ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
Após a tormenta
das sombras
"Eu não me
lembrarei mais
de todas as
iniqüidades que
ele tenha
cometido;
viverá nas obras
de justiça que
houver
praticado."
(Ezequiel,
18:22)
O episódio no
qual Jesus
desarmou a
multidão
enfurecida que
estava prestes a
apedrejar a
mulher flagrada
em adultério,
desdobra-se em
infinitas
nuanças... Quem,
em sã
consciência,
pode dizer que
jamais percorreu
os sombrios
tremedais das
iniqüidades?
Como apontar o
dedo em riste?
Onde a
autoridade para
profligar o mal
alheio?
A voz suave,
porém firme, do
Meigo Zagal
Celeste tinha,
entre outras
coisas, o dom de
desarmar o
espírito de
beligerância...
Ele disse
também: (Lucas,
9:62)
"Não olhe para
trás aquele que
lança mão do
arado."
Criados “simples
e ignorantes",
não é de admirar
que nosso lastro
de experiências
esteja
respaldado em
circunstâncias
infelizes
elaboradas pelo
uso inadequado e
irresponsável do
livre-arbítrio.
Porém, não será
por isso que
vamos
enquistar-nos
nos vales
sombrios da
inércia,
consumindo-nos
em soezes
remorsos e
curtindo
desaires
inoperantes.
Após a tormenta
das sombras
faz-se mister
que nos ergamos
acima das
limitações, a
fim de sanear
nossa economia
espiritual de
todo mal,
asserenar a alma
e buscar nossa
alcandorada
destinação: a
perfeição
relativa.
Não serão os
episódios
infelizes e
infelicitadores
que irão impedir
nossa marcha
ascendente para
os cimos da Luz
Divina.
O exemplo de
Maria de Magdala
é um libelo
grandiloqüente
que fala de modo
explícito a
respeito da
vitória íntima
do bem contra o
mal, ambos
existentes
dentro de nós
mesmos,
competindo-nos
desenvolver
aquele e
extinguir este.
Miremo-nos no
exemplo dessa
criatura
singular, a fim
de reanimar
nossas forças
para as árduas
caminhadas,
desconectando
nossas vidas dos
marnéis
infelicitadores...
Observemos as
leiras íntimas
ainda infestadas
de ervas
daninhas,
trabalhando
denodadamente
para
erradicá-las e
liberando-nos,
destarte, para a
emancipação
espiritual. Há
que se lançar
mão na charrua
e, sem olhar
para trás,
seguir em
direção do
futuro de paz,
sabedoria e
amor, cônscios
de que o Pai não
deseja a morte
do ímpio, mas
quer que o ímpio
se converta, que
abandone o mau
caminho e que
viva. (Ezequiel,
33:11)
Atentemos para
algumas
assertivas de
Joanna de
Ângelis
esparzidas ao
longo do livro
"Autodescobrimento",
da lavra
mediúnica de
Divaldo Franco:
"A atitude
correta está em
viver cada
momento
intensamente,
porquanto, cada
minuto que se
acerca e passa é
o futuro
chegando e
transformando-se
em
passado.
“(...) Torna-se
relevante a
conquista da
segurança
íntima, de forma
que a conduta
seja orientada
pela
consciência,
mantendo-se
sempre vigilante
em todos os
momentos,
particularmente
nas ações. Esse
comportamento se
tornará
habitual,
passando a
integrar a
personalidade
que fruirá de
harmonia pelo
bom
direcionamento
aplicado à
existência.
(...) A ascensão
é experiência
que começa no
desejo de
elevar-se, e,
conquista a
conquista,
sedimenta os
impulsos
inteligentes,
sábios,
conseguindo
chegar ao
patamar anelado
da plenificação,
ao alcance de
todo aquele que
o intente
consciente e
subconscientemente.
(...)
Liberando-se dos
substratos
anestesiantes e
perturbadores,
deve-se reciclar
o subconsciente,
preenchendo os
espaços com
novos elementos
portadores de
campos de
irradiação
equilibrada,
estimuladora,
para avançar na
conquista do ser
profundo,
interior. Quando
o indivíduo
quer, ele pode
realizar,
dependendo dos
investimentos
que aplica para
consegui-lo. O
empenho bem
direcionado pelo
pensamento
objetivo, claro,
sem conflito,
logra criar
futuros
condicionamentos
através das
mensagens que
arquiva,
restabelecendo
no subconsciente
o banco de dados
que responderá
mais tarde com
as informações
corretas do que
lhe seja
solicitado.
“(...) Mesmo
quando os
conflitos
decorrem como
efeitos
reencarnacionistas,
que se
manifestam como
psicopatologias
de angústia, de
medo, de
insegurança, sob
o aguilhão do
remorso de algo
inexplicável,
a
conscientização
do bem que se
haja feito, e
ainda se poderá
fazer,
produz um
lenitivo que
suaviza os
conflitos,
facultando a
disposição
sincera para
reabilitar-se.
“(...) A
fatalidade da
Lei Divina é a
perfeição do
Espírito.
Alcançá-la é a
proposta da
Vida. Como
conseguir, é a
opção de cada
qual. (Mateus,
16:27)
“(...) O “Si”
profundo, pleno,
é semelhante à
transparência
que o diamante
alcança após
toda a depuração
transformadora
que sofre no
silêncio da sua
sutilização
molecular,
libertando-se de
toda imperfeição
interna porque
passa e de toda
a ganga que o
reveste...