Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Amizade e auxílio


Um por todos e todos por um


Max, o ratinho, morava numa floresta. Ele ainda era bem jovem e tinha muito o que aprender.

Às vezes ele tentava fazer alguma coisa nova e não conseguia. Às vezes ele até tropeçava e caía.
Mas ele nunca desanimava e isso era muito bom. Max era corajoso e, mesmo sem conhecer muitas coisas da vida, ele não desistia de enfrentar desafios e aprender com eles.

Um dia, andando por um caminho, ele encontrou uma toupeirinha que quase esbarrou nele.

- Desculpe-me! Eu não tinha visto você! Eu não enxergo muito bem. As toupeiras são assim. Mas tudo bem, pois, apesar disso, eu tenho um excelente olfato. Com o vento ao contrário, não percebi seu cheiro. Às vezes isso acontece! Espero não tê-lo assustado.

- Não se preocupe, está tudo bem! - respondeu Max. - Gostei de encontrar você. Eu nunca tinha visto uma toupeira.

A toupeirinha se chamava Moli. Ela e Max ficaram amigos e passaram a andar juntos.

Moli não enxergava bem, mas era mais experiente do que Max e, como conhecia bem a floresta, ensinava muitas coisas para ele. Max, que já era corajoso, ao lado de Moli sentia-se mais confiante ainda.

Certa vez, chegando a um lago para beberem água, Moli perguntou:

- Tem alguma coisa pulando ali na frente, o que é, Max?

Max descreveu o que ele via e Moli concluiu:

- Ah, é um sapo!

Max se aproximou para ver de perto os belos saltos que o sapinho dava.

- Parabéns! Você salta muito bem! Você me ensinaria a saltar assim? – perguntou ele.

O sapinho não respondeu nada, apenas olhou para Max e sorriu.

- Os sapos não escutam nem falam bem. Mas em compensação saltam e sorriem como ninguém – explicou a toupeira.

Max, então, pegou na mão do sapinho, cumprimentando-o, com entusiasmo. O sapo, que se chamava Tato, sorriu de novo e logo ficou amigo deles também. Os três seguiram, andando juntos.

Um dia, enquanto passeavam, a toupeirinha começou a ficar preocupada e disse:

- Estou sentindo cheiro de chuva. E chuva grossa! Eu tenho medo de raios e trovões. E não gosto de me molhar. Vamos procurar um abrigo?

Chuvas não incomodavam tanto Max e muito menos Tato, que até gostava delas. Mas, percebendo  a necessidade da amiga, os dois trataram de ajudar.

Havia, próximo deles, um arbusto de folhas bem largas e grossas. Tato deu um salto muito alto e se agarrou a uma delas. Enquanto ele mantinha a folha próxima ao chão, Max foi até lá e roeu o cabo da folha, soltando-a do arbusto.

Depois, os dois puxaram a enorme folha e cobriram o buraco que Moli já havia cavado na terra, tentando se abrigar.

A chuva não demorou a chegar e os três amigos ficaram ali, embaixo da folha, protegidos do vento e das gotas pesadas que caíam.

Moli estava aliviada. Mesmo a chuva sendo muito forte, ela não se apavorou. A coragem de Max, que permanecia calmo, e a alegria de Tato, que sorria empolgado, só esperando a chuva diminuir para ir brincar nas poças, fez Moli sentir que a chuva não era tão ruim assim.

A toupeirinha percebeu como era bom ter amigos por perto. Max e Tato também estavam satisfeitos por terem podido ajudar Moli.

Os três amigos não eram perfeitos. Como todas as pessoas, eles tinham virtudes já conquistadas, e algumas necessidades também.

Mas eles sabiam conviver, aprendendo com as qualidades uns dos outros e sendo ajudados quando precisavam.

Max, Moli e Tato continuaram juntos por muito tempo. Eles passaram por vários desafios, aprendizados e diversões. E foi assim que a amizade deles cresceu cada vez mais.

E foram todos muito felizes.

 

Adaptação do livro de mesmo título, de Brigitte Weninger, Ed. Cultural.

 


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