MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
Obreiros da Vida Eterna
André Luiz
(8a
Parte)
Damos continuidade ao
estudo da obra
Obreiros da Vida Eterna,
de André Luiz,
psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1946 pela
editora da Federação
Espírita Brasileira, a
qual integra a série
iniciada com o livro
Nosso Lar.
Questões preliminares
A. Dirigindo-se aos
sofredores, Zenóbia
fez-lhes um derradeiro
apelo, advertindo,
porém, que nem todos
poderiam ser amparados
pela Casa Transitória.
Quem, segundo ela,
poderia ser admitido no
abrigo?
R.: Ela disse que o
abrigo receberia apenas
criaturas de boa
vontade. Seria inútil,
pois, procurar-lhe o
socorro sem modificação
substancial para o bem.
"Sofredor algum será
recolhido tão só porque
implore abrigo com os
lábios", asseverou a
benfeitora espiritual,
enfatizando que apenas
os corações sinceramente
interessados na
renovação própria, em
Jesus, seriam admitidos
no abrigo. (Obreiros
da Vida Eterna, cap. 8,
pp. 133 e 136.)
B. Em que consistia a
ação de graças realizada
na Casa Transitória e em
qual dia da semana era
feita?
R.: A ação de graças,
que se realizava todas
as noites na Casa
Transitória, era um
culto em que a oração
tinha por objetivo
agradecer ao Senhor as
bênçãos de cada dia e
pedir fossem concedidos
a todos os irmãos ali
presentes os dons do
equilíbrio e da
eqüidade. A prece não
continha nenhuma
solicitação de ordem
material ou pedido de
atendimento a
privilégios. A ação de
graças nada mais era do
que uma prece de louvor.
(Obra citada, cap. 9,
pp. 137 a 144.)
C. Quem era Letícia e
com que finalidade ela
veio à reunião no
instituto?
R.: Letícia,
desencarnada 32 anos
antes, fora na Terra mãe
de Gotuzo. Sua
fisionomia deslumbrava e
no colo trazia soberbo
ramalhete de lírios
nevados a exalar
inebriante perfume, cujo
aroma foi percebido por
todos. A mensageira veio
à reunião para
comunicar-se com Gotuzo
e, para isso,
necessitava do auxílio
de Luciana como médium
psicofônica. A medida se
justificava em face das
substâncias densas do
plano, que tornavam o
ambiente pesadíssimo. Na
mensagem ao filho,
Letícia o estimulou à
reconciliação com os
familiares encarnados,
levando-o a concordar em
reencarnar no mesmo
ambiente de sua família,
na condição de neto da
ex-esposa, para desse
modo reconciliar-se com
seu suposto rival.
(Obra citada, cap. 9,
pp. 144 a 150.)
D. Que desfecho teve o
encontro de Gotuzo com
sua ex-esposa Marília?
R.: Ao ver Gotuzo,
Marília pediu-lhe perdão
por tudo o que fizera e
rogou-lhe não a
abandonasse. Ele ficou
indeciso, mas, ante a
intervenção de Letícia,
Gotuzo abriu os braços e
recolheu a ex-esposa,
solícito, na atitude de
irmão compadecido e
desvelado. Depois,
intuído pela mãe,
dirigiu breves palavras
à ex-companheira
terrena, dizendo-lhe que
jamais poderia resgatar
sua dívida para com seu
devotamento. "Regresse,
confiante, enquanto
preparo minha própria
volta", disse-lhe,
sob forte emoção.
"Brevemente, com o
auxílio de Deus e de
nossa abençoada mãe,
estaremos, de novo,
reunidos na Terra!"
(Obra citada, cap. 9,
pp. 150 a 156.)
Texto
para leitura
53. O apelo
derradeiro de Zenóbia
- Com o uso de pequenino
aparelho que lhe
permitia a ampliação da
voz, Zenóbia falou,
pausadamente, na direção
do abismo. Sua palavra
adquirira impressionante
poder de repercussão,
ecoando longe, como se
fosse endereçada às
almas que, porventura,
se mantivessem dormindo
a consideráveis
distâncias. Sem
impaciência ou
desagrado, a diretora da
Casa Transitória,
inicialmente, dirigiu a
todos uma mensagem de
otimismo e confiança em
Nosso Senhor Jesus,
dizendo que as dores, as
incompreensões e os
sofrimentos dos irmãos
tocavam-lhe de perto o
coração. Explicou-lhes
depois que os
socorristas não
atravessaram o fosso
negro, para salvá-los,
porque eram igualmente
companheiros de luta,
sem imunidades angélicas
e detentores de
possibilidades limitadas
no amparo aos
semelhantes. Anunciou,
porém, que no dia
imediato se manifestaria
ali o fogo consumidor,
para purificação daquela
região onde tantas
inteligências perversas
tripudiavam sobre os
mandamentos do Pai,
menosprezando-lhe as
bênçãos de luz. Lembrou
depois que a Casa
Transitória de Fabiano
há mais de um lustro
atuava naquela região,
convocando as almas
perdidas ao
aproveitamento da
oportunidade do
recomeço, muito embora a
maioria dos Espíritos em
sofrimento fugisse à
influência do bem,
desdenhando-lhe o
socorro, desprezando-lhe
os serviços, favorecendo
a discórdia e criando
obstáculos de toda
sorte. Zenóbia fez,
então, um derradeiro
apelo às criaturas
arrependidas, afirmando
que a Casa Transitória
estaria ao dispor de
todas, até as primeiras
horas do dia seguinte.
(Cap. 8, pp. 133 e 134)
54. Tolerância com
os inimigos do bem
- A diretora da Casa
Transitória advertiu,
contudo, que o asilo
receberia apenas
criaturas de boa
vontade: seria inútil,
pois, procurar-lhe o
socorro sem modificação
substancial para o bem.
"Sofredor algum será
recolhido tão só porque
implore abrigo com os
lábios", asseverou a
benfeitora espiritual,
que informou que as
defesas magnéticas da
Casa funcionariam de
forma rigorosa e que
apenas os corações
sinceramente
interessados na
renovação própria, em
Jesus, seriam admitidos
no abrigo. Ante as
palavras da dirigente, e
considerando talvez o
teor do aviso,
calaram-se as bocas
pervertidas e
desequilibradas. Os mais
perversos passaram a
contemplar o grupo de
socorro, entre receios e
interrogações, mas
fixavam as vítimas com
expressão odiosa. A Irmã
Zenóbia, no entanto,
prosseguiu sua
exortação, dirigindo-se
especialmente aos
infortunados: – "Suportai
os verdugos cruéis por
mais algumas horas e
valei-vos da oração para
que não vos faltem
energias interiores. Não
temos necessidade da
luta corporal, nem da
defensiva destruidora e,
sim, da resistência que
o Divino Mestre
exemplificou. Tolerai os
inimigos gratuitos do
bem, desesperados e
infelizes, que nos
perseguem e maltratam,
orando por eles, porque
o Poder Renovador se
manifestará, convidando,
por intermédio do
sofrimento, a que se
arrependam e se
convertam". Em
seguida, Zenóbia orou em
favor dos habitantes do
abismo, as luzes foram
apagadas e o grupo
socorrista pôs-se de
volta à Casa
Transitória. A extensão
da luta compungia André.
Os padecimentos da
ignorância, de fato, não
tinham limites, e todo
abuso do livre arbítrio
individual encontra
punição espontânea nas
leis universais. Com
toda a certeza, outros
abismos como aquele
existiriam em diferentes
lugares. E André,
pensando nos cruéis
perseguidores e nos
pobres perseguidos do
vale escuro, perguntava
ao Senhor, na intimidade
de seu coração frágil e
oprimido, por quem
deveria chorar mais
intensamente. (Cap. 8,
pp. 134 a 136)
55. De novo na
Casa Transitória
- Zenóbia considerou o
trabalho no abismo
abençoado e profícuo.
Certo, as faixas de
salvamento voltaram
vazias, mas algo ocorreu
de mais importante: a
semeadura das verdades
eternas nos corações
ignorantes, a
ministração da esperança
aos desalentados e
tristes. A base natural
da colheita segura é a
sementeira cuidadosa: os
ensinos edificantes
lançados ao solo do
entendimento abrem
horizontes novos e
claros à investigação
mental dos necessitados
e sofredores. Muitos dos
que jaziam em sofrimento
no abismo cultivariam,
já naquela noite, os
princípios renovadores
recebidos, em processo
intensivo no campo
interno, e no dia
imediato, provavelmente,
estariam em condições
vibratórias adequadas à
internação na Casa
Transitória. Era
desejável, disse
Zenóbia, que todos
caminhassem utilizando
os próprios pés, para
que, no futuro, não se
declarassem vitimados
por ações de
arrastamento. "Em
todos os lugares
encontraremos a
compaixão e a justiça de
Deus", asseverou a
diretora do abrigo. A
compaixão, filha do
Amor, estende sempre o
braço que salva, mas a
justiça, filha da Lei,
não abre mão da ação que
retifica. É por isso que
é justo que cada filho
de Deus assuma
responsabilidades e tome
resoluções por si mesmo.
Nas vizinhanças do
átrio, a movimentação de
entidades, que iam e
vinham, impressionava
pelo número. Velhos
amparavam jovens que
pareciam indecisos,
titubeantes. Crianças
nimbadas de luz guiavam
adultos de rosto
sombrio. Zenóbia
explicou que muitos
amigos da Crosta,
parcialmente libertos da
carne pela atuação do
sono, ali afluem todas
as noites, trazidos por
companheiros
espirituais, para
receberem socorros ou
avisos necessários. Era
esse o caso de um
menino, de nove a dez
anos de idade, revestido
de gracioso halo de luz,
que guiava a própria
mãe, parcialmente
liberta pelo sono
físico, feliz por
reencontrar o filhinho
querido que a morte
tirara do seu convívio.
(Cap. 9, pp. 137 a 140)
56. Ação de graças
- Sinais sonoros
convocaram os
colaboradores da Casa
Transitória à ação de
graças. Zenóbia dispôs
os companheiros em torno
de vasta mesa, ao fundo
da qual se erguia uma
tela transparente de
grandes proporções.
Todos os dirigentes das
variadas seções do
instituto encontravam-se
presentes para a tarefa
gratulatória, que se
realizava todas as
noites. Ali se
congregavam 35
criaturas, sob a direção
de Zenóbia, que se
sentou à cabeceira,
mantendo-se de frente
para a tela constituída
de tecido diáfano,
semelhante a tenuíssima
gaze. A oração inicial
foi feita por Zenóbia,
que agradeceu ao Senhor
as bênçãos de cada dia e
pediu-lhe fossem
concedidos a todos os
irmãos ali presentes os
dons do equilíbrio e da
eqüidade. Nenhuma
solicitação de ordem
material ou de
atendimento a
privilégios constou da
prece; ao contrário. A
diretora pediu ao Pai
concedesse a eles o
clima sadio da
libertação pessoal e a
anulação do personalismo
inferior... Foi uma
prece de louvor das mais
formosas que André
escutara, até então, em
que Zenóbia
regozijava-se pelo
ensejo de serviço, pela
fortuna de contribuir
com alguma coisa de
útil, pela ventura de
repartir o bem. (Cap. 9,
pp. 140 a 144)
57. Dois
visitantes ilustres
chegam à Casa
Transitória -
Finda a prece inicial,
Zenóbia pediu silêncio a
todos. Não passou muito
tempo e a tela
iluminou-se de súbito,
expelindo raios de
brilho maravilhosamente
azul, que se espargiram
sobre a assembléia, como
minúsculas safiras
eterizadas, que caíam
sobre todos,
penetrando-lhes o íntimo
e revitalizando-lhes o
ser. Zenóbia agradeceu,
sensibilizada. Em
seguida, após alguns
instantes de expectativa
mais intensa, Luciana
tomou a palavra e
dirigiu-se à diretora,
informando estar vendo
na tela respeitável
ancião, cercado de luz
verde-prateada, que
estendia sua destra
sobre a Irmã Zenóbia e
dizia chamar-se
Bernardino. Zenóbia
explicou tratar-se de um
mensageiro da Casa
Redentora de Fabiano, a
quem ela agradeceu pela
presença. Luciana tornou
a falar, para dizer que,
segundo o iluminado
visitante, as vibrações
ambienciais se
inclinariam, naquele
momento, para as esferas
inferiores,
acrescentando que os
amigos da instituição
estavam velando pela
marcha harmoniosa dos
serviços e que a fonte
da Bondade Divina
supriria sempre de paz e
recursos a todos os
corações de boa vontade,
na semeadura do bem. O
emissário, logo depois,
segundo a descrição
feita por Luciana,
ergueu os olhos para o
Alto e pediu para todos
a luz da compreensão
divina. Foi então que
todos viram profusa
emissão de raios
brilhantes de luz verde,
por intermédio de
diáfana substância, como
nova chuva de pequeninas
gotas celestes.
Terminada a
exteriorização da
sublime energia,
portadora de bem-estar,
e passados alguns
minutos de silêncio, a
tela voltou a
iluminar-se ante os
olhos de Luciana, que
passou a descrever nova
cena, só visível a ela.
Era Letícia,
desencarnada 32 anos
antes, que fora na Terra
mãe de Gotuzo. Sua
fisionomia deslumbrava!
No colo trazia soberbo
ramalhete de lírios
nevados a exalar
inebriante perfume, cujo
aroma foi percebido por
todos. A mensageira
trazia veludosa túnica,
talhada em delicado
tecido semelhante a gaze
de neve. Luciana notou
que ela desejava
comunicar-se com o irmão
Gotuzo e solicitava,
para isso, a sua
cooperação, como médium
psicofônica. (Cap. 9,
pp. 144 a 146)
58. Gotuzo decide
reencarnar -
Zenóbia autorizou
Luciana a ceder o seu
veículo de manifestação,
justificando a medida em
face das substâncias
densas do plano, que,
incidindo sobre o
aparelho das bênçãos,
tornavam o ambiente
pesadíssimo. A visitante
espiritual deslocou-se
da tela e foi ao
encontro de Luciana,
abraçando-a. De suas
mãos desprendiam-se
raios de sublime luz. Em
seguida, a fisionomia de
Luciana transformou-se.
Beatífico sorriso
estampou-se-lhe nos
lábios. De sua fronte
irradiava-se formosa
luz. Com voz altamente
modificada, começou a
exprimir-se a emissária
por seu intermédio.
Letícia, após saudar a
todos, dirigiu-se em
especial a Gotuzo, a
quem conclamou a que se
desprendesse das idéias
antigas para compreender
melhor. Ela lembrou a
Gotuzo que, apesar de
seus trabalhos
realizados na Casa
Transitória, ele não
poderia adiar por mais
tempo as necessidades
primordiais de elevação.
Seus pensamentos íntimos
– disse Letícia –
dilaceravam-lhe o
coração de mãe. Como ele
poderia conduzir doentes
à cura, se prosseguia
magoado com aqueles que
aparentemente o feriram?
Estimulando-o a
prosseguir na escala
ascensional, Letícia
enfatizou a importância
da reconciliação com os
adversários domésticos,
despertando sua
consciência para a
divina luz. "O grupo
doméstico, amado e
inesquecível –
disse-lhe a mãe –
espera por você na
preparação da felicidade
porvindoura!" Ante
a dissertação de
Letícia, que Gotuzo
ouvira chorando, o
médico replicou,
humilde, dizendo que
estava pronto para
atender ao que ela lhe
sugeria, reencarnando no
mesmo ambiente de seus
familiares, na condição
de neto de sua
ex-esposa, para desse
modo reconciliar-se com
o suposto rival. (Cap.
9, pp. 146 a 150)
59. Gotuzo
reencontra a ex-esposa
- Depois de destacar a
importância do lar na
regeneração da criatura
humana, Letícia fez com
que fosse introduzida no
recinto Marília,
ex-esposa de Gotuzo,
parcialmente desprendida
do corpo físico, em
momento de sono, e
conduzida ao local por
uma orientadora
espiritual. Ao ver
Gotuzo, Marília
pediu-lhe perdão por
tudo o que fizera e
rogou-lhe não a
abandonasse. Gotuzo
estava indeciso. Sua mãe
interveio então e
pediu-lhe que ajudasse
Marília, para que ele
mesmo pudesse ser
ajudado. "A viúva, na
Crosta, em muitas
ocasiões, deve aceitar o
segundo matrimônio com
sacrifício necessário,
por supremo respeito ao
consorte que partiu.
Retire dos olhos a venda
do egoísmo que lhe vem
interceptando a visão e
interprete com
naturalidade as
exigências da vida
terrena", disse-lhe
Letícia, que
acrescentou: "Não
recuse a lição, porque o
futuro virá aclará-la
inteiramente".
Magnetizado, talvez,
pela carinhosa
advertência materna,
Gotuzo abriu os braços e
recolheu a ex-esposa,
solícito, na atitude de
irmão compadecido e
desvelado. Marília
observava-o em êxtase,
julgando fosse tudo
aquilo um sonho, e pediu
às entidades ali
presentes que não a
deixassem voltar à Terra
nunca mais, porquanto
tinha medo de sua velha
habitação...
Compreendendo que a nora
entrara num domínio
vibratório prejudicial à
organização psíquica, em
virtude dos deveres que
lhe cabiam na esfera
carnal, Letícia,
retomando-a em seu
braços, disse-lhe que
era preciso que ela
retornasse, porquanto
Gotuzo iria em breve ao
seu encontro, na
condição de neto
querido. "Gotuzo
perdoou-me?", ela
indagou. Letícia
respondeu-lhe que seu
marido nunca sofreu
ofensa alguma de seu
coração dedicado e
lembrar-se-ia sempre,
com desvelo e ternura,
da companheira fiel que
lhe amparou os filhinhos
amados e lhe honrou o
nome, entre renúncias e
sacrifícios ignorados.
Marília, afogada em
pranto de júbilo e
reconhecimento, estava
feliz. Gotuzo, então,
estimulado pela mãe,
dirigiu breves palavras
à ex-companheira
terrena, dizendo-lhe que
jamais poderia resgatar
sua dívida para com seu
devotamento. "Regresse,
confiante, enquanto
preparo minha própria
volta", disse-lhe,
sob forte emoção. "Brevemente,
com o auxílio de Deus e
de nossa abençoada mãe,
estaremos, de novo,
reunidos na Terra!"
(Cap. 9, pp. 150 a 154)
60. Zenóbia
promete assistir Gotuzo
- Letícia, a ex-genitora
de Gotuzo, após a
retirada de Marília,
pediu o concurso de
Zenóbia para a futura
realização filial.
Zenóbia prometeu-lhe dar
toda a cooperação para
que a nova experiência
de Gotuzo lhe fosse
portadora de luzes e
bênçãos. Gotuzo – disse
ela – contava naquela
instituição com amigos
que lhe eram
infinitamente
reconhecidos e todos
deviam muito a ele. "A
felicidade dele, em
outro setor, minha irmã,
será igualmente a
felicidade desta Casa.
Segui-lo-emos na
recapitulação terrestre,
atenciosos e vigilantes,
não por obséquio, mas em
obediência ao preito de
gratidão de que somos
devedores, pelos vários
anos em que cooperou
conosco, devotada e
assiduamente",
acrescentou Zenóbia.
Letícia agradeceu feliz
e partiu, dando ensejo à
chegada de outro mentor
da organização
socorrista, identificado
por Luciana, agora
reintegrada na própria
personalidade, o qual
ditou ao grupo, através
da vidente, algumas
palavras de estímulo,
elevadas e santas,
endereçando a todos
copiosa chuva de raios
luminosos através da
tela das bênçãos,
recomendando a Zenóbia
encerrasse os serviços
da prece, na paz do
Senhor. A diretora
proferiu então
enternecida oração de
reconhecimento e júbilo,
encerrando a tarefa.
Gotuzo, abraçado por
Zenóbia, estava
felicíssimo, tanto
quanto a orientadora da
Casa de Fabiano. (Cap.
9, pp. 155 e 156)
(Continua no próximo
número.)