EDUARDO AUGUSTO
LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São
Paulo (Brasil)
Gêmeos siameses:
"punição,
redenção ou
libertação"
Existem alguns
casos levados à
medicina
tradicional que
nos
impressionam.
Qual o motivo da
criação de dois
seres num mesmo
corpo como os
gêmeos siameses?
Quais são os
conflitos e as
expiações que
estes Espíritos
semearam?
O que leva estes
indivíduos
ficarem
encarcerados em
um único corpo e
por quê?
Estes conflitos
só podem ser
compreendidos e
analisados por
uma doutrina
reencarnacionista
aliada com a
ciência terrena
para explicar
algumas
anomalias e
monstruosidades
que nos
surpreendem no
espetáculo da
vida,
em que
os atores
principais são
os Espíritos
imortais com
capacidade e
vontade de
progredir
perante as leis
divinas, ou
desorganizar e
desarticular
essas mesmas
leis,
ocasionando dor
e sofrimento.
Gêmeos siameses
ou xifópagos são
indivíduos
gêmeos que
nascem com os
corpos grudados
ou, até mesmo,
com certos
órgãos em comum.
Tendo duas
cabeças
pensantes, é que
ali estão dois
Espíritos
habitando uma
mesma estrutura
física.
Sendo o xifóide
o apêndice
terminal do osso
esterno,
encontrado na
frente do tórax,
onde se ligam as
costelas, muitos
dos xifópagos
pesquisados eram
ligados por esta
parte do corpo.
As uniões
físicas podem se
concretizar por
diversos órgãos
ou segmentos
corporais,
até mesmo,
inviabilizando a
gestação ou a
sobrevivência de
ambos os
recém-nascidos.
Aos olhos da
medicina
terrena, os
casos de gêmeos
siameses
traduzem o
espetacular
capítulo da
embriologia,
chamado
"teratologia",
em que
se estudam as
deformidades e
anomalias
anatômicas
causadas em um
único indivíduo
ou em dois,
existindo várias
classificações e
subclassificações.
Na classificação
principal, os
"deformes" de
eixos corporais
paralelos (teratópagos),
os em forma de
"Y", "Y"
invertido e os
parasitários.
Os toracópagos
são ligados pelo
tórax, os
esternópagos são
ligados pelo
osso esterno, os
cefalotoracópagos
são ligados pela
cabeça e tórax,
os metópagos são
ligados pela
face e os
pigópagos, que
são ligados pelo
dorso.
Naqueles que
formam um "Y",
há uma
bifurcação a
partir de um
ponto do eixo do
corpo, isto é,
duas cabeças e
dois troncos
para um par de
pernas. Nos "Y"
invertidos, há
uma cabeça e
tronco e pares
de membros
duplos.
Na categoria dos
parasitas, na
visão da
Doutrina
Espírita, é o
grupo que merece
mais atenção. Um
dos indivíduos é
atrofiado e
parasita o
outro, que, em
geral, é bem
desenvolvido e
proporcionado.
É o caso da
menina indiana
Lakshmi Tatma,
que tem dois
anos e, segundo
os especialistas
que a atendem em
um hospital de
Bangalore, era
ligada pela
pelve a uma
gêmea siamesa
que não se
desenvolveu
completamente.
Mais de trinta
cirurgiões
trabalharam em
turnos para
separar a coluna
vertebral e os
rins de Lakshmi
daqueles de sua
irmã. Em
seguida,
fecharam a
cavidade pélvica
da menina,
reposicionando a
bexiga e os
órgãos genitais,
e colocando
enxertos de pele
sobre os locais
onde ficavam os
membros
retirados.
Analisando à luz
da Doutrina
Espírita, são
dois Espíritos
ligados pelo
ódio extremo ou
por afinidade,
comparsas que
comungaram das
mesmas idéias,
pensamentos e
sentimentos,
gerando uma
simbiose
negativa entre
os dois. Ambos
foram
alimentando-se
da mesma energia
produzida, e às
vezes foram
séculos vivendo
neste circuito
repetitivo, a
idéia fixa e a
transformação
dos seus corpos
perispirituais
numa única
massa, perdendo
a
individualidade
dos seus corpos
temporariamente.
Foram várias
reencarnações
compartilhando e
atraindo como
imã as formas de
pensamento,
nutrindo-se da
mesma sintonia
vibratória, o
que fundiu seus
corpos
espirituais como
o aço derretido,
tornando-se,
muitas vezes,
algo indefinido
e sem forma, e
que acabam
renascendo
nestas condições
deploráveis, não
pelo próprio
livre-arbítrio
ou por castigo
do Criador, mas
por uma espécie
de determinismo
originado na
própria lei de
causa e efeito.
Estes Espíritos,
agora, unidos
por algo em
comum e ligados
pelo
perispírito,
projetam no novo
corpo físico,
muitas vezes
pela
reencarnação
compulsória,
através do corpo
espiritual, as
lesões que
danificaram,
destruíram e
desorganizaram
os átomos, as
moléculas, as
células e até
seus órgãos que
fazem parte da
constituição dos
seus
perispíritos,
moldando o novo
corpo físico de
acordo com as
impressões
gravadas em suas
consciências,
gerando a
ligação material
pela pele ou por
algum órgão
vital,
denominando-se
gêmeos siameses.
Os Espíritos se
unem ao corpo
espiritual da
futura mãe e
depois se ligam
ao fluido vital
do óvulo,
ocorrendo a
fecundação; o
óvulo fecundado
(zigoto), sob a
influência de
duas energias
espirituais
diferentes,
tende a se
bipartir. No
início da
fecundação,
quando o zigoto
inicia seu
desenvolvimento,
há pela presença
de dois
Espíritos a
divisão em duas
células que
desenvolverão
dois organismos
filhos.
Nos casos
normais, quando
existem dois
Espíritos unidos
ao zigoto (óvulo
fecundado), o
processo da
separação
determina o
surgimento de
gêmeos
univitelinos
(idênticos).
Nos gêmeos
xifópagos, eles
ficam unidos na
fase da
gestação,
formando a união
física entre os
dois corpos e
podendo a
ligação ser por
órgãos vitais,
dificultando a
cirurgia médica
para separar os
corpos.
O Dr. Ricardo Di
Bernardi diz
que, se a troca
de energias
desequilibradas
for profunda e
principalmente
na parte
intelectual,
ocorre um
intenso
desequilíbrio
dos centros de
força
perispiritual
coronário de
ambos. Esta
fusão energética
pode formar como
modelador de uma
única cabeça
para dois
troncos (Y
invertido).
Quando a
desarmonização
acontece nos
sentimentos,
haveria o
envolvimento dos
centros de força
cardíaco e
gástrico, e
formaria gêmeos
xifópagos "Y",
ligados ao
tórax.
Invertendo as
posições,
através da
reencarnação,
obsedado e
obsessor revezam
os papéis, ora
um se torna o
algoz, ora se
torna a vítima.
Tanto no plano
físico como no
plano
espiritual,
atraídos sempre
pelo ódio e o
desejo de
vingança, como
pela afinidade
nas mesmas
atitudes, sonhos
e ideais, acabam
encontrando-se
em
circunstâncias
difíceis e
dramáticas,
obrigando-os a
compartilhar do
mesmo sangue
vital, do mesmo
alimento e do ar
que respiram. Em
muitos casos não
existe a
possibilidade de
reabilitação, a
curto ou mesmo
em médio prazo,
de resolver
estas uniões
para a
recuperação
psíquica e
emocional dos
envolvidos.
Quanto mais se
prendem nesta
obsessão, a
energia gerada
entre ambos se
alastra,
chegando a uma
situação
gravíssima de
comprometimento
do corpo
espiritual
(perispírito)
das duas
criaturas.
Somente a
reencarnação
ajuda anestesiar
temporariamente
estas
consciências
transtornadas, o
que poderá
servir de
incentivo
regenerador na
construção da
real trajetória.
Esta expiação,
também, serve
para os pais que
participaram de
um modo ou de
outro da queda
destas almas; os
vínculos do
passado levam a
vivenciar esta
difícil
experiência,
sendo que
ninguém é vítima
do acaso ou de
uma lei injusta
e arbitrária.
A formação de
uma nova
família,
atraídos pelas
mesmas
afinidades e
sintonia
energética, é o
despertar das
leis divinas
operando em
nossas vidas a
lei natural de
causa e efeito.
Estes Espíritos
retornam juntos
e unidos pelo
mesmo corpo
físico. Não
conseguem se
separar, ligados
por laços
extrafísicos que
se manifestarão
pela união
biológica.
O sofrimento e
as dificuldades
por causa das
limitações
físicas e as
dores morais do
convívio
compulsório, da
exposição à
curiosidade
pública e as
energias
deletérias
encharcadas em
seus corpos
espirituais
serão expurgadas
vagarosamente no
corpo físico. A
trajetória
destes dois
Espíritos num
mesmo corpo
criará, ao longo
do caminho,
laços de amizade
e carinho,
despertando
sentimentos de
amor, de
compreensão, e
será o início da
regeneração pelo
amor e pelo
perdão.
Terão que
lapidar suas
almas e as
tendências
inferiores que
cada um possui,
revivendo em
seus íntimos o
evangelho
simbolizado na
prática da
caridade,
começando entre
eles no
exercício do
amor
restaurador.
Dependerão
somente de seus
esforços, sendo
orientados pelos
bons Espíritos e
amparados pela
família no
carinho e zelo
dos pais,
formando um novo
caráter
edificado na
transformação de
suas
personalidades,
reeditando as
suas memórias
perispirituais
na projeção de
novos corpos
sadios e na
liberdade
construída nas
dores e no
sofrimento
físico.