– Fala-se muito
em educação
sexual das
crianças e dos
jovens, mas o
que os Centros
Espíritas podem
fazer em prol da
reeducação
sexual dos
adultos,
inclusive dos
cônjuges?
Raul Teixeira:
Qualquer
processo de
reeducação é
sempre mais
trabalhoso do
que a educação
pura e simples.
Enquanto que com
a criança e o
jovem se estará,
em tese,
orientando para
uma atividade
não vivenciada,
com os adultos a
situação é
outra.
Nos Centros
Espíritas, as
reuniões de
estudos
destinadas à
juventude ou à
madureza podem e
devem tratar
desse tema com
exposições, com
debates, com
discussão de
textos,
entendendo-se,
porém, que
muitos vícios
sexuais
enraizados ou
mantidos pelo
interesse dos
adultos
continuarão
mantidos, uma
vez que são
poucos os que
admitem que sua
vida sexual tem
alguma ligação
com a sua saúde
moral. Muitos
entendem que
nada têm a ver
os estudos
espíritas com a
sua atividade
sexual.
Para muitas
pessoas tais
abordagens terão
cheiro de
“patrulhamento”
ou de “imisção”
em seus gostos e
práticas
sexuais.
Levando-se em
conta que entre
adultos as
coisas devem ser
feitas de comum
acordo, que
aquele parceiro
que se sinta
violentado por
certos costumes
ou práticas do
outro parceiro,
que o assuma,
que dialogue,
que tenha
coragem para
propor novos
modos para não
submeter-se aos
absurdos, em
nome do
auto-respeito. A
reeducação é um
processo sempre
mais trabalhoso
em qualquer área
da vida, mas
vale a pena o
esforço, vale a
pena o tentame,
vale a pena a
vitória.