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Crônicas e Artigos
Ano 2 - N° 101 – 5 de Abril de 2009

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

 A quem seguir? 


O ser humano movimenta-se, indeciso e amedrontado, entre as solicitações de duas potências que o rodeiam. De um lado, as religiões, com seu manancial de erros e superstições, com sua secular tendência de dominação e intolerância, onde se acredita encontrar lenitivo para acalentar as esperanças de grande número de criaturas, que procuram nelas as consolações de que se intitulam portadoras, de possuírem as verdades transmitidas pelo próprio do Criador.
 

Do outro, a Ciência, extremamente materialista em seus princípios, meios e fins, com louvável e reconhecido trabalho em descobertas fantásticas para o progresso da humanidade nos dias da atualidade, mas mantendo suas frias e inaceitáveis negações sobre as coisas do espírito, mantendo infelizmente exagerada inclinação para o individualismo e para as riquezas enganosas e fugidias da matéria, como por exemplo, o poder e o prestígio. 

Entre os argumentos de cada uma dessas solicitações, encontra-se o ser humano que, indeciso ante aos apelos de uma e de outra, não sabe se segue os convites da Religião sem provas, ou da Ciência sem ideal, pois elas vivem em constante combate, sem jamais conseguirem a vitória final, visto que tanto a ciência como a religião representam uma necessidade imperiosa do homem, pois uma trata das necessidades do homem no mundo material, e a outra dirige-se às necessidades do espírito imortal e da razão em plano maior, e, o equilíbrio do homem depende justamente do somatório das duas.  

A ciência procura dar mais qualidade de vida ao ser humano, em termos de crescimento e progresso gerados pelas descobertas científicas que se multiplicam dia a dia, e a religião se propõe, como finalidade principal, dar esperança de que é possível se conquistar uma vida de felicidade após as experiências vivenciadas na vida material, que segue a pleno vapor após a morte do corpo físico. 

Nesse particular, nenhuma outra filosofia religiosa tem os argumentos mais sólidos e lógicos do que os que encontramos na Doutrina Espírita que nos dá certeza absoluta da finalidade divina do Ser imortal que somos, além da vida física, fazendo-nos entender que, sendo Deus pai misericordioso e bom, não nos criaria senão para a felicidade e pureza espiritual, onde, dependendo do esforço de cada indivíduo, é possível desfrutarmos das maravilhas proporcionadas pela verdadeira felicidade. 

Quando não temos essas informações esclarecedoras e consoladoras muito bem definidas em nosso mundo íntimo, nossos sentimentos generosos de fraternidade se enfraquecem, deixando surgir como consequência a divisão, que fomenta o ódio, e a separação, desaparecendo por essa razão os sentimentos nobres de benevolência e indulgência para com o outro, alastrando dessa forma a discórdia, o caos e a desgraça. 

O resultado desse choque de idéias é comprovado por todas as nações do nosso planeta, a começar na própria família, e que se multiplica por toda a sociedade, onde os valores éticos e morais andam em desuso ou até mesmo desaparecendo das atitudes do homem. Isso porque, tanto a Ciência como a Religião, não mais sabem fortalecer as almas com as benesses das virtudes, nem prepará-las para os combates naturais da vida de um ser humano num mundo de provas e expiações como o nosso.  

Precisamos urgentemente encontrar uma saída para o caos já instalado em nosso planeta, e não existe melhor solução para a crise que uma sincera reflexão do homem para conciliar essas duas forças “inimigas”, o Sentimento e a Razão, representando as duas asas que precisamos desenvolver de forma equilibrada, para que assim possamos alçar voos mais altos e seguros. 

O Espiritismo, como Consolador Prometido por Jesus, muito pode colaborar nessa procura do equilíbrio entre a ciência e a religião, pois nos aclara para a importância de ambas na vida do homem, fazendo-nos entender que não existe uma mais importante que a outra na vida do indivíduo; ambas fazem parte das Leis Sábias Justas e imutáveis com que Deus mantém a harmonia do universo infinito. 

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos as instruções que abaixo transcrevemos sobre o assunto:

Aliança da Ciência e da Religião 

“8. A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância. 

São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor à irresistível lógica dos fatos. 

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava, com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as consequências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.” (1) 

Necessário se faz que entendamos o quanto antes o valor da ciência e da religião na vida de todos nós, seres humanos em evolução no presente momento de nossas vidas, e procuremos tirar de ambas os melhores ensinamentos para que melhor nos utilizemos dos benefícios proporcionados por ambas, no trabalho de implantação do amor nos corações de todos nós, irmãos em humanidade, desenvolvendo os nobres valores das virtudes que dormitam em nosso mundo íntimo à espera de nossa disposição em desenvolvê-las, para encurtar o longo e espinhoso caminho que nos levará ao encontro da pureza e da felicidade que nos aguardam num porvir ainda distante do nosso momento atual, mas que tanto almejamos alcançar. (Grifos nossos.)

Referência:

(1) O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. I, Item 8.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita