Texto para leitura
45. Essa visão não foi
um caso isolado, porque
em toda a sua vida Paulo
entreteve assíduas
relações com o
invisível, inclusive com
entidades inferiores que
por vezes o
atormentavam. (PP. 59 e
60)
46. João recomendou não
acreditássemos em todo
Espírito, mas primeiro
procurar saber se ele
vem de Deus. Hermas,
discípulo dos apóstolos,
que Paulo cita em sua
epístola aos Romanos,
indica em seu “Livro
do Pastor” os meios
de distinguir os bons
dos maus Espíritos. Esse
livro era lido nas
igrejas até o século V.
(PP. 60 e 61)
47. O imperador
Constantino era dotado
de faculdades
mediúnicas. Uma tarde,
marchando à frente das
tropas, divisou no céu
uma cruz luminosa com
esta inscrição: “Com
este sinal vencerás”.
Durante o sono, o
próprio Cristo lhe
apareceu e ordenou que
fizesse um estandarte de
guerra, tendo por modelo
aquela cruz. (PP. 63 e
64)
48. Santo Agostinho, o
célebre bispo de Hipona,
e S. Tomás de Aquino
também tiveram
freqüentes relações com
os Espíritos. (PP. 65 e
66)
49. A Igreja, pelo órgão
dos concílios, entendeu
dever condenar as
práticas espíritas,
quando passou a agir de
forma despótica e
autoritária. Foi por
isso que os leigos que
mantinham relações com
os mortos foram
perseguidos como
feiticeiros e queimados.
Ela quis ser a única a
possuir o privilégio das
comunicações e de sua
interpretação. (P. 66)
50. O cardeal Bona, na
Itália, escreveu um
livro – “Da distinção
dos Espíritos”– em que
se estudam as diversas
categorias de Espíritos
que podem manifestar-se
aos homens. Ele não
previa os anátemas que
os padres católicos
iriam lançar mais tarde
contra o Espiritismo,
esquecidos de que as
manifestações dos
Espíritos são uma das
bases do Cristianismo e
que o movimento espírita
é a reprodução do
movimento cristão em sua
origem. (PP. 66 e 67)
51. Os primeiros
cristãos possuíam em sua
correspondência com o
mundo invisível
abundante fonte de
inspirações, e
utilizavam-na
abertamente. Mas as
instruções dos Espíritos
nem sempre estavam em
harmonia com as opiniões
do sacerdócio nascente,
que encontrava nelas
amparo e também críticas
severas e mesmo
condenação. (P. 68)
52. A idéia das vidas
sucessivas, cuja sanção
Orígenes e muitos padres
encontravam nas
Escrituras, não soava
bem ao sacerdócio
dominante, porque o
homem, podendo
resgatar-se a si próprio
de suas faltas, não
necessitava do padre.
Tal pensamento,
associado à comunicação
com os Espíritos, minava
o poder da Igreja. (PP.
68 a 70)
53. O dogma da Trindade,
que prega um só Deus em
três pessoas, o Pai, o
Filho e o
Espírito-Santo, colhida
numa lenda hindu, veio
obscurecer e desnaturar
a idéia de Deus. (P. 72)
54. Essa concepção
trinitária oferecia, no
entanto, grande vantagem
às pretensões da Igreja,
porque conferia a Jesus,
que ela chama seu
fundador, uma autoridade
e um prestígio que se
estendiam à própria
Igreja. (P. 73)
55. A divindade de Jesus
provocou discussões
durante três séculos e,
embora rejeitada por
três concílios, foi em
325 proclamada pelo de
Nicéia, nestes termos:
“A Igreja de Deus,
católica e apostólica,
anatematiza os que dizem
que houve um tempo em
que o Filho não existia,
ou que não existia antes
de haver sido gerado”.
(P. 73)
(Continua na próxima
edição.)