Recuperação
Não bastará desculpar os que nos ofendem simplesmente
com os lábios. É imprescindível que o nosso coração
participe de semelhante atitude.
Não bastará, porém, que o sentimento se associe ao
trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.
Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a
pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a
ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando
direta ou indiretamente os que nos feriram…
Através da prece que ajuda em silêncio…
Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e
simpatia…
Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante…
Através da compreensão.
Por intermédio da boa vontade.
Pela demonstração de entendimento e confiança.
O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos
recuperar para o plantio de nossa felicidade
porvindoura.
A discórdia é espinheiro.
A desarmonia é perturbação.
O ódio é veneno.
A antipatia é delituosa displicência.
Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos
incomodam, através da caridade fácil ou da palavra
brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles,
incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de
que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do
Senhor, onde estivermos.
Do livro Correio fraterno, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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