A característica do
reino mineral é a
ausência de vida
1. Observando os
seres da Natureza,
os naturalistas os
classificaram em
três reinos:
mineral, vegetal e
animal. Neste último
incluíram também o
homem,
considerando-o
apenas do ponto de
vista físico, isto
é, somente em seu
corpo material, que
é, efetivamente, em
tudo semelhante ao
dos animais
superiores.
Considerado, no
entanto, em sua
integralidade, o
homem distingue-se
de todos os outros
seres pela sua
inteligência e
racionalidade. Ele
se destaca, pois,
dos animais por
qualidades que não
pertencem à matéria
e que constituem
atributos do
Espírito. Existiria,
então, na Natureza
um quarto reino: o
hominal.
2. A
distinção entre os
seres da Natureza é
de tal modo
intuitiva que desde
muito entrou no
entendimento humano.
Contudo,
observando-se os
seres mais simples
dos extremos das
três séries
naturais, somos
obrigados a
reconhecer formas de
transição tão sutis
que é difícil
determinar, dentre
elas, qual a
classificação exata
a que pertençam.
3. Há, no entanto,
um caráter
distintivo entre os
minerais e os dos
outros grupos, que
nenhuma dúvida
oferece ao analista:
é a ausência de vida
nos minerais e a
presença dela nos
vegetais e nos
animais. Por isso,
prefere-se um outro
tipo de
classificação que
considera, de um
lado, os minerais
constituindo os
seres brutos ou
inorgânicos, e
de outro, os
vegetais e animais
compondo o grupo dos
seres vivos ou
orgânicos.
4. A
presença da vida
traduz-se nos seres
orgânicos pela
organização celular
da matéria de seus
corpos e o
correspondente
aparecimento das
funções de nutrição
e reprodução. Há
muitos seres
constituídos de uma
única célula
,
como os protófitos,
entre os vegetais, e
os protozoários,
entre os animais.
Nos seres evoluídos,
as células se reúnem
em tecidos, os
tecidos em órgãos e
estes em sistemas e
aparelhos
orgânicos.
Os animais
demonstram possuir
certo grau de
inteligência
5. Respondendo à
pergunta 585 d’O
Livro dos Espíritos,
acerca da divisão da
Natureza em três
reinos, os Espíritos
disseram que do
ponto de vista
material há apenas
seres orgânicos e
inorgânicos, mas do
ponto de vista moral
existem
evidentemente quatro
graus: minerais,
vegetais, animais e
a espécie humana.
6. Os seres que
formam o reino
mineral só
manifestam uma força
mecânica, que
decorre unicamente
da matéria de que
são formados.
Faltam-lhes
inteligência e
vontade. Tais seres
não revelam nem
mesmo instintos, o
que mostra que, se
neles existe algum
princípio diferente
da matéria, está ele
completamente
abafado, dormente,
em total estado de
latência e
inatividade.
7. Os seres que
formam o reino
vegetal, igualmente
até certo ponto
inertes e brutos,
não têm inteligência
nem vontade ativa,
mas apresentam o
movimento interior
da vida e realizam
um completo ciclo
vital: nascem,
crescem, nutrem-se,
desenvolvem-se,
reproduzem-se,
definham e morrem. É
que, além da matéria
densa, são dotados
do princípio vital,
de que deriva essa
força prodigiosa que
lhes comunica a
vida. Esses seres
não revelam, porém,
consciência alguma
de sua existência,
não sentem prazeres
ou dores, não têm
percepções e
sentimentos. Só
possuem vida
orgânica, que lhes é
comunicada por sua
união com o
princípio vital.
8. Os seres que
formam o reino
animal vivem como os
vegetais, mas
apresentam movimento
e sensações que os
vegetais não têm,
observando-se, no
tocante aos animais
superiores, que seus
movimentos são
livres e obedecem
nitidamente à
vontade, o que
revela que possuem
certo grau de
inteligência.
Prevalece, contudo,
no animal o instinto
– sua inteligência
não lhe dá inteira
capacidade de
raciocinar.
O livre-arbítrio é
apanágio da espécie
humana
9. O homem, pelo seu
corpo material, se
assemelha aos
animais, mas deles
se distingue
totalmente por sua
natureza espiritual,
por sua alma, que
lhe confere razão e
senso moral. Dizem
os Espíritos
Superiores que é
muito grande a
distância que existe
entre a alma do
homem e a alma dos
animais. No homem
vibra, como ser
essencial, um
Espírito consciente,
livre e responsável,
destinado a realizar
na sua plenitude a
pureza, a justiça, o
amor e a caridade.
10. O corpo do homem
se destrói, como o
dos animais, mas ao
seu Espírito está
assinado um destino
que só ele pode
compreender, porque
só ele é
inteiramente livre.
O livre-arbítrio é,
como sabemos,
apanágio da espécie
humana. Há, ainda,
outra diferença
importante entre o
animal e o homem:
após a morte do
corpo físico, a alma
do animal conserva a
sua individualidade,
mas não a
consciência do seu
eu, e a vida
inteligente lhe
permanece em estado
latente.
11. A alma do animal
– ensina o
Espiritismo – fica,
depois da morte de
seu corpo físico,
numa espécie de
erraticidade, visto
que não mais se acha
unida ao corpo, mas
não é considerada um
Espírito errante,
denominação que
somente se aplica ao
Espírito humano, que
pode pensar e obrar
por sua livre
vontade.
12. De idêntica
faculdade não
dispõem os animais.
Depois da morte
corpórea, a alma dos
animais é
classificada pelos
Espíritos incumbidos
dessa tarefa e
utilizada quase
imediatamente.
Respostas às
questões propostas
1. O reino mineral
apresenta uma
característica
própria que o
distingue dos
demais. Qual é ela?
R.: Uma
característica
distintiva entre os
minerais e os dos
outros grupos, que
nenhuma dúvida
oferece ao analista,
é a ausência de vida
nos minerais e a
presença dela nos
vegetais e nos
animais.
2. Que são seres
inorgânicos?
R.: Seres
inorgânicos é como
são, numa outra
classificação,
chamados os
minerais, em
oposição a seres
orgânicos, nome dado
aos seres vivos que
compõem os reinos
vegetal e animal.
3. Os seres
orgânicos são todos
eles constituídos de
muitas células?
R.: Não. A presença
da vida nos seres
orgânicos traduz-se
pela organização
celular da matéria
de seus corpos e o
correspondente
aparecimento das
funções de nutrição
e reprodução, mas
existem muitos seres
vivos constituídos
de uma única célula.
4. Que diferença
básica existe entre
os vegetais e os
animais?
R.: Os seres que
formam o reino
vegetal não têm
inteligência nem
vontade ativa. Só
possuem vida
orgânica, que lhes é
comunicada por sua
união com o
princípio vital. Os
seres que formam o
reino animal vivem
como os vegetais,
mas apresentam
movimento e
sensações que os
vegetais não têm,
observando-se, no
tocante aos animais
superiores, que seus
movimentos são
livres e obedecem
nitidamente à
vontade, o que
revela que possuem
certo grau de
inteligência.
5. Que
características
especiais distinguem
o homem dos outros
seres?
R.: O homem, pelo
seu corpo material,
se assemelha aos
animais, mas deles
se distingue
totalmente por sua
natureza espiritual,
por sua alma, que
lhe confere razão e
senso moral. No
homem vibra, como
ser essencial, um
Espírito consciente,
livre e responsável,
destinado a realizar
na sua plenitude a
pureza, a justiça, o
amor e a caridade.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec, itens
585 a 600.
A
Gênese,
de
Allan Kardec, item
29.