O leitor Eugénio Baptista,
de Coimbra, Portugal,
pergunta-nos para onde vai o
fluido vital após a morte do
corpo físico de uma pessoa.
Ele regressa ao espaço
cósmico ou acompanha o
perispírito, até
desaparecer?
A primeira informação quanto
a esse assunto nos veio com
a resposta dada pelos
imortais à questão no
70 d´O Livro dos
Espíritos, na qual se lê
que – após a morte dos
seres orgânicos – a matéria
inerte que os constituía se
decompõe e vai formar novos
organismos e o princípio
vital “volta à massa donde
saiu”.
É preciso entender,
inicialmente, que fluido
vital e princípio vital são
expressões equivalentes (cf.
Dicionário de
Parapsicologia, Metapsíquica
e Espiritismo, de João
Teixeira de Paula, vol.
III, pág. 75).
Nas demais obras de Kardec
pouco, porém, se acrescentou
à informação de que com a
morte corporal o princípio
ou fluido vital “retorna à
massa”.
É na obra de André Luiz que
encontramos algo mais sobre
o assunto, como o leitor
pode verificar no livro
Obreiros da Vida Eterna,
cap. 13, pp. 209 a 212, cujo
estudo vem sendo feito nas
edições semanais desta
revista.
Nesse livro André Luiz
descreve o trabalho
realizado pelo instrutor
Jerônimo para a liberação da
alma de Dimas. O serviço
abarcou três regiões que o
instrutor considera
fundamentais no processo de
liberação do desencarnante:
o centro vegetativo, ligado
ao ventre, sede das
manifestações fisiológicas;
o centro emocional, zona dos
sentimentos e desejos,
sediado no tórax, e o centro
mental, situado no cérebro.
Logo que Jerônimo concluiu a
operação sobre a primeira
região, uma certa porção de
substância leitosa
extravasou do umbigo,
pairando em torno. Em
seguida, depois de operar
sobre a região do tórax,
nova cota de substância
desprendeu-se do corpo. E,
na última etapa do processo,
finda a atuação sobre o
cérebro de Dimas, uma
brilhante chama
violeta-dourada desligou-se
da região craniana e
absorveu, instantaneamente,
a vasta porção de substância
leitosa já exteriorizada das
duas primeiras regiões. Era
difícil, segundo André Luiz,
fixá-la com rigor porque as
forças eram dotadas de
movimento plasticizante.
Estaria ele aludindo ao
fluido vital que dali se
exteriorizara para “voltar à
fonte”? Sinceramente, não o
sabemos.
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