Ante a verdade
Desditoso quem foge ao sol da crença
E à treva da vaidade se confia…
Porque a morte descerra novo dia
Onde a noite da carne se condensa.
Mais quisera servir sem recompensa
Na estamenha do escravo sem valia
Que dominar na estrada escura e fria
Por lodo e sombra ante a verdade imensa…
Todo ouropel terreno se resume
À lanterna de pobre vaga-lume,
Mostrando claridade fementida!…
Só aquele que, humilde, se prosterna
No santo esforço para a Luz Eterna
Sobe à glória dos píncaros da vida…
Do livro Poetas
redivivos,
obra psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier.