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O Espiritismo responde
Ano 2 - N° 60 - 15 de Junho de 2008 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
  

Alguém nos pergunta se é normal a perturbação dos Espíritos nos instantes que se seguem à morte do corpo físico.

Ensina o Espiritismo que por ocasião da morte tudo, a princípio, é confuso. O Espírito desencarnante precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que aturdido, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ele acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.

O processo de desprendimento espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as aquisições espirituais de cada ser. Não existem duas desencarnações iguais. Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade.

A perturbação pode, assim, ser considerada o estado normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de algumas horas a alguns anos, de conformidade com o estado evolutivo do Espírito. Breve no caso das almas elevadas, pode ser longa e penosa no caso das almas culpadas. Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque compreendem imediatamente a posição em que se encontram. 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita