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Ano 2 - N° 65 - 20 de Julho de 2008

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho
@yahoo.com.br
Londrina,
Paraná (Brasil) 

O que pensam os jovens espíritas do Brasil

Uma análise da pesquisa publicada em junho último pela
revista IstoÉ a respeito do relacionamento dos  jovens
brasileiros com Deus, suas crenças e descrenças
 

 

Muitos confrades, como os nossos amigos Francisco Rebouças e Alamar Régis Carvalho, ficaram indignados com a pesquisa divulgada pela revista IstoÉ em sua edição 2016, datada de 25 de junho último. A reportagem, da qual a pesquisa faz parte, fala sobre o relacionamento dos jovens com Deus, suas crenças e descrenças.

A pesquisa em foco – como o leitor pode conferir nos demonstrativos anexos  – transmite realmente uma péssima visão do que pensa a juventude espírita brasileira sobre o aborto e a pena de morte.

Os confrades acima mencionados não acreditam na pesquisa e entendem que as instituições espíritas que representam o Movimento Espírita no Brasil deveriam tomar uma posição e protestar perante os responsáveis pela publicação. Não comungamos desse pensamento, embora respeitemos a ambos os amigos.

Conforme os números divulgados por IstoÉ, 47% dos jovens espíritas brasileiros apóiam a pena de morte e 31% são favoráveis à legalização do aborto, em flagrante contradição, nos dois casos, com o que nos ensina o Espiritismo, que desde a obra inaugural da Doutrina – “O Livro dos Espíritos” – se posicionou contrário à pena de morte e ao aborto delituoso, com uma única ressalva: quando o aborto se faz para salvar a vida da gestante posta em perigo com a continuação da gravidez.

A falta de estudo doutrinário está
na raiz do problema

Em vez de reclamar e achar que a revista procurou com tais números denegrir os espíritas do Brasil, seria bom ouvir primeiro a juventude espírita. E foi o que fizemos.

Uma coordenadora de grupos de jovens nos disse que é alarmante como nossos jovens espíritas são despreparados em matéria de Espiritismo e, por serem despreparados, podem perfeitamente alinhar-se dentre os que, na pesquisa, aparecem apoiando o aborto e a pena de morte. O fato demonstra, entre outras coisas, que pouco se vem estudando, com seriedade, nas mocidades espíritas. É claro que há exceções, mas estas apenas confirmam a regra.
 

A falta de estudo doutrinário, que deveria ser a principal função de uma Casa Espírita, é que certamente está na raiz do que a pesquisa demonstrou, e isso é que deve preocupar-nos a todos, jornalistas, dirigentes, coordenadores de centros, sem atribuir a terceiros mazelas que existem em nosso meio e que, no entanto, preferimos ignorar.

Convicção não se transfere;
convicção se adquire

Aprendemos ao longo da vida, com um velho amigo que agora se encontra no mundo espiritual, que apenas uma coisa prende uma pessoa ao Espiritismo: a convicção. E convicção, que nada mais é do que a fé robusta, racional, fundamentada, não se transfere pelas leis da hereditariedade.

Valendo-nos aqui do que Kardec escreveu a respeito da fé, convicção não se ensina, não se decreta, não se impõe. Convicção se adquire e é fruto da experiência aliada ao estudo.

Uma mocidade que não lê nada, que não se aprofunda em nada, que não leva a sério a necessidade da auto-iluminação, irá sempre – quando defrontada pelos desafios e problemas que o mundo apresenta – agir como agem os materialistas, que só enxergam no ser humano o corpo físico e ignoram que o homem tem algo mais que essa vestimenta que a morte um dia levará para o túmulo.

Não admira, pois, que os que pensam assim queiram instituir a pena de morte e legalizar o aborto, visto que eles não sabem o que fazem nem o que dizem. É, no entanto, lamentável quando tais propostas partem de alguém que, diante do repórter, tem a coragem de dizer-se espírita.
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita