– Vou dar ao meu
filho tudo
o que eu não
tive. Como
podemos entender
tal modo de
pensar?
Raul Teixeira:
Vale a pena os
pais serem
cuidadosos no
que se refira a
dar aos filhos o
que dizem não
terem tido,
quando pequenos
ou jovens. O
sentimento é
nobre, a
princípio;
entretanto, será
importante
observar se, ao
desejar dar
“tudo” quanto
não teve, não
estará dando
demais aos
filhos, o que
resultaria na
desvalorização
do que vem muito
fácil. Muitas
vezes o excesso
tem levado
grandes magotes
de jovens às
goelas abertas
dos vícios de
todos os
matizes. A vida
torna-se frouxa
e sem sentido
pelo enfaramento
que vai tomando
conta dos moços
e eles, então,
começam a ser
estumados para
as “derivações”.
Não é preciso
desenvolver
espírito sovina
com os
descendentes;
contudo, todo o
cuidado é pouco,
quando se trata
de esbanjar, de
usar mal, o que
multidões de
almas estão
sofrendo por
conquistar,
ainda que
minimamente,
trabalhando
intensamente. É
bom ter muita
cautela para que
o tiro não saia
pela culatra.
Do livro
Desafios da
Educação, 1a
edição, questão
63, de Camilo,
psicografado por
J. Raul Teixeira
e publicado pela
Editora Fráter
Livros
Espíritas, de
Niterói-RJ.