Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Leopoldo de Bulhões

 

Ante a verdade

 

Desditoso quem foge ao sol da crença

E à treva da vaidade se confia…

Porque a morte descerra novo dia

Onde a noite da carne se condensa.

 

Mais quisera servir sem recompensa

Na estamenha do escravo sem valia

Que dominar na estrada escura e fria

Por lodo e sombra ante a verdade imensa…

 

Todo ouropel terreno se resume

À lanterna de pobre vaga-lume,

Mostrando claridade fementida!…

 

Só aquele que, humilde, se prosterna

No santo esforço para a Luz Eterna

Sobe à glória dos píncaros da vida…

 

Do livro Poetas redivivos, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita