Kardec.[iv]
O tema é complexo e seria leviandade de nossa parte
afirmar categoricamente o que se passa em cada caso
particular, mas o mais relevante, é a convicção de que a
jovem que teve a vida física ceifada tão prematuramente
permanece viva, em outra dimensão. Afinal, como lembra o
Espírito Joanna de Ângelis, a vida é uma ação que não
cessa.[v]
[iii] Fenômenos
Premonitórios, Bozzano
[iv] LE,
parte II, cap. 9
[v] Vida
feliz, Joanna/Divaldo, cap. 85