Gentileza e bondade precisam ser
ensinadas
Quem experimenta a beleza está em comunhão com o
sagrado. Rubem
Alves
Grande parte da convivência social está hoje afetada
pela polarização, falta de empatia e atitudes que
demonstram, no mínimo, um profundo descaso com a bondade
e as boas regras do respeito pelo próximo.
Mais do que nunca, nós, os pais, precisamos ajudar
nossos filhos a crescerem cientes da importância da
bondade, empatia, gentileza, respeito, polidez.
Não somos obrigados a gostar de todo mundo, contudo, do
ponto de vista social, é nosso dever respeitar as
pessoas – gostemos ou não de suas opiniões, crenças,
estilos de vida.
No dia a dia, insistir com nossos filhos sobre bondade e
gentileza ajuda, no mínimo, a fortalecer os
relacionamentos cotidianos (em casa, na escola),
incentivando de modo natural, naqueles que atravessam a
infância, a tolerância e a aceitação do outro.
Atos de gentileza, de bondade, podem tornar o mundo um
lugar mais feliz para todos, além de aumentar
sentimentos de confiança, felicidade e otimismo nas
relações.
Mas, atenção: não adianta querer que nossos filhos sejam
gentis, bondosos, empáticos, se não praticamos isso, se
nossos hábitos contrariam esses valores. Nossos filhos
nos observam atentamente à procura de pistas sobre
expectativas comportamentais. Se eles nos virem tratando
as pessoas de maneira gentil, educada, respeitosa,
haverá mais possibilidades de eles repetirem esses
comportamentos, internalizando boas atitudes e virtudes
que favorecem o bem na sociedade.
Quer motivar a gentileza? Quer incentivar a bondade?
Ajude o seu filho pequeno a compreender as emoções dos
outros, conversando sobre seus sentimentos. Leia e conte
histórias e explique, com paciência, sobre as atitudes
dos personagens para desenvolver, nele, a compreensão
das emoções.
No ambiente doméstico, também é importante considerar
que o modo como nos comunicamos é a ferramenta mais
poderosa que temos para ensinar às crianças uma
linguagem que não se oriente pela violência,
incentivando as crianças a se expressarem abertamente e
a ouvir os outros. Conversas mansas, afáveis, promovem
empatia e compreensão das necessidades mútuas.
Se queremos criar filhos empáticos, bondosos, gentis,
precisamos estabelecer limites claros para eles desde
cedo, sem esquecer que a bondade, assim como outras
virtudes, precisa ser aprendida.
No caso de erros, equívocos, seja paciente, compreensivo
e aproveite esses momentos de acertos para ensinar e
reforçar a importância da bondade, do respeito e da
gentileza.
Notinha
É útil organizar atividades que inspirem as crianças a
mostrar bondade para com os outros. Por exemplo,
preparar refeições para moradores de rua, ajudar um
amigo com dificuldade na escola ou participar de
projetos de voluntariado.