Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Não vamos tratar aqui da arte de falar e escrever bem, obedecendo às leis gramaticais.

Recorda Ramiro Gama uma palestra que tivera com Chico Xavier a respeito do que sai de nossa boca, que nos revela o caráter, a personalidade.

Sem que policiemos a língua, dificilmente conseguiremos ganhar o nosso dia. Quando damos acordo de nós já tomamos parte nos torneios da maledicência, conversamos sobre futilidades ou demos respostas infelizes, que nos trarão sofrimentos e arrependimentos tardios. E veio à tona o revide que recebemos, pelo ar, do sem fio do pensamento, de pessoas de quem, em momentos invigilantes, fizemos mau juízo...

Contou-lhe Chico Xavier que até punhaladas e tiros já havia recebido, particularizando-nos: de uma feita, porque advertira um companheiro, sem vestir-se da defesa da humildade, recebeu depois, da mesma pessoa, quando menos esperava, um tiro, projetado sobre ele com a força de um pensamento carregado de ódio...

Os amigos da Espiritualidade, por mercê de Deus, abrandaram o efeito do choque, mas mesmo assim passou vários dias com dor no ombro, que foi o ponto visado...

Nossa companheira, Zezé Gama, contou que recebera de uma empregada, tempos atrás, uma forte punhalada espiritual nas costas, tudo porque, levemente, lhe chamara a atenção por uma falta cometida. Ficara vários dias com dor em todo o tórax.

No belo livro Rosário de Coral há um caso idêntico, lembramos. E o inspirado médium deu-nos uma verdadeira aula sobre os malefícios que uma língua descontrolada pode realizar, para que, mais uma vez, ficasse comprovada esta assertiva evangélica: que não é o que entra, mas o que sai de nossa boca, que traz felicidade ou infelicidade, triunfo ou derrota para nosso pobre espírito.


Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita