ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Fenômeno Espírita
(1a
Parte)
Gabriel Delanne
Iniciamos hoje o estudo
do clássico O
Fenômeno Espírita,
de Gabriel Delanne,
conforme o texto da 4a
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira com base em
tradução
de Francisco Raymundo
Ewerton Quadros.
O estudo será aqui
apresentado em 12
partes.
Questões
preliminares
A. Como Delanne define o
Espiritismo?
R.: Delanne diz que o
Espiritismo é uma
ciência cujo fim é a
demonstração
experimental da
existência da alma e sua
imortalidade. E observa
que, se o movimento
espírita não ocupou
ainda o primeiro lugar,
deve-se isso a que seus
adeptos negligenciaram
pôr sob os olhos do
público os fatos
espíritas bem
averiguados. (O
Fenômeno Espírita, págs.
13 e 14.)
B. A evocação dos mortos
era praticada pelos
antigos hindus?
R.: Sim, mas o segredo
da evocação era, segundo
expõe Louis Jacolliot,
em “Le Spiritisme
dans le monde”,
reservado àqueles que
tivessem quarenta anos
de noviciado e
obediência passiva.
(Obra citada, págs. 18 e
19.)
C. No Egito antigo e na
Grécia conhecia-se a
evocação?
R.: Sim. No Egito antigo
é certo que evocavam os
mortos, pois Moisés
proibiu formalmente que
os hebreus se
entregassem a essas
práticas, o que não
impediu que o rei Saul
consultasse uma pitonisa
de Endor e se
comunicasse, por seu
intermédio, com a
sombra de Samuel. Na
Grécia, a crença nas
evocações era geral.
Todos os templos
possuíam as pitonisas,
encarregadas de proferir
oráculos, evocando os
deuses. Homero conta, na
“Odisséia”, como Ulisses
conversou com a sombra
de Tirésias. Tertuliano,
na “Apologética”, diz
que as mesas que
profetizam eram um fato
vulgar, mas, na
antigüidade, o poder
teocrático e o poder
civil se uniram para
interditar de uma forma
generalizada as
evocações. Não convinha
que as almas dos mortos
viessem contradizer o
ensinamento oficial dos
padres e dar a conhecer
a verdade. (Obra
citada, págs. 19 a 21.)
D. Por que a prática das
evocações nunca
interessou à Igreja
Católica?
R.: Conforme Tertuliano
observou, não convinha
que as almas dos
falecidos viessem
contradizer o ensino
oficial dos padres. Eis
o motivo pelo qual a
Igreja Católica, mais do
que ninguém, combateu
tais práticas,
perseguindo e fazendo
milhares de vítimas, sem
piedade, pelo simples
fato de haverem evocado
os Espíritos. (Obra
citada, págs. 20 a 22.)
Texto para leitura
1. Gabriel Delanne abre
este livro afirmando que
o Espiritismo é uma
ciência cujo fim é a
demonstração
experimental da
existência da alma e sua
imortalidade. Para
Delanne, se o movimento
espírita não ocupou
ainda o primeiro lugar,
deve-se isso a que seus
adeptos negligenciaram
pôr sob os olhos do
público os fatos
espíritas bem
averiguados. (P. 13)
2. As obras francesas
têm sido, segundo ele,
meras repetições, com
exceção dos livros de
Eugène Nus, Louis Gardy
e dr. Gibier, ou então
não apresentam
originalidade alguma,
fato que contribuiu para
retardar o movimento
espírita. (P. 14)
3. A escola positivista
baseia-se na
experimentação.
Imitemo-la: nenhuma
necessidade temos de
apelar para outros
métodos, porque os
fatos, como diz Wallace,
são obstinados e deles
não é fácil
desembaraçar-se. (P. 14)
4. Em vez de apresentar
aos incrédulos toda a
doutrina codificada por
Kardec, devemos
dar-lhes, simplesmente,
a ler os trabalhos de
mestres como Robert
Hare, Crookes, Wallace,
Zöllner, Aksakof, Oxon –
os principais campeões
do Espiritismo, conforme
a opinião de Delanne.
(P. 14)
5. Como diz Charles
Richet, uma boa e
completa experiência
vale por cem
observações. Melhor
ainda – diz Delanne –,
vale por dez mil
negações, seja quem for
o vulto que subscreva
ditas negações. (P. 16)
6. O livro que ora
examinamos não tem
outras pretensões senão
expor ao público as
experiências feitas por
homens eminentes, por
mestres na difícil arte
da observação exata, os
quais nos deram provas
evidentes da
imortalidade da alma.
(P. 16)
7. As crenças na
imortalidade da alma e
nas comunicações entre
vivos e mortos eram
gerais na antigüidade,
mas o intercâmbio com os
desencarnados constituía
apanágio exclusivo dos
padres, que
monopolizavam essas
cerimônias. (P. 17)
8. O livro dos Vedas,
considerado o mais
antigo código religioso
que se conhece, afirma
claramente a existência
dos Espíritos e descreve
sua ação sobre os
encarnados. (P. 18)
9. Louis Jacolliot, em
“Le Spiritisme dans
le monde”, expõe
claramente a teoria dos
hindus sobre os
Pitris, isto é,
Espíritos que vivem no
espaço depois da morte
corporal, e diz que o
segredo da evocação era
reservado àqueles que
tivessem quarenta anos
de noviciado e
obediência passiva. (P.
18)
10. A iniciação, entre
os hindus, comportava
três graus: I) no
primeiro, eram formados
todos os brâmanes do
culto vulgar e os
ecônomos dos pagodes
()
encarregados de explorar
a credulidade da
multidão. II) o segundo
grau era composto dos
exorcistas, adivinhos e
profetas evocadores dos
Espíritos. III) no
terceiro grau, os
brâmanes dedicavam-se
apenas ao estudo das
forças físicas e
naturais do Universo e
não mais tinham relação
direta com a multidão.
(PP. 18 e 19)
11. No Egito antigo é
certo que evocavam os
mortos, pois Moisés
proibiu formalmente que
os hebreus se
entregassem a essas
práticas, o que não
impediu que o rei Saul
consultasse uma pitonisa
de Endor e se
comunicasse, por seu
intermédio, com a
sombra de Samuel.
(P. 19)
12. Apesar da proibição
mosaica, houve sempre em
Israel investigadores
tentados por essas
evocações misteriosas.
“Qualquer pessoa que –
diz o Talmud –, sendo
instruída nesse segredo
(a evocação dos mortos),
o guarda com vigilância
em um coração puro pode
contar com o amor de
Deus e o favor dos
homens...” (PP. 19 e 20)
13. Na Grécia, a crença
nas evocações era geral.
Todos os templos
possuíam as pitonisas,
encarregadas de proferir
oráculos, evocando os
deuses. Homero conta, na
“Odisséia”, como Ulisses
conversou com a sombra
de Tirésias. (P. 20)
14. Tertuliano, na
“Apologética”, diz que
as mesas que profetizam
eram um fato vulgar,
mas, na antigüidade, o
poder teocrático e o
poder civil se uniram
para interditar de uma
forma generalizada as
evocações. Não convinha
que as almas dos mortos
viessem contradizer o
ensinamento oficial dos
padres e dar a conhecer
a verdade. (PP. 20 e 21)
15. A Igreja Católica,
mais do que ninguém,
tinha necessidade de
combater tais práticas,
e foi por isso que
durante a Idade Média
milhares de vítimas
foram queimadas sem
piedade, pelo fato de
haverem evocado os
Espíritos. (P. 21)
16. A heróica e casta
figura de Joana d’Arc
mostra como as
comunicações com os
Espíritos podem dar
resultados grandiosos e
inesperados. A história
dessa jovem pastora,
expulsando os ingleses
de seu país, guiada
pelos Espíritos,
pareceria um conto de
fadas caso a História
não a tivesse registrado
em seus anais. (P. 22)
(Continua na próxima
edição.)