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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 100 – 29 de Março de 2009

LEONARDO MACHADO
leomachadot@gmail.com
Recife, Pernambuco (Brasil)

 

Quando a vida está em risco



A questão do abortamento é das mais graves, e, portanto, se de um lado não deve ser tratada com leviandade, de outro não pode ser analisada com ligeireza. 

Levando em conta, desse modo, que a mensagem de Jesus é a da valorização da vida em todos os seus aspectos, a Doutrina Espírita procura refletir, de modo mais detido, em torno de variados ângulos de uma mesma temática.  

No tema em questão, uma das situações que merece atenção é aquela em que o nascimento da criança coloca em risco a continuação da vida física da mãe. Allan Kardec, pensando nisto, lançou a hipótese aos benfeitores espirituais e questionou se haveria crime, do ponto de vista moral, ou seja, de infração das Leis de Deus, em se sacrificar a vida do feto para se salvar a da genitora. E recebeu destes a resposta de que seria preferível o sacrifício de um ser que ainda iria começar uma nova existência ao de outro que já percorreu várias experiências nesta reencarnação (O Livro dos Espíritos, questão 359). 

Para se compreender bem isto, necessário se faz levantar alguns pontos. 

Primeiramente, este livro foi concebido em 1857. De lá para cá, a tecnologia médica progrediu bastante, particularmente nas áreas da obstetrícia e da neonatologia. Consequentemente, muitos casos que até então precisariam, sob pena de se deixar morrer a mãe, produzir o aborto, hoje conseguem ser solucionados com a manutenção das duas existências. Um exemplo prático é uma pré-eclâmpsia grave, uma condição com grande risco de morte materna. Sendo o tratamento definitivo para esta enfermidade a interrupção da gestação, muitos fetos tiveram que ser ceifados para salvar a mãe, já que a continuação da prenhez levaria à morte materna sem garantias seguras de que o bebê iria sobreviver, e o parto muito prematuro aliado à precariedade das técnicas não possibilitaria o amadurecimento fetal. Atualmente, no entanto, há meios eficazes de se conseguir prolongar a gravidez ao mesmo tempo em que se cuida da maturação do feto para que este consiga sobreviver à vida extra-uterina.  

Segundo, o exposto acima não invalida a mensagem do Espiritismo. Isto porque ainda há situações em que a continuação da gestação leva a grandes riscos maternos e a vida da criança é praticamente inviável. Um exemplo é a prenhez ectópica tubária, em que a criança se desenvolve fora da inserção normal no útero, no caso, nas tubas uterinas.  

Terceiro, mesmo que no futuro o desenvolvimento médico seja tão grande que não seja mais necessário o sacrifício fetal para se salvar a mãe, a resposta contida em “O Livro dos Espíritos” permanecerá correta, já que esta não fala de um caso prático, mas de um princípio norteador da conduta (por exemplo, ele não diz: “em casos de gravidez ectópica é preferível o abortamento à morte da mãe”; mas afirma que, quando for necessário escolher entre as duas vidas, é preferível salvar a materna).  

Por último, se pararmos para analisar bem, se de um lado é possível dizer que se está matando uma vida, por outro é correto afirmar que se está salvando outra. E, assim, a mensagem de Jesus de valorização da vida continua preservada.  

Além do mais, como comparar esta situação àquelas em que o abortamento é feito apenas ao influxo do egoísmo humano? A nossa própria consciência, repositório das Leis Divinas, fala-nos da diferença.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita