Terra Mater
Tantas vezes, chamei-te férreo muro,
Oh! Terra maternal, próvido abrigo.
Hoje em preces de júbilo bendigo
O teu cálix de dor áspero e duro.
Beijo-te, agora, o chão… Quero e procuro
A redenção em lágrimas contigo,
Hosanas ao teu colo ardente e amigo,
Restauração e sol do meu futuro!…
Envolve-me de pranto, sonho e luta,
Lava-me o coração de pedra bruta
Em teus rios de amor piedoso e terso!…
Mãe silenciosa e boa, mãe querida,
Abre-me o seio, em luz de nova vida,
Dá-me o consolo e a paz de novo berço!…
Do livro Poetas redivivos, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.