Acontece o melhor
Rendição a Deus, a atitude certa para a vitória na vida.
Essa entrega, porém, não significa desistência de ação
ou moleza espiritual.
Primeiro, o dever retamente cumprido. Depois, a
aceitação. Nessa base, reconheceremos que as
circunstâncias nos trazem aquilo que de melhor a
existência nos possa oferecer.
No mecanismo das ocorrências, a oração ou o desejo
expressam o pedido. Os acontecimentos posteriores
consubstanciam a resposta da vida; e quem cumpre as
obrigações que a vida lhe assinala, mantém a consciência
segura e habilitada seja ao entendimento, seja à
conformação.
No espírito harmonizado com a execução dos próprios
compromissos, não há lugar para o desespero. Se alguma
dor aparece, ela se representa como sendo o mal menor
frustrando calamidades pendentes; problemas inesperados
exprimem dilações necessárias em assuntos graves, cuja
solução imediata geraria conflitos ainda mais
inquietantes; supostas ingratidões repontam do solo
afetivo, à maneira de poda na árvore da existência,
favorecendo mais ampla produção de felicidade e paz; e a
própria morte natural, quando visita o lar terrestre, às
vezes menos compreendida, é providência abençoada,
evitando calvários pessoais e domésticos ou coibindo
acontecimentos funestos de resultados imprevisíveis.
Ante as dificuldades do cotidiano, silenciemos quaisquer
impulsos à rebeldia, e calemos reações irrefletidas à
frente dos empeços da estrada.
Deus responde certo.
Atendamos ao trabalho que as circunstâncias nos
preceituam e, depois do dever cumprido, aceitemos o que
vier, na certeza de que para a consciência tranquila
acontece o melhor.
Do livro Alma e coração, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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