MARCOS PAULO
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga,
Distrito Federal
(Brasil)
Os errôneos
comportamentos
espíritas
Em razão da
nossa educação
basal, em razão
do nosso
nivelamento
intelectual, das
nossas crenças,
nossas
inclinações e
outros tantos
fatores que
influenciam o
nosso
comportamento de
ver e entender a
doutrina
espírita, nós
adotamos
determinadas
posturas que não
se coadunam com
os ensinamentos
kardecianos.
Práticas
estranhas
adentram o
Espiritismo e
mister se torna
que as evitemos.
De maneira
geral,
observamos em
nosso movimento:
1.
Espíritas
Contemplativos:
São especiosos.
Acham a doutrina
uma maravilha!
Fazem alarde do
Espiritismo.
Enchem-no de
encômios, de
adjetivos.
Acrescentam
informações
inverídicas,
porque o
desconhecem.
Eles têm uma
inclinação para
o fanatismo,
porque não
estudam o
Espiritismo
profundamente,
apenas o
contemplam.
Fazem leituras
superficiais e
fantasiam
coisas.
2.
Espíritas
Fenomenistas:
Estão sempre
atrás de um
fenômeno.
Percorrem léguas
e léguas atrás
de médiuns de
efeitos físicos.
Mas são
incapazes de
permanecerem
sentados alguns
minutos para uma
conferência
espírita. Não
têm embasamento
doutrinário e
por isso
necessitam dos
fenômenos para
sentirem-se
“motivados”. E
quando o médium,
por qualquer
motivo, deixa o
centro espírita
a que está
vinculado essas
pessoas também o
deixam. Mas,
quando o médium
retorna, lá
estão essas
pessoas nas
primeiras
fileiras.
Choram,
emocionam-se,
mas não se
dispõem a
modificar o
modus vivendi
nem o modus
operandi.
Esquecem-se de
que os fenômenos
existem desde
que o mundo é
mundo. Moisés
era capaz de
realizar
fenômenos
incríveis, Jesus
da mesma forma,
Chico Xavier,
José Arigó,
Eusápia Paladino
e tantos outros
notáveis que
vieram para
alavancar o
mundo. Mas os
fenômenos
passaram, seus
exemplos e
valores morais
permaneceram.
Mas os
fenomenistas não
querem
modificar-se.
São alimentados
tão-somente
pelos fenômenos.
E por isso mesmo
são vazios.
3.
Espíritas
Racionalistas:
São os espíritas
que imaginam que
a doutrina
espírita é
apenas um código
de lógica e que
por isso mesmo
não pode ser
outra coisa
senão razão. Não
se dão conta das
dimensões
sentimento,
prática. Para
eles não há
lugar para o
amor, para a
fraternidade.
Vão se tornando
donos da
verdade. Somente
eles entendem
Kardec, somente
eles conseguem
interpretar os
livros da
Codificação. Nos
estudos
sistematizados
da doutrina
espírita (ESDE)
somente eles
estão certos com
suas visões e
interpretações.
Fazem-se
pontífices!
Criam suas
próprias
estruturas.
Fundam os seus
centros. E nada
de sentimento,
afinal de contas
o Espiritismo é
razão.
Esquecem-se da
sua tríplice
função
(filosofia,
religião,
ciência).
Esquecem-se de
que ao lado da
razão é
imprescindível o
coração (o
sentimento).
4.
Espíritas
Devocionistas:
São aqueles que
trazem das
crenças
anteriores toda
uma bagagem e
querem injetá-la
na doutrina
espírita. Trazem
a voz melosa,
ritos
estranhos... Têm
uma capacidade
enorme de
imaginarem que
os médiuns são
semideuses.
Santificam os
médiuns. E se
esses faltam às
tarefas do
centro,
sentem-se
sozinhos,
desmotivados,
incapazes,
porque a
“atividade só
tem fundamento
se fulano ou
beltrano estiver
aqui”.
Reverenciam
determinados
médiuns,
esquecidos de
que todas as
bajulações só
tendem a
comprometer o
trabalho do
medianeiro.
Assevera André
Luiz, em
“Conduta
Espírita”, que
devemos nos
“precaver contra
as petições
inadequadas
junto à
mediunidade
(...), por
nenhuma razão
elogiar o
medianeiro pelos
resultados
obtidos através
dele,
lembrando-se que
é sempre
possível
agradecer sem
lisonjear.”
Os espíritas
devocionistas
penduram imagens
de Espíritos
notáveis no
centro e mantêm
as antigas
práticas.
Bezerra de
Menezes,
Scheilla,
Barsanulfo e
tantos outros e,
ao pé da imagem,
deixam uma flor
num pequeno
jarro. Que
diferença há
entre esse
comportamento e
os de irmãos de
outras religiões
que cultuam suas
imagens?
Ainda André Luiz
adverte:
“Desaprovar a
conservação de
retratos,
quadros,
legendas ou
quaisquer
objetos que
possam ser tidos
na conta de
apetrechos para
ritual, tão
usados em
diversos meios
religiosos”.
Resguardar o
Espiritismo
dessas práticas
(e tantas
outras) é dever
de todos nós.
Não condizem com
as posturas
espíritas
exaradas pelo
ínclito
Codificador.
O Consolador
bate à porta de
nossa razão e de
nosso coração, e
todas essas
práticas
estranhas ao
Ensino Redivivo
devem ser
evitadas.