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Raul Teixeira responde
Ano 2 - N° 53 - 27 de Abril de 2008

  

– Vou dar ao meu filho tudo o que eu não tive. Como podemos entender tal modo de pensar?

Raul Teixeira: Vale a pena os pais serem cuidadosos no que se refira a dar aos filhos o que dizem não terem tido, quando pequenos ou jovens. O sentimento é nobre, a princípio; entretanto, será importante observar se, ao desejar dar “tudo” quanto não teve, não estará dando demais aos filhos, o que resultaria na desvalorização do que vem muito fácil. Muitas vezes o excesso tem levado grandes magotes de jovens às goelas abertas dos vícios de todos os matizes. A vida torna-se frouxa e sem sentido pelo enfaramento que vai tomando conta dos moços e eles, então, começam a ser estumados para as “derivações”.

Não é preciso desenvolver espírito sovina com os descendentes; contudo, todo o cuidado é pouco, quando se trata de esbanjar, de usar mal, o que multidões de almas estão sofrendo por conquistar, ainda que minimamente, trabalhando intensamente. É bom ter muita cautela para que o tiro não saia pela culatra.


Do livro Desafios da Educação, 1a edição,  questão 63, de Camilo, psicografado por J. Raul Teixeira e publicado pela Editora Fráter Livros Espíritas, de Niterói-RJ.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita