Dicas para estimular a
leitura
“
São os adultos os
principais responsáveis
pelo contato da criança
com o livro, porém, se
eles próprios não são
exemplo de leitura, como
exigir que os pequenos
leiam?”, questionou
Martha, lembrando que
cabe aos adultos tornar
a leitura um ato de
prazer para, assim,
despertar interesse e
formar novos leitores.
Nesse módulo, a
expositora também
demonstrou os benefícios
proporcionados pela
leitura, afirmou que há
uma grande carência de
livros espíritas
infantis de boa
qualidade e,
finalizando, deu dicas
para estimular a leitura
e avaliar as obras,
adequando-as às faixas
etárias dos leitores
mirins. Entre as idéias
que existem com esse
propósito, mencionou o
Projeto “Sopa de
Letrinhas”, que ela
mesma mantém no Centro
Espírita Gabriel
Ferreira, no qual as
crianças mais assíduas
na leitura leram,
juntas, 375 obras (foto).
Jéferson Betarello,
escritor e grande
estudioso das obras
espíritas, comandou o
segundo bloco do evento
destacando a riqueza de
informações disponíveis
na coleção da Revista
Espírita, editada por
Allan Kardec entre 1858
e 1869. “A coleção da
Revista Espírita é, na
verdade, obra básica de
estudo do Espiritismo e
não obra complementar”,
defendeu Betarello,
frisando que em suas
páginas encontramos a
história da Doutrina que
estava nascendo.
Carência de bons
romances espíritas
Ao falar da importante
publicação, o expositor
proporcionou uma viagem
pelos pensamentos do
Codificador sobre o
movimento espírita e
sobre o próprio
Espiritismo,
explicitando que apenas
com o estudo das obras
kardequianas teremos
condições de avaliar os
livros espíritas
disponíveis no mercado.
No final, Jéferson
defendeu a reedição da
obra kardequiana, com
atualização de
vocabulário e notas de
rodapé que facilitem o
entendimento dos
leitores, e lembrou que
há carência de bons
romances espíritas –
gênero muito procurado
pelos que se iniciam na
Doutrina e, também,
pelos não-espíritas.
Além da qualidade de
informações e dos
debates proporcionados,
o seminário deixou
evidente que as
lideranças espíritas
necessitam manter as
discussões sobre a
qualidade do Livro
Espírita e que as
instituições necessitam
se responsabilizar pela
divulgação da boa obra
doutrinária,
disponibilizando títulos
que estejam de acordo
com a base doutrinária e
não vendo o livro apenas
como fonte de renda,
mas, acima de tudo, como
um dos mais importantes
canais de divulgação da
Doutrina Espírita.