Tema: Amizade e auxílio
Um por todos e todos por um
Max, o ratinho, morava numa floresta. Ele ainda era bem
jovem e tinha muito o que aprender.
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Às vezes ele tentava fazer alguma coisa nova e não
conseguia. Às vezes ele até tropeçava e caía.
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Mas ele nunca desanimava e isso era muito bom.
Max era corajoso e, mesmo sem conhecer muitas
coisas da vida, ele não desistia de enfrentar
desafios e aprender com eles. |
Um dia, andando por um caminho, ele encontrou uma
toupeirinha que quase esbarrou nele.
- Desculpe-me! Eu não tinha visto você! Eu não enxergo
muito bem. As toupeiras são assim. Mas tudo bem, pois,
apesar disso, eu tenho um excelente olfato. Com o vento
ao contrário, não percebi seu cheiro. Às vezes isso
acontece! Espero não tê-lo assustado.
- Não se preocupe, está tudo bem! - respondeu Max. -
Gostei de encontrar você. Eu nunca tinha visto uma
toupeira.
A toupeirinha se chamava Moli. Ela e Max ficaram amigos
e passaram a andar juntos.
Moli não enxergava bem, mas era mais experiente do que
Max e, como conhecia bem a floresta, ensinava muitas
coisas para ele. Max, que já era corajoso, ao lado de
Moli sentia-se mais confiante ainda.
Certa vez, chegando a um lago para beberem água, Moli
perguntou:
- Tem alguma coisa pulando ali na frente, o que é, Max?
Max descreveu o que ele via e Moli concluiu:
- Ah, é um sapo!
Max se aproximou para ver de perto os belos saltos que o
sapinho dava.
- Parabéns! Você salta muito bem! Você me ensinaria a
saltar assim? – perguntou ele.
O sapinho não respondeu nada, apenas olhou para Max e
sorriu.
- Os sapos não escutam nem falam bem. Mas em compensação
saltam e sorriem como ninguém – explicou a toupeira.
Max, então, pegou na mão do sapinho, cumprimentando-o,
com entusiasmo. O sapo, que se chamava Tato, sorriu de
novo e logo ficou amigo deles também. Os três seguiram,
andando juntos.
Um dia, enquanto passeavam, a toupeirinha começou a
ficar preocupada e disse:
- Estou sentindo cheiro de chuva. E chuva grossa! Eu
tenho medo de raios e trovões. E não gosto de me molhar.
Vamos procurar um abrigo?
Chuvas não incomodavam tanto Max e muito menos Tato, que
até gostava delas. Mas, percebendo a necessidade da
amiga, os dois trataram de ajudar.
Havia, próximo deles, um arbusto de folhas bem largas e
grossas. Tato deu um salto muito alto e se agarrou a uma
delas. Enquanto ele mantinha a folha próxima ao chão,
Max foi até lá e roeu o cabo da folha, soltando-a do
arbusto.
Depois, os dois puxaram a enorme folha e cobriram o
buraco que Moli já havia cavado na terra, tentando se
abrigar.
A chuva não demorou a chegar e os três amigos ficaram
ali, embaixo da folha, protegidos do vento e das gotas
pesadas que caíam.
Moli estava aliviada. Mesmo a chuva sendo muito forte,
ela não se apavorou. A coragem de Max, que permanecia
calmo, e a alegria de Tato, que sorria empolgado, só
esperando a chuva diminuir para ir brincar nas poças,
fez Moli sentir que a chuva não era tão ruim assim.
A toupeirinha percebeu como era bom ter amigos por
perto. Max e Tato também estavam satisfeitos por terem
podido ajudar Moli.
Os três amigos não eram perfeitos. Como todas as
pessoas, eles tinham virtudes já conquistadas, e algumas
necessidades também.
Mas eles sabiam conviver, aprendendo com as qualidades
uns dos outros e sendo ajudados quando precisavam.
Max, Moli e Tato continuaram juntos por muito tempo.
Eles passaram por vários desafios, aprendizados e
diversões. E foi assim que a amizade deles cresceu cada
vez mais.
E foram todos muito felizes.
Adaptação do livro de mesmo título, de
Brigitte Weninger, Ed. Cultural.