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Socorro eficaz
“A árvore que produz maus frutos não é boa, e a árvore
que produz bons frutos não é má; porque cada árvore se
conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos dos
espinheiros e não se colhem cachos de uvas das sarças. O
homem de bem tira as boas coisas do bom tesouro de seu
coração e o mau tira as más do mau tesouro do seu
coração, porque a boca fala do que está cheio o
coração.” Jesus
(Lucas, cap.VI, v.43 a 45.)
O Espiritismo é uma luz no caminho daqueles que podem
lhe apreciar os ensinamentos.
Na questão 401 de O Livro dos Espíritos, Allan
Kardec pergunta se no sono a alma (que é o espírito
encarnado) repousa, como o corpo, e eles lhe respondem
que não, que o espírito jamais está inativo. Durante o
sono, os laços que o unem ao corpo se relaxam e o corpo
não necessita do espírito. Então, ele percorre o espaço
e entra em relação mais direta com os outros espíritos.
Na sequência, na questão 402, eles relatam que podemos
apreciar a liberdade do espírito durante o sono pelos
sonhos, orientando-nos que enquanto o corpo repousa o
espírito dispõe de mais faculdades do que na vigília.
Tem o conhecimento do passado e algumas vezes previsão
do futuro. Adquire maior energia e pode entrar em
comunicação com outros espíritos, seja neste mundo, seja
em outro.
Dizem eles que o sonho liberta em parte a alma do corpo.
Quando se dorme, ela fica momentaneamente no estado em
que o homem se encontra de maneira fixa depois da morte.
Espíritos que se desligam logo da matéria têm sonhos
inteligentes. Esses, quando dormem, reúnem-se a outros
seres, superiores a eles. Com eles, viajam, conversam e
se instruem, trabalhando mesmo em obras que encontram
prontas, quando morrem. Isso nos deveria ensinar a não
temer a morte, pois que morremos todos os dias, pois
todos os dias, dormimos e podemos nos desprender da
matéria.
Pelo sono estamos sempre em contato com outros
espíritos.
Nesse sentido quando Jesus nos diz que a árvore boa dá
bons frutos e a má maus frutos, podemos ver onde estão
nossos interesses e aonde temos ido quando nos
desprendemos do corpo no momento do sono, e como
verdadeiramente somos. Nosso subconsciente sabe a
resposta.
Convém que nos conheçamos bem, para nos aprimorarmos.
Nossos interesses, nossas atitudes, nossos pensamentos,
nossas emoções e mesmo o que fazemos no sono, nos
revelam para nós mesmos.
Há pessoas maravilhosas, que nos contam suas
experiências, que nós mesmos nunca tivemos. Pessoas
simples, que revelam sua grandeza, conforme seus
pequenos relatos, quando então podemos apreciá-las
melhor.
Tal se deu numa ocasião, há pouco tempo, quando uma
jovem nos falou do que lhe sucedeu durante o sono em
duas ocasiões distintas.
Quando a ouvimos, lembramo-nos muito da semelhança do
que ela disse com o que o espírito de André Luiz nos
conta em seus livros, psicografados por Chico Xavier.
Ela nos contou, com dificuldade de reter as lágrimas,
tamanha a emoção que sentia, o fato que ocorreu, uns
meses após a desencarnação de sua querida avozinha
materna, que viveu longos anos, até a extrema velhice,
quase aos cem anos neste mundo, bem mais que sua própria
mãe, que há muito tempo desencarnou com câncer. Estava
ela dormindo quando alguns espíritos, que ela nominou de
entidades luminosas, vieram até ela, a retiraram do seu
corpo, e ela sabia que estava dormindo. Disseram-lhe que
tinham vindo pedir-lhe auxílio para ajudar a avó dela,
que estava aferrada à sua casa e não queria deixá-la.
Eles insistiram que ela já estava desencarnada e
precisava partir com eles. A avozinha então lhes disse
que só aceitaria partir se fosse com ela. Então, eles
foram ali buscá-la para ela ajudar.
Ela foi com eles, levitando até o local onde sua avó
materna tinha vivido. Quando lá chegou, viu tudo cercado
como uma neblina escura, com odor muito fétido. Desceu
ali e viu sua amada avó, suja, maltrapilha, envolta
naqueles fluidos deletérios. Ela lhe disse, no maior
carinho do mundo: - Avozinha! O que está fazendo aqui
nesse meio sujo? A senhora sempre foi linda e limpinha!
A avó, no maior carinho, lhe disse que estava esperando
por ela, que só partiria se fosse com ela. Ela abraçou a
avó, fez uma prece e aquela sujeira toda foi se
desfazendo e sua avó se revelou como era antes. Os
espíritos que a estavam tentando socorrer a envolveram e
ascenderam com ela, levando depois a jovem de volta ao
seu lar.
Ela se lembrava bem dos detalhes e as lágrimas lhe
desciam pela face quando nos contou. Nós nos emocionamos
com sua emoção. Então ela nos contou sobre sua mãe, que
tinha desencarnado muito tempo antes de sua avó. Ela nos
disse que se viu saindo do corpo, algum tempo após a
desencarnação de sua mãe e encontrou-a durante o sono.
Ficou emocionada demais ao vê-la, mas a mãe estava muito
brava: - Onde já se viu, que falta de educação a de
vocês, meus filhos, que estão me ignorando e não me e
respondem nem me atendem?
Ela estava tão emocionada com o encontro, que abraçou a
mãe carinhosamente, dizendo-lhe: - Mãezinha! Mas
a mãe continuava muito brava: - Como pode? Vocês não
me respondem, não ligam para mim e agora você está me
abraçando?
Foi preciso que a jovem esclarecesse a mãe dizendo-lhe
que ela tinha desencarnado, por isso não a viam e, por
conseguinte, não lhe respondiam. Quando a mãe entendeu,
foi possível aos espíritos amorosos ajudá-la e levá-la.
Essa jovem tem agora imensa simpatia pelo Espiritismo e
o estuda. Mora em cidade distante daqui, mas está
procurando o conhecimento lá.
O tesouro de seu coração é bom. Uma boa árvore que tem
muita facilidade para se desprender do corpo durante o
sono e auxiliar.
Quem já passou experiências assim? André Luiz nos relata
muitas. Que possamos estudar, aprender.
Espíritas, amai-vos este o primeiro ensinamento.
Instruí-vos, eis o segundo, orienta-nos o Espírito da
Verdade.
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